quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Razão antes de acontecer...

Os eleitores disseram que queriam determinada personalidade para presidente da Junta e disseram que, quanto aos vogais (secretário e tesoureiro), ficava a Assembleia mandatada para, de entre os nove eleitos, os escolher.

Quase me apetece dizer de goela aberta que tive razão antes do tempo. Na primeira altura em que se aventou a hipótese de renúncia geral das listas de 2005 da "Futuro Já" e do PS à Assembleia de Freguesia de Caldas de S. Jorge, logo fiz sentir, em reunião do órgão a que presido junto com integrantes da lista, que seria um erro, por um lado, porque seria possível, do meu ponto de vista, condicionar o presidente nos excessos que ia manifestando e, por outro, porque eleições poderiam redundar numa situação idêntica, com eventual mudança de presidente. E, na altura, nem sequer se sabia se, porventura, o então Presidente e pater de todos os problemas, não viria a ser o candidato do agrupamento em que estava integrado. Estava a representar o PSD.

Saiu o veredicto eleitoral e lá se confirmou a situação de vitória por margem mínima, proporcionando uma distribuição de três mandatos a cada força política (a CDU e BE não conseguiram qualquer expressão).

Isto significa que os eleitores disseram que queriam determinada personalidade para presidente da Junta e disseram que, quanto aos vogais (secretário e tesoureiro), ficava a Assembleia mandatada para, de entre os nove eleitos, os escolher.

E vários cenários se colocam desde logo. (1) A lista vencedora propõe dois candidatos seus e a maioria (PSD e PS) por voto afirmativo ou por abstenção deixa passar e fica um Executivo monocolor. É, claro, o que gostariam que acontecesse o presidente eleito e a sua lista. (2) A maioria propõe dois nomes (um de cada ou dois de um só) e constitui-se um Executivo tricolor ou bicolor, ao jeito do que estava antes das eleições. Há quem defenda esta solução. (3) A maioria não apresenta candidatos, mas rejeita a proposta da lista Ind. E, se assim acontecer e não houver recuo, cria-se uma situação de absoluto impasse só resolúvel com novo acto eleitoral. Resumindo, terá que haver um consenso negociado ou aceite por omissão.

Claro que quem haverá de fazer a opção final é a Assembleia de Freguesia depois de legitimada pela instalação e um que outro cenário começa a ter traços mais visíveis. Isto a partir de declarações isoladas e logo no post contagem dos votos. O Alexandre Pinto deixou sair que estaria disponível para deixar a lista com mais votos formar o Executivo. Será esse o pensamento dos outros dois eleitos? E o que pensa a Comissão Política Concelhia do PSD, a real impulsionadora da candidatura? Nas hostes do PS também já se ouve uma que outra voz a insinuar que, quem sabe, se calhar mais vale deixar os fulanos fazer a Junta. E os eleitos, o que pensam e dizem?

Sou um claro defensor dos executivos monocolores, formados por qualquer força que ganhe as eleições, nem que seja por um só voto. Mas…só e quando a Assembleia de Freguesia (outro tanto nas Municipais) tiver poderes para fiscalizar o exercício do poder do executivo. A todos os níveis. Agora só pode dizer sim ou não aos documentos base (orçamento e relatório e contas) e se disser não, não há consequências. Elege os vogais, mas não os pode destituir, mesmo que se manifestem verdadeiras inutilidades. Se apresentar uma moção de censura, mesmo que aprovada, não tem consequências. Depois de eleger os vogais da Junta, para que serve a Assembleia de Freguesia? Para autorizar a compra ou venda de património imobiliário? Se o houver
.
Quem ganhou e quem perdeu nestas intercalares de Caldas de S. Jorge? Claro que o grande vencedor foi a candidatura "Futura Já", porque arrecadou mais votos e foi roubar um mandato ao PSD, o maior derrotado na contagem de votos e mandatos. Mas e apesar de tudo, considero ser o PS o sofredor da maior derrota. Não pelos votos perdidos, mas porque foi a primeira vez que desceu ao terceiro lugar na escala eleitoral em Caldas de S. Jorge. Mesmo quando chegou a ter só dois mandatos não deixou de ser o segundo na tabela. Motivo para cogitar.

Já agora um desabafo contra certo populismo e demagogia mentirosa. É que a pedreira não fechou nem vai fechar e muito menos por influência de quem quer que seja. Fecha tanto como vai o muro abaixo. Lembram-se dos comunicados, editais e coisas mais? Trata-se de um pequeno período de transição advinda da transferência de propriedade. Certo? Do mesmo modo que o posto médico não vai fechar coisa nenhuma, como criminosamente andaram por aí a espalhar, provocando alarme junto de muita gente. Mas… parece que populismo e demagogia compensam.

♦ José Pinto da Silva
In Terras da Feira Online.

10 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Junta de Freguesia de Caldas de São Jorge - Unipartidária
José Oliveira Martins
Pelouros:
Espaço Público, Espaços Verdes, Habitação Social, Informação e Atendimento, Reabilitação Urbana, Recursos Humanos

Dra Maria Teresa Vieira da Silva – Vice - Presidente
Pelouros: Gabinete de Informação Cultura, Desenvolvimento Comunitário, Educação

Paulo Valinho Luís – 1º Secretário
Pelouros:
Desporto, Juventude, Património,

Sónia Magalhães Oliveira -2º Secretário
Pelouros:
Saúde, Tesouraria e Finanças

José Soares - 1º Tesoureiro
Pelouros
Comércio e Abastecimento, Higiene Urbana e Resíduos Sólidos, Planeamento Urbanístico, Protecção Ambiental, Turismo

Manuel Grilo -2º Tesoureiro
Pelouros:
Gabinete do Idoso, Acção Social, Segurança, Trânsito

Anónimo disse...

jamais... só por cima do meu cadaver

Anónimo disse...

Cadáver de quem?

Anónimo disse...

Até dá vontade de rir, é só pelouros, a maior parte deles nem ler e escrever sabe.
Mais um ano, sem nada de novo, não se convencem que nunca vão fazer nada, só estão a empatar o futuro, daqui a 2 anos é disso de que vão ser acusados, o futuro vai ser depois.
Dá a entender que isto são guerrinhas pessoais, saiam da política vocês estão a atrasar o desenvolvimento da nossa terra.

Anónimo disse...

Por uma Junta Unida da Caldas de São Jorge:
Presidente: José de Oliveira Martins – Pelouro :Presidência

1ºVice-Presidente: Alexandre Pinto –Pelouro – Interventor junto da Câmara
para mexer projectos
e financiamentos

2ºVice-Presidente: Jorge Pinto – Pelouro – Comunicação Social e Relações Públicas
para conseguir do Governo
e Assembleia da República verbas para
grandes financiamentos dentro do QREN:
Escola Superior de Hotelaria, Turismo
e Hotel da Termas

Vogal:Jorge Santos: Pelouro : Requalificação e Despoluição do Rio Uíma
com os Amigos do Uima
Ambiente das Termas
Passeio Junto ao Uima
Saneamento
Vogal:Manuel Resende – Pelouros: da Segurança e Defesa dos cidadãos ~
Da Requalificação Ilha-Bar
E Limpeza dos monos envolventes
das Termas
Voga da Animação Cultural: Maria Teresa Vieira - Pelouros: Gabinete de Informação,
Site da Junta
Cultura,
Desenvolvimento Comunitário,
Educação
Vogal :José Soares - 1º Tesoureiro –Pelouros:
Comércio e Abastecimento,
Higiene Urbana e Resíduos Sólidos,
Planeamento Urbanístico,
Protecção Ambiental
Vogal: Paulo Valinho Luís – 1º Secretário - Pelouros:
Património
Desporto,
Juventude,

Vogal: Sónia Magalhães Oliveira -2º Secretário Pelouro: Saúde

Vogal: Manuel Grilo -2º Tesoureiro :Pelouros:Gabinete do Idoso,
Acção Social,
Segurança,
Trânsito

NB. Estes pelouros podem ser redistribuídos por outros elementos de outros partidos!

Anónimo disse...

nao brinquem comigo

Anónimo disse...

TIREM-ME DAQUIIIII!!!!!

Anónimo disse...

Ora viva, Sr.Pinto da Silva !

É com enorme sabedoria, que o sr. faz uma análise muito lúcida, às eleições nas C.S.Jorge.
Permita-me só uma pequena provocação!
- Tendo o PS obtido o seu pior resultado de sempre (escrito por si), nestas eleições, que consequências e ilações tira o Senhor, do rescaldo eleitoral?
Só questiono isto, primeiro por curiosidade, depois, porque durante a campanha, o Sr.José Pinto fartou-se de escrever, que no PS qualquer acção é passível de consequências.
O Sr. apesar de não integrar as listas do PS, foi inexcedível na definição da estratégia de campanha, com os resultados que são conhecidos.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Várias asneiras neste "cumprimento".Nem defini estratégia nenhuma (assistia a reuniões e, como muitos, opinava e, às vezes, sugestões minhas eram seguidas, muitas outras não.
Passíveis de consequências são atitudes consideradas de "traição" ao partido ou a sua candidatura. Ninguém é "punido" por eventuais erros de estratégia eleitoral. Neste caso, as únicas consequências são que uns digerem melhor e outros menos bem. É a vida!! Onde escrevi que foi o pior resultado de sempre? A primeira coisa que se deve aprender, quando se quer mandar "bitaites" é a ler. Eu disse que foi uma pesada derrota o facto de ter sido a primeira vez que o PS ficou em terceiro lugar. E eu senti isso mesmo. Houve, no interior, quem desvalorizasse tal facto. Eu não.
Agora ´pior resultado de sempre? Onde e porquê? Se calhar nem imagina que, nós, reunidos costumamos dissecar, o melhor que sabemos, as causas de insucessos e de sucessos. As culpas são, oficialmente, distribuidas por todos. Ainda que, no que me respeita, nada me custaria assumir individualmente qualquer culpa se entendesse tê-la.
Acho que deve informar-se melhor e, também, aprender a ler melhor o que é escrito. Pelo menos por mim.

José Pinto da Silva