quinta-feira, 24 de maio de 2007

"As Lontras" Estão de volta...

O Ano Passado Foi Assim...


Uma autêntica romaria. Todos os dias, a partir das 21,30 horas, dezenas de habitantes, e até alguns forasteiros de outras paragens mais longínquas, deslocam-se em passo apressado, denotando alguma ansiedade, para junto do edifício das afamadas Termas das Caldas de S. Jorge, freguesia de Santa Maria da Feira. Não vão à procura de uma qualquer panaceia para as suas mazelas. O motivo de tão grande interesse está um pouco mais afastado do edifício e converge para o leito do rio Uíma, onde o recente aparecimento de meia-dezena de lontras se transformou num acontecimento único.Não há telenovela nem conversa de café que consiga concorrer com tal espectáculo.


Há pouco mais de três semanas, os moradores locais foram surpreendidos com o aparecimento repentino de várias lontras, que se exibiam por entre as águas do Uíma. "Tenho 56 anos e muitas décadas de pesca e nunca vi destes animais no nosso rio", comentava Joaquim Silva ainda de olhos fixos nas águas, na ânsia de voltar a ver as lontras.

Também José Luís recorda que "há 15 dias, quando as vi pela primeira vez, pensei que eram gatos, mas depois fiquei muito surpreendido com estes animais".



Com jeitos de autênticas estrelas ainda em ascensão, as lontras efectuam os seus aparecimentos de forma tímida e repentina, aproveitando a luz ténue da noite. Surgem por entre a frondosa vegetação e nas águas do Uíma. Deslocam-se de forma frenética e fazem algumas "fitas" que deixam os espectadores extasiados. Mas o barulho provocado pela reacção dos visitantes acaba por assustar aqueles simpáticos animais, que rapidamente desaparecem, para tristeza geral. Há, então, que esperar que o silêncio regresse ao local, para que as lontras voltem a exibir toda a sua graciosidade. Tem sido assim todos os dias. Mas o autêntico espectáculo oferecido pelas lontras pode ter os dias contados. Se não forem cumpridas algumas regras básicas, as lontras podem desaparecer tão rapidamente como surgiram. O professor universitário e responsável pelo Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens (Fapas), Paulo Santos, avisa que estes animais "podem andar vários quilómetros à procura de sítios mais sossegados". Por isso, recomenda que "as pessoas apreendam a respeitar a natureza, fazendo o máximo de silêncio e observando a uma distância razoável" .

Ass: Mensageiro.

3 comentários:

Anónimo disse...

nesta rerra é caso para dizer:
lontras não faltam!!

Anónimo disse...

Enganaste-te a escrever "terra".

Anónimo disse...

OBRIGADA phil