segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Do que se fala


O programa do Ministério da Educação para 2008 vai, ao que foi anunciado, dar muita prioridade à construção de centros escolares. Mais uma vez se apela a que se apele à Câmara da Feira para que inclua o Centro de Caldas de S. Jorge no Plano, pois é dos que estão previstos na Carta Educativa do Concelho.


Não farei nenhum esforço para acreditar que, no início dos anos 80, o então jovem engenheiro técnico José Sócrates, de seu nome, funcionário da Câmara da Covilhã, para ganhar mais uns trocados e/ou para fazer jeitos a amigos e oficiais do mesmo ofício, tenha assinado e assumido a responsabilidade por projectos a apresentar na Câmara da Guarda e executados por técnicos que eram funcionários dessa Câmara da Guarda. Sabe-se que um funcionário não pode subscrever projectos para apreciação, aprovação na Câmara onde trabalha. Assim, os de cá vão colher as assinaturas de um colega de Câmara vizinha, como estes recorrerão aos de cá, quando tiverem situações idênticas. E não é assim por todo o lado? Contei há meses o caso de um cidadão de Lobão que encomendou a um técnico da Câmara de Ovar, por sugestão do vendedor do lote, um projecto para uma casa a edificar em Esmoriz. O homem aceitou a encomenda, executou correctamente o encomendado, pelo preço estipulado e, no final, depois de aprovado o projecto, entregou uma cópia de todo o dossiê ao cliente que ficou muito admirado, porque o autor oficial do projecto era um fulano da Feira, por sinal funcionário da Câmara. Foi matar a curiosidade junto do executor e foi-lhe dada a explicação. Como o projecto é de Ovar e eu funciono na Câmara, tive de recorrer a uma assinatura de aluguer.

Farei bastante esforço para compreender como e porquê alguém propôs o nome de Durão Barroso para Prémio Nobel da Paz. Claro que não serão conhecidos os fundamentos de tal propositura, mas sempre se espera que não tenha sido por ter feito de anfitrião ao Bush, ao Asnar e ao Blair quando foi tomada a última decisão de atacar o Iraque. Muitos dos galardoados já mortos não darão um salto na tumba?

Ao director nacional da Polícia Judiciária, perante uma bateria de perguntas e com o microfone na frente, fugiu-lhe a boca para a verdade e disse que "pela sua experiência como magistrado, entendia que a constituição dos McCann como arguidos fora precipitada". É claro que ficou quase tudo aos saltos, porque "pôs em causa o andamento da investigação, deu um golpe na própria polícia e desprestigiou o Ministério Público, inclusive no plano internacional". Nuns casos exige-se que as figuras de topo digam a verdade e só a verdade, noutros pede-se que se usem paninhos quentes para não acordar a criança. Parece claro que as investigações andaram à deriva, de um lado para outro, como tinham andado no caso da Joana (e muita gente ainda se pergunta como é que a mãe da menina apareceu com os olhos mais escuros que as camisolas da Académica – ela diz que foi torturada e de carícias não foi por certo). APJ (e quem a controla) que tem sido creditada por muitos casos resolvidos com sucesso, no desaparecimento de menores, ao menos nos casos mais noticiados, tem deixado bastante a desejar. As coisas não se podem atirar todas e sempre para debaixo do tapete.

Na Estação do CTT de Rio Maior, há semanas, por um defeito qualquer na rede de saneamento, foi dito, surgiu um cheirete que se não aguentava. Vinha na imprensa. Os utentes da Estação, os que tinham mesmo que ser atendidos, tapavam o nariz e lá entravam e pediam atendimento bem célere. Outros metiam o nariz dentro da porta e, não gostando, adiavam a utilização do serviço para dia de odores menos intensos e outros ainda iam a outro estabelecimento do género onde houvesse cheiro mais agradável. Não poderá dar este caso mote para outro de que tanto se tem falado ultimamente. Se não gosto daqui, vou para acolá. Se me incomoda o cheiro, não entro.

As tampas das caixas de visita das redes de saneamento e águas no troço da Estrada 223 que vai das Airas até Caldas de S. Jorge (se calhar até à Corga) estão de tal maneira fundas (umas mais do que outras) que os condutores sentem necessidade de fazer slalom a desviarem-se do impacto. É imperioso que a Direcção de Estradas de Aveiro faça uma intervenção neste particular. Além do incómodo, os desvios instintivos dos "buracos" podem provocar acidentes.

O programa do Ministério da Educação para 2008 vai, ao que foi anunciado, dar muita prioridade à construção de centros escolares. Mais uma vez se apela a que se apele à Câmara da Feira para que inclua o Centro de Caldas de S. Jorge no Plano, pois é dos que estão previstos na Carta Educativa do Concelho.

♦ José Pinto da Silva

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