sexta-feira, 14 de novembro de 2008

"BRISA's"

Existem, no contexto linguístico português, diferentes definições para a palavra “BRISA”.

Podemos, por exemplo, chamar “BRISA”, a um vento próximo da superfície do mar.
“A altitudes baixas (até uns 100 metros de altitude) os ventos locais são extremamente influenciados pela superfície, sendo deflectidos por obstáculos e zonas mais rugosas, e a sua direcção resulta da soma dos efeitos globais e locais. No começo do dia, o aquecimento do sol faz com que o ar estagnado no fundo, mais denso e pesado, comece a fluir ao longo das encostas sob a forma de ventos de vales. Há ainda o sub-grupo das “BRISAS marítimas”, em que as massas de terra são aquecidas pelo sol mais rapidamente do que o oceano, o ar em cima delas ascende e cria uma baixa de pressão no solo que atrai o ar mais fresco do mar. Ao cair da noite, há muitas vezes um período de calma durante o qual a temperatura em terra e no mar são iguais. De noite, como o oceano arrefece mais lentamente, a brisa sopra de terra, na direcção oposta, mas é geralmente mais fraca porque a diferença de temperaturas é menor”.

Podemos também falar daquelas “BRISAS” que se acentuam quando a “porta” não é fechada e começa a “conferenciar” com a janela de trás que, distraidamente, teima em ficar entreaberta. Popularmente talvez seja conhecida por “corrente de ar”.

E depois, temos a “BRISA”. A grande “BRISA”. A “BRISA” no verdadeiro sentido da palavra.

A “BRISA” que acredita ser “ possível responder às necessidades do presente, sem comprometer capacidade idêntica das gerações futuras”. Para isso, “aposta na responsabilidade social e no desenvolvimento sustentável das suas actividades empresariais”.

Mas há mais. Essa “BRISA”, a verdadeira, tem como primeiro objectivo (ver www.brisa.pt), “Criar valor para os accionistas e para a comunidade”.

Pois claro. O primeiro objectivo não é “Desenvolver um relacionamento transparente com os stakeholders”; não é “Prosseguir objectivos de melhoria da eficiência e da eficácia”. O primeiro objectivo não é “Contribuir para o ordenamento do território e o desenvolvimento sustentável do país”, nem tão pouco “promover o bem-estar social (interno e externo)”, nem ainda “observar e desenvolver, voluntariamente, requisitos e projectos de qualidade na perspectiva da conservação da natureza”.

Não. O primeiro objectivo da “BRISA” é… “Criar valor para os accionistas…”.

Por isso, aqui está uma verdadeira questão para reflectirmos, neste tempo de alguma “corrente” que está a atingir Caldas de S. Jorge. Do meu humilde espaço onde (sobre)vivo, do meu espaço que tive e tenho de continuar a pagar à banca (não mo entregaram de mão beijada para habitar…), do meu humilde espaço que teve de responder ao cumprimento das mais elementares regras de construção, do meu humilde espaço que possui uma ligação à rede de saneamento (rede essa que não funciona) e cujo ramal e utilização eu tenho de pagar a peso de ouro a uma senhora que se chama “Indáqua”, quero transmitir-vos que sou um daqueles indivíduos que posso afirmar:

- NÃO DEVO NADA À BRISA!

Na verdade, não tenho que me curvar perante quem me cobra uma fortuna para circular nas suas concessões, permanentemente em obras (determinas vezes a proporcionar perigo a todos os automobilistas) e sem cumprir a sua verdadeira missão. Na verdade, não tenho qualquer obrigação de contemplação por quem possui quadros técnicos e administradores que recebem mais num mês do que eu durante 2 ou 3 anos. Não tenho que ajudar quem, ao fim de meia dúzia de meses à frente da gestão dessa “BRISA”, consegue auto-garantir milionárias reformas, saídas, em parte, do bolso de todos os contribuintes: dos que possuem carro, dos que só andam a pé, dos que preferem as auto-estradas ou dos que só podem circular em caminhos de cabras.
Por isso, apelo ao bom senso na avaliação dos prós & contras deste súbito interesse da “BRISA” pelas Caldas de S. Jorge.

Claro que talvez possam vir. Mas que venham de boa fé e num respeito pelas pessoas que cá habitam.

Parece-me claro, apesar de (eles) “não nos conhecerem” quando circulamos nas suas estradas, que ninguém se oporá à sua instalação na nossa freguesia. Desde que, num respeito pelas pré-existências e, evidentemente, em local apropriado. Ou seja, AFASTADOS DAS ÁREAS HABITACIONAIS.

Para que se possam evitar… indesejáveis “correntes de ar”!


GUGA.GAGO
(este texto é da inteira responsabilidade do seu autor)

25 comentários:

Anónimo disse...

Texto confuso e embrulhado!
Gongórico,surrealista,
pouco prático e improdutivo!
Não leva a lado nenhum!
Brisa benvinda! Vem!

Anónimo disse...

Sem papas na lingua, é assim mesmo GuGa GaGo. A realidade é que por um bocado de dinheiro vende-se tudo.
pensem bem, se fosse bom não vinha para as Caldas.
Pensem bem, se fosse bom ,eles já tinham levantado a tenda e outras freguesias abriam os braços.

Anónimo disse...

Concordo com o gago guga.Se fosse os contentores dum desgrassado que tinha de erguer uma construçao familiar a camara nao deixava como é os senhores enginheiros da brisa tudo bem.

Anónimo disse...

Pelas ultimas noticias os contentores vão para o passal mas o bispo não sabe.
esta foi mais uma aneirada que a nossa junta fez. O Senhor Martins pensa que leva tudo Á frente e as coisas não são bem assim e temos muitos exemplos:
o ilha está parado!
as esplanadas foram uma vergnha!
o calvario não acaba!
o dinheiro foi enterrado no lavadouro de casaldoido!
a brisa investiu num sitio que teve de abandonar.
Que sirva de lição

Anónimo disse...

NA MUCHE.

Anónimo disse...

ATM diz:
Os dois anónimos anteriores era melhor estarem calados!
Só espalham veneno
e má vontade!
O Conselho da Fábrica da Igreja,
Pároco,Colegas da Zona pasroral,Diocese,
Junta de Freguesia
estão ao par de tudo!
É a vontade de todos e é para o progresso e desenviolvimento desta Vila Termal de Caldas de São Jorge!

Anónimo disse...

O Local agora escolhido é o mais certo.

parabens a quem deu a ideia, é muito melhor que o anterior.

a igreja serve para ajudar a população e assim está a melhorar o comercio.

teve de ser uma pessoa como o sr. abade para resolver.

está de parabens

Anónimo disse...

assim o dinheiro da renda do passal já dá para acabar de pagar as obras do A.T.M

Anónimo disse...

assim o dinheiro da renda do passal já dá para acabar de pagar as obras do A.T.M

Anónimo disse...

Face à impossibilidade de ficarem os escritórios no local inicialmente previsto, acho boa a solução. A Fábrica da Igreja receberá uma renda que as partes entendam justas e estando a empresa por perto, se houver tino, será sempre possível negociarem-se outras coisas em benefício da freguesia. Notar que a BRISA deve ter entregue ou entregará a execução da obra a um grande empreiteiro. Oxalá que esse grande empreiteiro encontre por cá local para montar estaleiros. Seria mais um factor de bom movimento para a terra.

Pinto da Silva

Anónimo disse...

Mais uma vez em beneficio da terra mas para a igreja

Anónimo disse...

Inteligente foi o sr Padre, já que mais ninguem abriu os olhos abri-os ele. Graças a Deus alguem de bom senso para por este negócio a andar para a frente pois só tras vantagens para a freguesia.

Anónimo disse...

Inteligente foi o sr Padre, já que mais ninguem abriu os olhos abri-os ele. Graças a Deus alguem de bom senso para por este negócio a andar para a frente pois só tras vantagens para a freguesia.

Anónimo disse...

Relativamente à crítica do Sr- Guaga Gago ao primeiro objectivo da empresa, não acho nada estranho que uma empresa totalmente privada tenha como objecto primeiro criar mais valor para os accionistas. Cumprindo as condições dos contratos que estabelece com o Estado na exploração das diversas auto estradas que explora, deve procurar atingir o objectivo de qualquer empresa. Ganhar dinheiro que permito dar dividendos aos accionistas e cumprir o objecto social comum a todas as empresas que é contribuir para o bem estar da comunidade.
Pinto da Silva

Anónimo disse...

Concordo com as questões apresentadas pelo Sr Guga Gago.
Penso que muito boa gente está a por de cocoras perante a Brisa que é uma empresa que nãoi tem contemplações para com as pessoas.Não estou contra eles se instalarem na nossa freguesia agora estou abismado é com o discurso de algu~mas pessoas cá da terra que só lhes falta ajoelhar-se perante a Brisa.
O importante para algumas pessoas é só o dinheiro fácil, mas nós devemos pensar a longo prazo e nas consequências que podem existir.

Anónimo disse...

Apoio o ultimo coment.
Mas vou mais longe é que não concordo minimamente com o sitio escolhido o passal. Aquilo havia de ser posto num sitio afastado das casas e das escolas. Porque é que não vai para o perm? Ao menos era mais sucatra menos sucata.
Tá-se bem.

Anónimo disse...

Acho ridículos, redutores alguns comentários
Particularmente estes dois últimos!
O blog. http://caldas-sao-jorge.blogspot.com
É um blog de referência
De Caldas de São Jorge!
Maledicência
E maldizer não deviam fazer parte do seu património e anónimos
esparrinham-se
om todo o à vontade em ninho alheio!
Passando dos limites da liberdade
para a libertinagem
e opiniões inconsequentes, irrelevantes!

Anónimo disse...

Eu cedo um terreno por um periodo de quatro anos totalmente gratuito.O terreno em causa tem 15 mil metros quadrados.tel.966805068.

Anónimo disse...

Eu também ofereço
Desde que dê muita massa.

Anónimo disse...

GUGA GAGO é igual a ARQ PEDRO

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Este post está impecável!
Reflecte a realidade do país das empresas e dos gestores que auferem fortunas e que nós, o "Zé Povinho" ainda temos de andar com eles ao colo.
Parabens Sr. GUGAGAGO pela lucidez do texto.

C.F.

Anónimo disse...

Volta Àngelo que sem ti perdeu todo o enteresse.Os aliados do poder não estão enteressados em noticiar o que se passa na terra.

Anónimo disse...

Não pude evitar de deixar aqui o meu comentário , pois o artigo ( com todo o respeito pelo ao autor ) não reproduz a realidade e verdade da empresa Brisa , penso que esteja mal informado .
Sobre os escritórios a serem montados nesta freguesia ,para fiscalização das auto-estradas da concessâo do Douro Litoral , aconselho o autor e os comentaristas apoiantes a primeiro recolherem toda a informação para depois opinar , porque " os actos ficam sempre com quem os pratica " .Obrigado pela vossa atenção .

Anónimo disse...

Óh "Brisa Man" das 16:11

Parece que te incomodaram as verdades.
Mas concordo numa coisa:
Os actos ficam sempre com quem os pratica.
Mesmo as atrocidades das empresas tipo Brisa.