sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Dia 25 de Setembro … dia de Um Santo muito Especial !!!


Dia 25 de Setembro … dia de Um Santo muito Especial !!!
Sáo Hermano, entrevado. Monge (1013-1054) 41 anos!
 
Hermano Contractus ou Entrevado nasceu em 1013; 
e morreu em Reicheneau (Baden) em 1054. 
Filho dum conde von Alshausen, passou toda a existência, primeiro como aluno e depois como monge, na abadia de Reichenau. 
Tendo sofrido um «traumatismo obstétrico», 
foi preciso transportá-lo ao colo toda a vida como uma criança; 
apenas chegava a mexer um pouco a língua e as mãos. 
Apesar desta má sorte, possuía todos os dons. 
Foi o maior sábio do seu tempo; 
chamavam-lhe «a Maravilha do século». 
Matemático e astrónomo de génio, 
foi além disso bom historiador, 
compositor de talento e poeta inspirado. 
A Ave Maris Stella e outras belas sequências são dele; 
muitos atribuem-lhe também a Alma Redemptorìs 
e a Salve Regina. 
Inventou um astrolábio, uma máquina de calcular 
e novos instrumentos de música. 
Viu entrarem na sua cela dois admiradores distintos: o Irnperador Henrique III 
e o papa Leão IX, que se meteram a caminho para o ficarem a conhecer. 
Todavia, achava que Deus tinha usado tanta ciência e imaginação 
ao fazer as criaturas,  
 que se considerava a si mesmo como o último dos ignorantes; 
escreveu no princípio duma obra sobre o Astrolábio: 
“Fui eu, Hermano, que fiz este livro, 
eu, o rebotalho dos pobres de Cristo, 
que anda a reboque dos aprendizes filosóficos, 
mais lento de espírito que um jumentinho”.

sábado, 18 de setembro de 2010

Visita oficial do Papa Bento XVI ao Reino Unido a Convite da Rainha Isabel II


Bento XVI apelou à união de todos os cristãos, num encontro com o líder da Igreja Anglicana. Bento XVI é o primeiro Papa a ser recebido no Palácio de Lambeth, a residência do arcebispo de Cantuária, Rowan Williams. 
O líder dos anglicanos declarou que ainda é cedo para restaurar a união, perdida desde os tempos de Henrique VIII, há quase 500 anos.
“Talvez não consigamos ultrapassar rapidamente os obstáculos para restaurar a união, mas não há obstáculos na nossa busca espiritual, na obediência ao Senhor, e encontraremos mais formas de nos construirmos na santidade”, declarou o arcebispo de Cantuária.
O diálogo religioso já tinha sido o grande tema do encontro com 200 líderes das principais religiões presentes no Reino Unido.
A reunião aconteceu de manhã, na universidade de St Marys, em Twickenham, no sudoeste de Londres. Um local onde se juntaram também quatro mil alunos e professores de todas as escolas católicas do país.
Mas a visita de Bento XVI, a convite da rainha Isabel II, está a ser acompanhada por uma forte contestação. No exterior da Universidade de St Marys, dezenas de pessoas protestaram contra várias o Vaticano e relembraram o escândalo de pedofilia que está a manchar a Igreja Católica.
(Cá está outra vez o tema da Pedofilia. Parece que a crítica da Comunicação social não tem outro assunto. Foi em Portugal, foi em Chipre, é agora no Reino Unido!
O Papa já pediu perdão pelas faltas dos outros. Os faltosos são excomungados, castigados e entregues às autoridades civis… que mais querem?
Só se for para os comer e guisar com batatas!
Porque não começar pelos da Casa Pia e outros que não se sabem que o são porque  há cumplicidade sulapada. Desde que a Casa Pia foi fundada por Pina Manique sempre lá se rezou, praticou a caridade, a amizade e solidariedade!!!
Rei Henrique VIII fez cisma, separação de Roma por causa do Papa na altura o não deixado divorciar-se do Matrimónio. Por se proclamou separado de Roma e declarou-se autoridade máxima do Anglicanismo, seguido pelos seus sucessores.
Houve perseguições aos Católico Romanos como João Fisher, Thomas Morus e tentos outros mártires e muitos Católicos tiveram de fugiar para a Irlanda, América e Colónias Inglesas!
São João Fisher nasceu em Beverley, na cidade de Yorkshire, na Inglaterra, no ano de 1469. Órfão de pai ainda pequeno, aos quatorze anos era o mais destacado estudante do Colégio São Miguel. Quando completou vinte anos, era professor daquele colégio. Em seguida, ingressou na famosa Universidade de Cambridge. Dois anos depois, recebeu o diploma de doutor com louvor, foi ordenado sacerdote e nomeado vice-reitor da referida universidade.
Quando a rainha Margareth, viúva pela terceira vez, decidiu deixar a corte e ingressar num mosteiro, foi ele que escolheu para ser seu director espiritual. Distribuiu sua fortuna entre várias instituições, destinando grande parte à Universidade de Cambridge. Na mesma ocasião, São João Fisher era eleito chanceler da universidade, cargo que manteve até morrer.
Aos trinta e cinco anos, foi eleito bispo de Rochester, dedicando-se muito à função. Distribuía esmolas com generosidade e as portas de sua casa estavam sempre abertas para os visitantes, peregrinos e necessitados. Mesmo sendo bispo e chanceler da universidade, levava uma vida tão austera como a de um monge.
Apesar de todo o seu trabalho, estudava muito e escrevia livros. Seus discursos fúnebres, da morte do rei Henrique VII e da própria rainha Margareth, tornaram-se obras famosas. Quando Martinho Lutero começou a difundir sua Reforma, o bispo Fisher combateu os erros da nova doutrina, escrevendo quatro livros, que o tornaram famoso em todo o mundo cristão.
Em 1535, o rei Henrique VIII desejou divorciar-se de sua legítima esposa para casar-se com a cortesã Ana Bolena. O bispo João Fisher foi o primeiro a posicionar-se contra aquele escândalo, embora muitos outros ilustres personagens da corte declarassem, apenas para agradar o rei, que o divórcio poderia ser feito. Ele não; mesmo sabendo que seria condenado à morte, declarava a todos que:
- "O matrimônio católico é indissolúvel e o divórcio não será possível para um matrimônio católico que não se tenha anulado".
Entretanto o ardiloso rei Henrique VIII conseguiu que o Parlamento inglês o declarasse chefe supremo da Igreja na Inglaterra, em substituição ao papa da Igreja Católica, com a aprovação de todos os que desejavam conservar seus altos postos no governo. Porém João Fisher declarou no Parlamento que:
- "Querer substituir o Papa de Roma pelo rei da Inglaterra, como chefe de nossa religião, é como gritar um 'morra' à Igreja Católica", e isto seria um erro absurdo.
Os inimigos o ameaçavam, com atentados e calúnias. Como não conseguiram que o bispo deixasse de declarar sua fé católica, foi preso na Torre de Londres. Tinha sessenta e seis anos, porém os muitos anos de penitências, seus alunos, e o excessivo trabalho pastoral faziam-no aparentar oitenta. Ainda estava preso quando foi nomeado cardeal pelo Papa Paulo III. Ao ser informado da nomeação cardinalícia, o rei Henrique VIII sem qualquer piedade, exclamou: - "Enviaram-lhe o chapéu de cardeal, porém não poderá colocá-lo, porque eu lhe mandarei cortar a cabeça". E assim o fez. A sentença de morte foi comunicada a João Fisher, que foi executado no dia 22 de junho se 1535. Antes de ser decapitado, ele declarou à multidão presente que:
- "Morro por defender a Santa Igreja Católica, fundada por Jesus Cristo, e o Sumo Pontífice de Roma". Em seguida, os carrascos cumpriram a sentença.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

S. Miguel do Mato 15.00 horas do Dia 12 de Setembro de 2010

S. Miguel do Mato 15.00 horas do Dia 12 de Setembro de 2010
 
São Miguel do Mato, Vigararia de Arouca e Vale de Cambra.
Novo Pároco e Coadjutor tomam posse da paroquialidade e cuidado pastoral desta Paróquia singular e característica da referida Vigararia .
São os sacerdotes Agostinho Watela e Arnaldo Farinha que entram oficialmente ao Serviço desta Paróquia.
 
Rodeada de largas e extensas áreas de matas e pinheirais, o título é-lhe perfeitamente adequado.
Lá está o Arcanjo São Miguel Guardião e Patrono da Igreja Matriz e as suas gentes que lhe conferem um ar de animação e entusiasmo típico de um povo bom, trabalhador e sadia Fé Cristã.
Com a Presidência e Apresentação Oficial do Jovem Vigário de Arouca P. Paulo Teixeira a Celebração teve o seu inicio pelas 15.00 horas em cenário animado, alegre num contexto de fé e simpatia deste Pároco com seis paróquias espalhadas pelas encruzilhadas das Serras de Arouca onde as quatro rodas se agarram nas curvas na ânsia de chegar a horas aos serviços
ou qual anjo alado equilibrado sobre as duas rodas apressadamente correndo por onde o veículo das quatro não cabe e as veredas o podem deixar entalado.
Sente-se no ambiente da Celebração Festiva o fruto pastoral de um trabalho personalizado dos Párocos anteriores, Padre Benjamim e particularmente o Reverendo Padre Manuel Santos Silva que esteve uma boa dose de anos à frente dos destinos da Paróquia.
O que se sentiu e viveu na Celebração, reflectido nos rostos das crianças, adolescentes, jovens, mais crescidos e de gente de mais idade. Foi bonito de se
ver e de se sentir.
 
De referir a extensão da freguesia, a quantidade de lugares de culto espalhados por tão ampla zona.
Os tempos vão mudando e não há lugar para desanimar e baixar os braços. Novos dinamismos afloram nas Comunidades: Os Diáconos Permanentes, os Presidentes das Celebrações Dominicais na ausência do Presbítero e outras iniciativas do Povo de Deus que esclarecidamente quer avançar no caminho da Fé e da Crença.
É uma esperança que nas duas Comunidades São Miguel do Mato e Fermedo: um Diácono Permanente e um Presidente de Celebração Dominical na ausência do Presbítero sejam ma realidade. E têm um rosto: O Jovem Vítor de São Miguel do Mato e o Senhor Valdemar de Fermedo.
Excelente iniciativa do Povo de Deus e da Diocese.
Parabéns!

 Terminada a Celebração seguiu-se para Fermedo para às 17.30 se proceder a acto idêntico neste tradicional, histórica e simpática Freguesia de Arouca.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Motivo para Pensar!

Recebi de um amigo o video que inseri. É, em absoluto, motivo para meditar e quase de
poderia dizer que é aterrador. O mundo ocidental tem aqui um bom motivo para meditar.
E, sabe-se, lá, um bom motivo para mudar de actuação consigo e com os outros. Agir para
com os outros, como os outros agem com o ocidente. Medite-se.




sábado, 4 de setembro de 2010

GANHEI CORAGEM !!! Rubem Alves.

GANHEI CORAGEM
Rubem Alves
... colunista da Folha de S. Paulo ...
"Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente
tem coragem para aquilo que ele realmente conhece",
observou Nietzsche.
É o meu caso.
Muitos pensamentos meus, eu guardei em segredo.
Por medo.
Alberto Camus, leitor de Nietzsche, acrescentou um detalhe
acerca da hora em que a coragem chega:
"Só tardiamente ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos".
Tardiamente.
Na velhice.
Como estou velho, ganhei coragem.

Vou dizer aquilo sobre o que me calei:
"O povo unido jamais será vencido", é disso que eu tenho medo.

Em tempos passados, invocava-se o nome de Deus
como fundamento da ordem política.
Mas Deus foi exilado e o "povo" tomou o seu lugar:
a democracia é o governo do povo.
Não sei se foi bom negócio;
o fato é que a vontade do povo, além de não ser confiável,
é de uma imensa mediocridade.
Basta ver os programas de TV que o povo prefere.

A Teologia da Libertação sacralizou o povo
como instrumento de libertação histórica.
Nada mais distante dos textos bíblicos.
Na Bíblia, o povo e Deus andam sempre em direções opostas.
Bastou que Moisés, líder, se distraísse na montanha
para que o povo, na planície,
se entregasse à adoração de um bezerro de ouro.
Voltando das alturas, Moisés ficou tão furioso
que quebrou as tábuas com os Dez Mandamentos.

E a história do profeta Oséias, homem apaixonado!
Seu coração se derretia ao contemplar o rosto da mulher que amava!
Mas ela tinha outras idéias.
Amava a prostituição.
Pulava de amante e amante enquanto o amor de Oséias
pulava de perdão a perdão.
Até que ela o abandonou.
Passado muito tempo, Oséias perambulava solitário
pelo mercado de escravos.
E o que foi que viu?
Viu a sua amada sendo vendida como escrava.
Oséias não teve dúvidas.
Comprou-a e disse:
"Agora você será minha para sempre.".
Pois o profeta transformou a sua desdita amorosa
numa parábola do amor de Deus.

Deus era o amante apaixonado.
O povo era a prostituta.
Ele amava a prostituta, mas sabia que ela não era confiável.
O povo preferia os falsos profetas aos verdadeiros,
porque os falsos profetas lhe contavam mentiras.
As mentiras são doces;
a verdade é amarga.

Os políticos romanos sabiam que o povo se enrola
com pão e circo.
No tempo dos romanos, o circo eram os cristãos
sendo devorados pelos leões.
E como o povo gostava de ver o sangue e ouvir os gritos!
As coisas mudaram.
Os cristãos, de comida para os leões,
se transformaram em donos do circo.

O circo cristão era diferente:
judeus, bruxas e hereges sendo queimados em praças públicas.
As praças ficavam apinhadas com o povo em festa,
se alegrando com o cheiro de churrasco e os gritos.
Reinhold Niebuhr, teólogo moral protestante, no seu livro
"O Homem Moral e a Sociedade Imoral"
observa que os indivíduos, isolados, têm consciência.
São seres morais.
Sentem-se "responsáveis" por aquilo que fazem.
Mas quando passam a pertencer a um grupo,
a razão é silenciada pelas emoções coletivas.

Indivíduos que, isoladamente,
são incapazes de fazer mal a uma borboleta,
se incorporados a um grupo tornam-se capazes
dos atos mais cruéis.
Participam de linchamentos,
são capazes de pôr fogo num índio adormecido
e de jogar uma bomba no meio da torcida do time rival.
Indivíduos são seres morais.
Mas o povo não é moral.
O povo é uma prostituta que se vende a preço baixo.

Seria maravilhoso se o povo agisse de forma racional,
segundo a verdade e segundo os interesses da coletividade.
É sobre esse pressuposto que se constrói a democracia.

Mas uma das características do povo
é a facilidade com que ele é enganado.
O povo é movido pelo poder das imagens
e não pelo poder da razão.
Quem decide as eleições e a democracia são os produtores de imagens.
Os votos, nas eleições, dizem quem é o artista
que produz as imagens mais sedutoras.
O povo não pensa.
Somente os indivíduos pensam.
Mas o povo detesta os indivíduos que se recusam
a ser assimilados à coletividade.
Uma coisa é a massa de manobra sobre a qual os espertos trabalham.

Nem Freud, nem Nietzsche e nem Jesus Cristo confiavam no povo.
Jesus foi crucificado pelo voto popular, que elegeu Barrabás.
Durante a revolução cultural, na China de Mao-Tse-Tung,
o povo queimava violinos em nome da verdade proletária.
Não sei que outras coisas o povo é capaz de queimar.

O nazismo era um movimento popular.
O povo alemão amava o Führer.

O povo, unido, jamais será vencido!

Tenho vários gostos que não são populares.
Alguns já me acusaram de gostos aristocráticos.
Mas, que posso fazer?
Gosto de Bach, de Brahms, de Fernando Pessoa, de Nietzsche,
de Saramago, de silêncio;
não gosto de churrasco, não gosto de rock,
não gosto de música sertaneja,
não gosto de futebol.
Tenho medo de que, num eventual triunfo do gosto do povo,
eu venha a ser obrigado a queimar os meus gostos
e a engolir sapos e a brincar de "boca-de-forno",
à semelhança do que aconteceu na China.

De vez em quando, raramente, o povo fica bonito.
Mas, para que esse acontecimento raro aconteça,
é preciso que um poeta entoe uma canção e o povo escute:
"Caminhando e cantando e seguindo a canção.",
Isso é tarefa para os artistas e educadores.
O povo que amo não é uma realidade, é uma esperança.

Rubem Alves