terça-feira, 13 de outubro de 2009

Vem aí o Domingo Mundial das Missões... 17 e 19 de Outubro! Lembrar os Grandes Missionários!





Lembrar os Grandes Missionários, nossos vizinhos!

D. Moisés Alves de Pinho 

nascido em Fiães
Santa Maria da Feira em 1884.
Grande Missionário em Angola.
Bispo de Angola e Congo
Falecido a 17 de Junho de 1980
com 96 anos de idade 
transladado para Luanda a 20 de Outubro de 1999.
Resta na sua terra natal este Busto  a recordar
e agora tão zelado! 



Parabéns  aos Fianenses!
Como personalidade da Cidade de Fiães, destaca-se entre tantas outras dignas de referência, o Exmo. Revmo. Sr. Dr. Moisés Alves de Pinho, venerado Bispo de Angola e Congo, reconhecido pelo Ministro das Colónias, na década de 1930, como a personificação mais perfeita do espírito missionário, a realização mais completa do ideal apostólico, comum a todos os evangelizadores de Angola.
A História dos Missionários do Espírito Santo no nosso país vai ganhar, no próximo dia 5 de Outubro, um documento de referência, com a apresentação da obra “História dos Espiritanos em Portugal” da autoria do Pe. Torres Neiva.
A Congregação Religiosa tem o seu início no ano de 1703, festa de Pentecostes, quando Poullart des Places e seus companheiros fundam, na Igreja de Saint-Étienne-des-Grès, em Paris, a comunidade do Espírito Santo. Mais de cem anos mais tarde, em 1841, Francisco Libermann fundou “a Obra dos Negros”, sob o nome de Sociedade do Sagrado Coração de Maria.
No Pentecostes de 1848, Francisco Libermann preside à união da Congregação do Sagrado Coração de Maria com a Congregação do Espírito Santo. Renasce uma família missionária mais dinâmica: a Congregação do Espírito Santo sob a protecção do Imaculado Coração de Maria, os Espiritanos.
A primeira comunidade da Congregação em Portugal é inaugurada, em Santarém, a 3 de Novembro de 1867. É formada por dois Padres e dois estudantes franceses.
A província portuguesa foi criada em 1867 pela casa-mãe, sendo o seu objectivo o de formar missionários para Angola e outras colónias portuguesas. Na sua história, segundo o Pe. Torres Neiva, podemos distinguir duas fases distintas: antes da proclamação da República, em 1910, e depois da proclamação da República.
Antes, a província lançou os seus alicerces em Santarém, com a fundação do “Seminário do Congo” e foi-se solidificando pouco a pouco, a ponto de em 1910 contar já com todas as obras de formação para padres e irmãos: uma procuradoria das missões em Lisboa (1892), o Colégio do Espírito Santo em Braga (1872), o Colégio de Santa maria no Porto (1886), a Escola Agrícola Colonial de Sintra (1887), o Seminário Apostólico da Formiga, em Ermesinde (1894) e o Seminário de Teologia em Carnide, Lisboa (1908). Só em 1901 é que a Congregação é oficialmente aprovada em Portugal, com sede em Lisboa.


Com a proclamação da República todas estas obras foram confiscadas, excepção feita à procuradoria das missões. A restauração da província foi iniciada por D. Moisés Alves de Pinho, nomeado provincial em 1919 com essa incumbência específica. A 2 de Fevereiro de 1921, é erecta canonicamente a Província de Portugal.
Pouco a pouco foram-se abrindo novas casas de formação: Braga (1919), Godim-Régua (1921), Viana do Castelo (1922), Fraião-Braga (1927), Silva-Barcelos (1937) e Torre da Aguilha (São Domingos de Rana, 1952), além de várias outras obras de apoio à animação missionária e ao apostolado dos seus membros.
Fruto do desenvolvimento da Província Portuguesa e do trabalho de vários Padres e Irmãos de Portugal surgirá, em 1969, a Província de Espanha. Alguns anos mais tarde, 1982, é fundado no Brasil o distrito de Brasil Sudeste, formado por religiosos de origem portuguesa.
A província portuguesa conta com cerca de duas centenas de membros. As suas actividades estão distribuídas pela formação de novos missionários, animação missionária do Povo de Deus, promoção vocacional, apostolado paroquial e assistência aos migrantes de expressão portuguesa.
Na animação missionária merecem relevo a Liga Intensificadora da Acção Missionária, fundada em 1937, o Movimento Missionário de Professores e os Jovens Sem Fronteiras. Na assistência aos migrantes merece destaque o Centro Padre Alves Correia (CEPAC), em Lisboa.



MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O DIA MISSIONÁRIO MUNDIAL DE 2009

"As nações caminharão à sua luz" (Ap 21, 24)

Neste domingo dedicado às missões, me dirijo sobretudo a vós, Irmãos no ministério episcopal e sacerdotal, e também aos irmãos e irmãs do Povo de Deus, a fim de vos exortar a reavivar em si a consciência do mandato missionário de Cristo para que "todos os povos se tornem seus discípulos" (Mt 28,19), seguindo as pegadas de São Paulo, o Apóstolo dos Gentios.
"As nações caminharão à sua luz" (Ap 21, 24). O objetivo da missão da Igreja é iluminar com a luz do Evangelho todos os povos em seu caminhar na história rumo a Deus, pois Nele encontramos a sua plena realização. Devemos sentir o anseio e a paixão de iluminar todos os povos, com a luz de Cristo, que resplandece no rosto da Igreja, para que todos se reúnam na única família humana, sob a amável paternidade de Deus.
É nesta perspectiva que os discípulos de Cristo espalhados pelo mundo trabalham, se dedicam, gemem sob o peso dos sofrimentos e doam a vida. Reitero com veemência o que muitas vezes foi dito pelos meus Predecessores: a Igreja não age para ampliar o seu poder ou reforçar o seu domínio, mas para levar a todos Cristo, salvação do mundo. Pedimos somente de nos colocar a serviço da humanidade, sobretudo da daquela sofredora e marginalizada, porque acreditamos que "o compromisso de anunciar o Evangelho aos homens de nosso tempo... é sem dúvida alguma um serviço prestado à comunidade cristã, mas também a toda a humanidade"(Evangelii nuntiandi, 1), que "apesar de conhecer realizações maravilhosas, parece ter perdido o sentido último das coisas e de sua própria existência"(Redemptoris missio, 2).
1. Todos os Povos são chamados à salvação
Na verdade, a humanidade inteira tem a vocação radical de voltar à sua origem, que é Deus, somente no Qual ela encontrará a sua plenitude por meio da restauração de todas as coisas em Cristo. A dispersão, a multiplicidade, o conflito, a inimizade serão repacificadas e reconciliadas através do sangue da Cruz e reconduzidas à unidade.
O novo início já começou com a ressurreição e a exaltação de Cristo, que atrai a si todas as coisas, as renova, as tornam participantes da eterna glória de Deus. O futuro da nova criação brilha já em nosso mundo e acende, mesmo se em meio a contradições e sofrimentos, a nossa esperança por uma vida nova. A missão da Igreja é "contagiar" de esperança todos os povos. Por isto, Cristo chama, justifica, santifica e envia os seus discípulos para anunciar o Reino de Deus, a fim de que todas as nações se tornem Povo de Deus. É somente nesta missão que se compreende e se confirma o verdadeiro caminho histórico da humanidade. A missão universal deve se tornar uma constante fundamental na vida da Igreja. Anunciar o Evangelho deve ser para nós, como já dizia o apóstolo Paulo, um compromisso impreterível e primário.
2. Igreja peregrina
A Igreja Universal, sem confim e sem fronteiras, se sente responsável por anunciar o Evangelho a todos os povos (cfr. Evangelii nuntiandi, 53). Ela, germe de esperança por vocação, deve continuar o serviço de Cristo no mundo. A sua missão e o seu serviço não se limitam às necessidades materiais ou mesmo espirituais que se exaurem no âmbito da existência temporal, mas na salvação transcendente que se realiza no Reino de Deus. (cfr. Evangelii nuntiandi, 27). Este Reino, mesmo sendo em sua essência escatológico e não deste mundo (cfr. Jo 18,36), está também neste mundo e em sua história é força de justiça, paz, verdadeira liberdade e respeito pela dignidade de todo ser humano. A Igreja mira em transformar o mundo com a proclamação do Evangelho do amor, "que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir e... deste modo, fazer entrar a luz de Deus no mundo" (Deus caritas est, 39). Esta é a missão e o serviço que, também com esta Mensagem, chamo a participar todos os membros e instituições da Igreja.
3. Missio ad gentes
A missão da Igreja é chamar todos os povos à salvação realizada por Deus em seu Filho encarnado. É necessário, portanto, renovar o compromisso de anunciar o Evangelho, fermento de liberdade e progresso, fraternidade, união e paz (cfr. Ad gentes, 8). Desejo "novamente confirmar que a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja"(Evangelii nuntiandi, 14), tarefa e missão que as vastas e profundas mudanças da sociedade atual tornam ainda mais urgentes. Está em questão a salvação eterna das pessoas, o fim e a plenitude da história humana e do universo. Animados e inspirados pelo Apóstolo dos Gentios, devemos estar conscientes de que Deus tem um povo numeroso em todas as cidades percorridas também pelos apóstolos de hoje (cfr. At 18, 10). De fato, "a promessa é em favor de todos aqueles que estão longe, todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar "(At 2,39).
Toda a Igreja deve se empenhar na missio ad gentes, enquanto a soberania salvífica de Cristo não está plenamente realizada: "Agora, porém, ainda não vemos que tudo lhe esteja submisso"(Hb 2,8).
4. Chamados a evangelizar também por meio do martírio
Neste dia dedicado às missões, recordo na oração aqueles que fizeram de suas vidas uma exclusiva consagração ao trabalho de evangelização. Menciono em particular as Igrejas locais, os missionários e missionárias que testemunham e propagam o Reino de Deus em situações de perseguição, com formas de opressão que vão desde a discriminação social até a prisão, a tortura e a morte. Não são poucos aqueles que atualmente são levados à morte por causa de seu "Nome". É ainda de grande atualidade o que escreveu o meu venerado Predecessor Papa João Paulo II: "A comemoração jubilar descerrou-nos um cenário surpreendente, mostrando o nosso tempo particularmente rico de testemunhas, que souberam, ora dum modo ora doutro, viver o Evangelho em situações de hostilidade e perseguição até darem muitas vezes a prova suprema do sangue" (Novo millennio ineunte, 41).
A participação na missão de Cristo, de fato, destaca também a vida dos anunciadores do Evangelho, aos quais é reservado o mesmo destino de seu Mestre. "Lembrem-vos do que eu disse: nenhum empregado é maior do que seu patrão. Se perseguiram a mim, vão perseguir a vós também " (Jo 15,20). A Igreja se coloca no mesmo caminho e passa por tudo aquilo que Cristo passou, porque não age baseando-se numa lógica humana ou com a força, mas seguindo o caminho da Cruz e se fazendo, em obediência filial ao Pai, testemunha e companheira de viagem desta humanidade.
Às Igrejas antigas como as de recente fundação, recordo que são colocadas pelo Senhor como sal da terra e luz do mundo, chamadas a irradiar Cristo, Luz do mundo, até os extremos confins da terra. A missio ad gentes deve ser a prioridade de seus planos pastorais.
Agradeço e encorajo as Pontifícias Obras Missionárias pelo indispensável trabalho a serviço da animação, formação missionária e ajuda econômica às jovens Igrejas. Por meio destas instituições pontifícias, se realiza de forma admirável a comunhão entre as Igrejas, com a troca de dons, na solicitude recíproca e na comum projetualidade missionária.
5. Conclusão
O impulso missionário sempre foi sinal de vitalidade de nossas Igrejas (cfr. Redemptoris missio, 2). É preciso, todavia, reafirmar que a evangelização é obra do Espírito, e que antes mesmo de ser ação, é testemunho e irradiação da luz de Cristo (cfr. Redemptoris missio, 26) através da Igreja local, que envia os seus missionários e missionárias para além de suas fronteiras. Rogo a todos os católicos para que peçam ao Espírito Santo que aumente na Igreja a paixão pela missão de proclamar o Reino de Deus e ajudar os missionários, as missionárias e as comunidades cristãs empenhadas nesta missão, muitas vezes em ambientes hostis de perseguição.
Ao mesmo tempo, convido todos a darem um sinal crível da comunhão entre as Igrejas, com uma ajuda econômica, especialmente neste período de crise que a humanidade está vivendo, a fim de colocar as jovens Igrejas em condições de iluminar as pessoas com o Evangelho da caridade.
Nos guie em nossa ação missionária a Virgem Maria, Estrela da Evangelização, que deu ao mundo Cristo, luz das nações, para que leve a salvação "até aos extremos da terra"(At 13,47).
A todos, a minha Bênção.
Cidade do Vaticano, 29 de junho de 2009

BENEDICTUS PP. XVI
 


8 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

E se falasse de todos os crápulas das caldas.
Um jagunço da Sé

Anónimo disse...

ENTAO NAO APRECIOU O MEU COMENTARIO!
NAO FAZ DIFERENCIA PORQUE DE QUALQUER MANEIRA ERA SO PARA VOSSA EXCELENCIA OK!
CONTINUO ATENTO A ARTIGOS QUE NAO TEM ASSUNTO NENHUM!
E NAO SOU CASO UNICO!


ATENTO89

ATM disse...

Ao atento 89
Com certeza que não apreciei…
E mais ainda fiquei a pensar que estava a gozar com a minha cara.
O Reverendo Padre António Correia Pinto Guimarães foi um grande sacerdote,
Pároco
e Professor!
Não tive a honra e o prazer de o conhecer pessoalmente.
Sei que não foi estimado e apreciado como merecia.
O mesmo aconteceu com o Padre Domingos José da Silva.
Ambos passaram privações e gozaram com a cara deles.
Pelos vistos é apanágio local…
Mas ao estimado amigo Atento 89 e desatento 98. pouco interessa!
mas como o próximo Domingo é o Dia Mundial da Missões ( …dirá Vossa Excelência… mas o que é isso ?! ), não tem mal, dia em que em todo o Mundo se lembram as Missões
e os Missionários…
Ora D. Moisés Alves de Pinho foi um grande missionário
e é nosso vizinho em Fiães.
Acho que Vossa Excia. foi preguiçoso e não leu tudo!!!
Tem um busto em Fiães
que estava desprezado
mas que a Junta de Fiães
e a Câmara de Santa Maria Feira compuseram e ajeitaram.
Está ver?
É só isto!!!
P. António Correia Pinto Guimarães paroquiou
esta Vila de Caldas de S. Jorge de 1950 – 1978.
Ao todo 28 anos..
Faleceu em S. Jorge no dia 6 de Junho de 1978 sendo sepultado em Espargo.
Muito se esforçou por esta terra e suas gentes.
E já agora acha que um sacerdote Pároco se despacha com a homenagem de uma simples e banal rua que é um beco e uma congosta?
Falta de imaginação
e abundância de espírito redutor e alma pusilânime!!!

Anónimo disse...

Quero manifestar a minha gratidão ao nosso pároco, agradecer o que tem feito por ela e dizer que fico triste quando leio comentários de pessoas que falam sem ter conhecimento de causa, ou então são espiritos de contradição, ou talvez porque nada fizeram por esta terra.

Anónimo disse...

MUITO DIPLOMATICO SIM SENHOR!
NAO FALTA QUEM TENHA FEITO MAIS DO QUE ELE! ESTAO ESQUECIDOS.
MAS COMO NESTE CASO TRATA_SE DE UM PADRE MISSIONARIO E DIFERENTE NAO E!
COMPREENDE SE.
ESTOU DE ACORDO COM O SENHOR!


ATENTO89

José Pinto da Silva disse...

Goste-se ou não se goste da Igreja (e há quem possa ter razões para não gostar), é absolutamente histórico que disponibilizou milhares de homens e mulheres de boa vontade que, por muitas partes do mundo, das mais precisadas de apoio, espalharam algum bem estar às populações e muito ensinaram, de religiosidade e da cultura mais laica. Ensinaram a ler e ensinaram algo que ajudou a melhor vivar.
E D. Moisés personifica um pouco da missionação em África e é uma referência nesta região.

José Pinto da Silva

Anónimo disse...

ESTA VER SR PADRE GRACAS AOS MEUS COMENTARIOS EMBORA MAIS NEGATIVOS OU NAO.MESMO AQUELES QUE NAO DAO ENTERESSE NENHUM PELA RELEGIAO OU NUNCA APARESSEM SE MANIFESTAO !ASSIM VAI A SOCIEDADE!




ATENTO89