sexta-feira, 12 de março de 2010

TOTAL SILÊNCIO

A Associação Amigos do Uíma estranha (ou não) alguns silêncios em relação à questão do aterro sanitário.

Por um lado, a do Vereador do Ambiente, que se recusa a comentar esta questão, talvez a mais relevante politicamente dos próximos tempos. Como se pode ficar indiferente a toda a agitação social no concelho e em especial Caldas de S. Jorge, Pigeiros e Canedo? Temos assistido a Assembleias de Freguesia extraordinárias, criação de várias comissões anti-aterro em diversas freguesias, reuniões entre Juntas, protesto sistemático de associações ambientalistas, diversas posições públicas de muitos cidadãos (mais anónimos ou mais conhecidos) da nossa praça, entre outras, e o senhor Vereador do Ambiente continua calado, dando a ideia que o assunto não é nada com ele.
Senhor Vereador, não se esconda e dê a cara perante as populações. Bem sabemos que é intenção da Câmara da Feira levar o aterro para Canedo e este estudo recente serve apenas para dar cobertura à decisão política.
Não há coragem política para assumir essa decisão, nem da parte do Vereador do pelouro nem mesmo do Presidente da Câmara. Estamos perante uma total cobardia política.
Por outro lado, a Administração/Direcção das termas continua no mais profundo silencio. Não percebemos como se pode estar ausente desta questão, sendo as Termas de Caldas de S. Jorge o maior argumento para afastar o aterro da solução Pigeiros/S. Jorge.
Bem sabemos da existência de uma opinião técnica das Termas apoiando a luta. Mas não basta, é preciso mais.
E a posição de quem “manda”? Não era tempo das termas tomarem uma posição política, condenando a localização do aterro em Caldas de S. Jorge? Ou entende a Administração/Direcção das termas que tendo um aterro a menos de 2000 metros em nada prejudica a instância termal? E a imagem das Termas, não sai danificada? Alguém acha que isto seria possível acontecer nas Termas do Luso ou S. Pedro do Sul, por exemplo?
Não é uma exigência dos Amigos do Uíma, é uma exigência do concelho da Feira e de Caldas de S. Jorge: a Administração/Direcção das termas de Caldas de S. Jorge têm de assumir publicamente um não concludente à localização do aterro em Pigeiros/Caldas de S. Jorge.
Mais uma vez dizemos que, a haver aterro sanitário, tem de ser encontrada uma outra solução de localização, que não Pigeiros/S. Jorge ou Canedo, e que Gaia não pode fugir às suas responsabilidades. Afinal produz 75% do lixo em questão.

In Amigos do Uíma...

4 comentários:

Anónimo disse...

È importante que os Amigos do Uíma não se deixem instrumentalizar pelo CDS-PP concelhio e pelo ser lider ALferes que é o mesmo.
Os argumentos dos Amigos do Uíma devem pautar-se pelas questões de natureza ambiental e ecológica e não entrar em discussões politico-partidárias.
Já é tempo do sr Alferes ganhar juízo e dar conta de que não é assim que vai lá.

José Pinto da Silva disse...

Segundo o que se diz no Relatório preliminar, a Associação AMIGOS DO UIMA foi convocada para o workshop onde as diversas entidades que se dignaram marcar presença tiveram oportunidade de defender pontos de vista e marcar oposições. Pelos vistos a Amigos do Uima alinhou com a Junta de Caldas de S. Jorge e primou pela ausência.

José Pinto da Silva

Alferes Pereira disse...

José Pinto da Silva, está profundamente equivocado: os Amigos do Uíma estiveram presentes no dito workshop. A Junta de S.Jorge é que faltou e foi criticada por mim na Assembleia de Freguesia de S. Jorge, coisa que o senhor não ouviu pois estava na conversa à porta do edifício, a incomodar quem queria ouvir. Alás, fiz idêntica crítica à Junta de Pigeiros, que também faltou ao dito evento. O seu SIS anda a falhar...
Quanto ao amigo de cima, venha para os Amigos do Uíma, torne-se sócio, quantos mais melhor...

José Pinto da Silva disse...

Caro Alferes Pereira,
No relato do workshop está uma lista das entidades convidadas, que inclui "Os Amigos do Uima". Na lista de presenças aquela Associação não consta. Foi daí que colhi a dica e deixei expressa no comentário. Assim não sendo, de minha parte peço desculpa, mas a Associação deveria pedir a rectificação da listagem.
José Pinto da Silva