sexta-feira, 24 de outubro de 2014

FOI HÁ 60 ANOS






 
FOI HÁ 60 ANOS






Casa Zé Moleiro 1954 -1º. plano


Casa Zé Moleiro inventada pelos técnicos
Completam-se hoje 60 anos sobre a maior cheia de que há memória, ocorrida no rio Uíma, com incidência sobretudo em Caldas de S. Jorge e Fiães, onde deixou estragos de vulto, tendo-se, daí para juzante, espraiado pelos plainos das ribeiras até à Ponte Nova que, mesmo já em situação de maior espraiamento, não resistiu e foi levada na enxurrada.
Decidi, em 2010, - adiante dir-se-á porquê – que, enquanto mantiver as condições mínimas para tal, não deixarei passar a data de 24 de Outubro sem lembrar a maior cheia do século (mesmo antes não há registo de tamanha), não com intento de amaciar o ego, mas para preservar a história da nossa terra, das insinuações tolas, que só a toma de dose avantajada de Vermol,do lote que transgrida a lei da gravidade e suba, ao invés de descer, para ir atacar a maléfica bicharada que, nos casos em apreço, se instalou no sótão dos insinuadores Não por ser mais limpo. Até pelo contrário, dada a característica dos bichos.
Feito este a modos que intróito, vou entrar no facto chave e que foi a tromba de água que, na manhã de Domingo, 24/10/1954, despencou sobre esta região, sendo os vales do Rio Uíma e dos seus afluentes de S. Jorge e Fiães os espaços mais afectados por danos. Em Fiães foi sobretudo nas margens do Rio Às Avessas, por ser mais declivoso, de onde desapareceram todas as pontes e moinhos, com a água a subir 5 metros acima da cota habitual, segundo a imprensa diária do dia seguinte. Em S. Jorge, a Ribeira da Fonte Fria causou fortes estragos e amedrontamentos na Ribes, mas a base da minha apreciação é o Uíma e a sua enchente, particularmente entre o Engenho e o Terremunho, com prevalência para o espaço entre o moinho da Ti Arminda do Munho e o lavadouro / coradouro da Sé. Como pontos base de referência saliento os campos do “Lóreiro (margem esquerda) e do Ti Fulgêncio (margem direita), logo a seguir ao poço, a zona da Ribeira no local do moinho do Zé Moleiro e depois a cota da água na estrada e no parque das Caldas.
Os técnicos, ou quem escreveu relatórios ditos técnicos, colhendo declarações compradas (não quer dizer com troca por numerário), fazendo pesquisa jornalística sem procurar nenhum jornal, relatando a partir de pressupostos erróneos, cometeram as maiores barbaridades contra a verdade, sendo que a maior tranquibérnia foi a inclusão de uma fotografia falsa, classificando-a como a Casa do Zé Moleiro. Houve ali manifesta má fé, intenção desbragada de ser desonesto, claro ataque directo ao fenómeno que foi a cheia. Sobretudo conhecendo pessoas ainda vivas e já adultas ao tempo. Pessoas que eu ouvi. Diz então um dos relatórios, falando das casas do Valinho, do Lajeiro, do Zé Moleiro e do edifício das Caldas, que apenas as caves de todos esses edifícios terão sido atingidas. Reitero, com testemunhos ainda viventes que, a água andou pelo telhado do moinho do Zé Moleiro e dito por um testemunho, que andou próximo do cume. O próprio Zé Moleiro (meu pai) depois de tirar o gado dos aidos e de os enxotar para a pedreira (onde hoje está a pensão) nadou para o moinho e lá andou a evitar a saída de sacas de farinha e milho pela porta e quando saiu estava a água já na padieira da porta do moinho. A porta é capaz de ainda ser a mesma. E relativamente à casa de habitação e currais, a água subiu quase até ao solho do andar. Na ponte, a enxurrada derrubou o muro e subiu um metro acima do piso, atingiu a soleira da janela da padaria do Valinho, atingiu quase um metro no rés-do-chão da casa do Lajeiro (parece que confundem com a casa da Dorinda Oliveira que era a do Lajeiro), chegou ao cimo do tanque do chafariz existente na altura e avançou por cima do muro que circundava o parque das Caldas. Todo o parque ficou como um lago em turbilhão, pois toda a madeira de cimbre que estava encastelada na frente das escadas do átrio foi levada de escantilhão por cima do muro das Caldas (contou uma voz ainda vivente e que esteve no turbilhão, a entregar a corda ao Chino para resgatar o Elísio Mota que estava agarrado ao pilarete para não ser arrastado pela água que passava por cima do muro). Recordar que o edifício andava em obras para ser inaugurado depois em 1956. E, mesmo assim, só inundou as caves! !, ou a arte de ser prestímano, com miolos atacados de atonia. Tenham, os técnicos todos, a disponibilidade para consultar o Comércio do Porto do dia 25. Conta o episódio do “rapazito” cercado pelo turbilhão (Elísio Mota) e diz: (cito) “ nas Termas de S. Jorge a tromba de água inundou terrenos e ruas, invadindo o casaria da parte baixa da localidade. Em alguns sectores e próximo do pequeno rio a água atingiu os 5 (cinco) metros”. Exactamente no local onde, mais tarde, foi construída a ínsua. Mas, cuidado, na alta visão dos técnicos, a cheia só inundou as caves. Trampolineiros…!
Leu-se há dias que o presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros foi condenado a três anos de cadeia (não teve ainda trânsito em julgado) por, há anos, ter licenciado a construção de um prédio em zona REN.
Todo este imbróglio ligado à cheia teve início no verão de 2009 quando alguém (a Câmara saberá quem) denunciou à CCRDN o início da construção do edifício do Ilha Bar (ZIP), invocando tratar-se de espaço REN e leito de cheia. Se está no meio do rio e à cota das margens, leito de cheia é de certeza.
Face a tal a CCDR disse ao denunciante: “…(a construção) não parece ter enquadramento no anexo II do D.L. 166/2008 e não cumpre com o PDM de S.M. Feira, pelo que não pode ser autorizada. A Câmara Contestou. Mais tarde, em resposta a ofício da Câmara, a CCDRN conclui, depois de diversas considerações e alusões a diplomas legais: “…face ao exposto e atenta a desconformidade legal da construção objecto do concurso público aberto por essa Câmara Municipal, solicita-se a V. Exa. (presidente) que se abstenha de praticar actos que promovam quaisquer intervenções no local mencionado” Claro que a Câmara fez orelhas moucas e olhos cegos e a obra manteve o andamento de cruzeiro. Houve muitas idas ao Porto (como foram lamentadas!) e houve interferência de gente de dentro da CCDRN para fazer inverter pareceres anteriores e influenciar outro organismo também tutelar, como seja a ARHN (agora APA) que tutela o domínio hídrico e era preciso o título de utilização dos recursos hídricos. Foi a este organismo tutelar que a Câmara em 4/11/2009 enviou o ofício 26346 e entre outras aldrabices, disse: “ O acesso situa-se acima da cota da maior cheia conhecida para o local”. Foi depois de ler este embuste que fiz protesto, o mais alardeado possível, porque além do mais, desconjuntava a realidade que foi a cheia de 1954. Há fotos do coradouro à época, Não havia nenhuma barragem a impedir o escoamento e a água chegou mais a menos a meio do coradouro. Galguem e vejam se o edifício então em construção não ficaria alagado até ao tecto! Mesmo assim, o acesso ficava acima da cota da maior cheia! A coroa no topo do bolo foi o vergonhoso discurso da inauguração (20/05/2010) em que EU fui o ausente mais presente, visado pelas insinuações mais torpes que só acasalavam com o diseur.
Fui recebido pelo Director da então ARHN e, claro que não revelo detalhes de uma conversa amistosa e, sobretudo, muito esclarecedora. E pela mesma altura, um vereador em exercício perguntou-me o que me bastaria para encerrar o assunto. Eu disse que me estava marimbando para o edifício e que me bastaria que a Câmara, reconhecesse por escrito, que “o acesso se situa bem abaixo da cota da maior cheia conhecida para o local”. Mas isso é reconhecer a ilegalidade, retorquiu. E eu só argui que é problema deles.
No próximo ano haverá sempre algo de novo a lembrar. (Outubro de 2014)

José Pinto da Silva





quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Celebração das Bodas de Prata Matrinoniais 25º Aniversário da Casamento de Rafael e Manuela

Em dia de Santa Teresa de Ávila
15 de Outubro de 2014 na Igreja Matriz de Cristo Rei da Vergada
Santa Maria da Feira pelas 18.00 horas,
Celebração das Bodas de Prata Matrinoniais
25º Aniversário da Casamento nesta Igreja Matriz.

O casal Rafael da Assunção Coelho
E  Dulce Manuela de Oliveira Moreira Azevedo
celebram tão simpática e excelente efeméride.
Foi há 25 anos às 11.00 horas do dia 15 de Outubro de 1989
celebrante P. Antero Alves dos Reis, Pároco local
 Padrinhos: Rafael Francisco Coelho e Isilda de Sá Coelho Henriques também presentes ao evento e celebração.
Parabéns ao casal
e filha Ana Lúcia
e a toda a família
e amigos presentes

e com eles solidários!