sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Caldas de S. Jorge Solidário…

Olá,

A propósito deste tema - Caldas de S. Jorge Solidário...

às vezes vivemos assim... embrulhados em nós mesmos. Sem abrir os olhos para um mundo cheia de oportunidades. E enquanto nos embrulhamos em nós mesmos, e na nossa pretensa miséria, procuramos, como loucos no deserto, a fonte de uma felicidade utópica algures lá fora. Tão fechados em nós mesmos que nem conseguimos perceber a energia que escondemos dentro e que espera, ansiosa, por rebentar os muros que construímos e que nos impedem de nos darmos. De nos darmos aos outros. De nos darmos a nós mesmos a oportunidade de sermos um pouco menos instalados, egoístas e... perdidos!

"Quem sou para me sentir morto?" Que questão estranha... e, no entanto, tão pertinente. Quem sou eu para me sentir morto? E que faço eu do milagre da vida que se instalou em mim? Abafo-o? Definho-o? Quantos rostos contei eu, hoje, rostos de fome de pão e de um abraço? Quantos abraços deixei de dar eu, hoje, por medo, instalação, mesquinhez, ou simples desinteresse? Mas continuei a contar as minhas dores e os meus planos, embrulhado em mim mesmo, sempre só em mim mesmo, como se o mundo lá fora nada fosse.

Mas o mundo lá fora existe. Não sei se é minha tarefa dar-me... sei que é a única alternativa para uma vida tão limitada que termine e acabe em mim, no enredo das minhas dores. É, afinal, a vocação com que se escreve o nosso código genético.

PV

(Em anexo música com legenda)

CORREIO DE LEITORES…

Tomada de posse da Junta de Freguesia.

Na próxima segunda-feira vai ser a tomada de posse da junta de freguesia, e segundo me chegou aos ouvidos, a D. Rosa Santos de Azevedo que era a nº 3 na lista do PSD não foi escolhida para o executivo. Eu como mulher que sou fico com muita pena, pensava que agora haveria uma mulher no executivo da nossa junta de freguesia! Não percebo por que o Sr José Martins não fez a escolha que tanto publicitou na propaganda eleitoral. Já me tinham dito que ele tinha o rabo preso, mas não, ele tem um grande saco azul e uma grande lata. É uma pessoa sem palavra e sem escrúpulos, mas não me surpreende. Fico com pena dos membros da lista do PSD que tem que o aturar e que tiveram que dar a cara por este individuo.

Brenda Martinez.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

“Fachavor, se puderem auxiliar com uma moedinha!!! esta está boa!!!


Ver e ser visto
(José Diogo Quintela)
Os Descobrimentos não foram uma epopeia,
foram uma volta para apreciar as vistas.
Não demos novos mundos ao mundo,
demos um passeio.


Fui ao Museu de Arte Antiga ver a exposição Encompassing the globe, sobre a presença cultural portuguesa no mundo durante os séculos XV e XVI.
Não é muito grande.
Para um povo que cirandou tanto pelo mundo durante esse tempo, não mostra muitas coisas.
Em termos de souvenirs que se trazem das viagens, é pobre. Algumas mulheres conseguem trazer mais compras depois de passar uma semana em Nova Iorque.
Então quando comparado com outros povos de viajantes, nem se fala. Os ingleses, só do Parténon, fanaram muito mais pedra em 11 anos do que nós nos cinco séculos em que nos espraiámos pelo mundo. Está toda no Museu Britânico, juntamente com vários tipos de calhaus, de outros sítios e outras eras.
E ainda têm a lata de pedir donativos à saída, como quem diz: “Fachavor, se puderem auxiliar com uma moedinha, para ajudar a tomar conta do saque, agradecemos. Somos gatunos de pedra, mas não de produtos de limpeza.”
Quando quiser ver-me livre de entulho, chamo os ingleses e digo-lhes que são ruínas. 


Desmontam um destroço num instantinho.
Nós somos mais uns povos de ver.
No site do Museu de Arte Antiga, a exposição é apresentada com uma citação retirada do New York Times em que se diz que, com os Descobrimentos, ao ligar várias partes do mundo, Portugal inventou a Internet.
E a Internet, para mim, serve para bisbilhotar.
Os portugueses gostam de bisbilhotar.
Mal nos viram, os japoneses toparam logo isso.
Umas das peças da exposição são os Biombos de Nambam, que representam a chegada dos navegadores portugueses ao Japão.
Os marinheiros são sempre desenhados com enormes narizes.
Notáveis pencas.
Porque, lá está, éramos vistos como narigudos.
Tipos que metiam o nariz onde não eram chamados.
Daí as pinturas terem sido feitas em biombos, utensílios que servem, precisamente, para resguardar de olhares curiosos.
Os japoneses mandaram duas indirectas e é possível que não as tenhamos percebido, tão ocupados que estávamos a coscuvilhar.
Numa loja da Medina de Ceuta,
num mercado em S. Jorge da Mina,
num bazar em Ormuz
ou num (inserir nome de tipo de estabelecimento comercial) em (inserir local exótico onde tenhamos andado), o português é aquele que, quando o comerciante pergunta se pode ajudar, responde:
“Não, obrigado, estou só a ver.”
Na maior parte do tempo, nós estivemos só a ver.
Os Descobrimentos não foram uma epopeia, foram uma volta para apreciar as vistas.
Não demos novos mundos ao mundo, demos um passeio.
Vasco da Gama, Álvares Cabral, Diogo Cão.
Os navegadores de Quinhentos eram os socialites de agora.
Queriam ver e ser vistos.
Os biombos, além de uma prova da nossa indiscrição, são uma espécie de revista Caras nipónica.
Descobrir, mais no que “achar”, foi “destapar”.
Chegámos aos sítios,
espiolhámos tudo com curiosidade,
mas raramente tivemos outro interesse que o do espectador.
É provável que seja por isso que hoje não há assim muito para ver dessa época.
Ficou visto na altura.

Humorista
Da Pública 18.10.09

Grupo de pessoas ajudam os mais desfavorecidos da freguesia…

image Pode ver mais http://caldas-solidario.blogspot.com/

Vem ser Escuteiro. Vem deixar rasto…..

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O teu rasto permanece muito para além da tua passagem…..

SER ESCUTEIRO EXIGE VALENTIA…

” Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.

Ser Escuteiro é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise

Ser Escuteiro é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser Escuteiro é ser feliz e não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta, e continuar a fazer caminho…

Chefe Quim

domingo, 25 de outubro de 2009

Festa do Início Solene da Catequese Paroquial.. na Igreja Matriz desta Vila Termal




Festa do Início Solene da Catequese Paroquial
da Vila Termal de Caldas de São Jorge – Santa Maria Feira
Dia 25 de Outubro de 2009
 
Festivamente foi dado início à Catequese Paroquial da Vila
Termal de Caldas de São Jorge. Catequeses há que celebram a Festa do Encerramento!
Pelas 10.15 horas, hora da Eucaristia Paroquial, encheu-se a Igreja Matriz de juventude da várias Caminhadas Catequéticas do 1º ao 10º Ano.
A Igreja tornou-se pequena para conter tanta gente interessada e participante.
De realçar o Chamamento dos Catequistas e Compromissos dos Pais, Catequistas, Crianças e Adolescentes ; a Consagração e Bênção dos Catequistas. Tudo num ambiente de entusiasmo e alegria contagiante e de promessa.

 
Está a Paróquia num esforço de actualização da mensagem evangélica know how no emprego meios das novas tecnologias e multimédia, apetrechando o Salão Paroquial ( Salas de Catequese) e Igreja Matriz com todas as ferramentas : computadores, LCDs, em ligação à internet e Tv tendo em vista a difusão multimédia, em directo, diferido, vídeo conferência e ligação de Igrejas Matrizes e Salas de Catequese em vídeo conferência criando comunidades não só virtuais mas interligadas e participativas.
A experiência teve o ponta-pé de saída já no Salão Paroquial o ano transacto e continuado agora na Igreja Matriz graças à preciosa generosidade de um paroquiano diligente e amante deste modo de
transmissão da mensagem Cristã em multimédia tão adequada ao nosso tempo bem de duas empresas: uma de computadore e outra de Publicidade desta Vila Termal .

 O passo está dado e a experiência está contagiar pelos comentários e apreciações abonatórias
O projecto e realização do mesmo orça pelos 8.500.00 Euros. O futuro dirá e o entusiasmo será acrescentado com novos eventos.

 

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Ainda as Festa .... e Outras Contas



Orientações Pastorais sobre Festas Religiosas
A Igreja estima e deseja as festas, pois fazem parte da existência humana e constituem uma das formas de viver e manifestar publicamente a nossa fé. Destinam-se a promover o culto devido a Deus, a Nossa Senhora e aos Santos e constituem um meio de são convívio, recreio e promoção cultural, na variedade das suas expressões.
Graças às festas religiosas o nosso povo, ao longo de muitos anos, aprofundou e alimentou a sua fé e sentiu o desafio à conversão e à santidade. Eram sempre precedidas de tempos fortes de reflexão da Palavra, oração, penitência, celebração de Sacramentos e formulação de propósitos em direcção à conversão constante. A vida dos Santos era um estímulo. As manifestações exteriores procuravam engrandecer a Festa em honra do Santo. O povo ficava feliz. Era cultural, recreativa e espiritualmente enriquecido.
Os tempos, porém, mudaram. A formação na fé e o seu desejo quase desapareceram. Os apelos à conversão raramente se fazem ouvir. A festa “religiosa”, em vários lugares, propriamente já não se faz em honra do Santo. O Santo é um mero pretexto. Por vezes, as Comissões servem-se do Santo, do seu Nome, da sua Capela e da sua Imagem para sensibilizarem o povo na busca de donativos, para fazerem a sua própria festa, tantas vezes para satisfazer vaidades ou afirmações de poder pessoais ou de grupo. Nestas circunstâncias, muitas das festas já não são espaço de enriquecimento cultural e espiritual. Se ainda mantêm uma componente cultural e recreativa, esta reveste-se, por vezes, de um carácter demasiado pagão. Não raro, em vez de lugar de encontro alegre e feliz, tornam-se causa de conflitos que ferem e deixam marcas negativas difíceis de sanar.
Este contexto de mudança que nos envolve e influencia, reclama uma solicitude pastoral com sentido de discernimento lúcido e sereno, com agilidade mental e criatividade capaz de nos colocar, com dignidade e eficácia, no cumprimento da nossa missão evangelizadora e nos caminhos da história. Se reconhecemos que os tempos e os homens são outros, que a cultura, os problemas e as situações são outras e que a vivência da fé é cada vez mais débil, não podemos esquecer que este é o nosso tempo, o tempo em que nos foi dado viver e no qual temos de saber evangelizar, aceitando os novos desafios. Cada paróquia, nas suas várias instâncias de participação e corresponsabilidade, dever-se-á sentir na necessidade de reflectir, com sentido crítico e em esforço pedagógico, sobre as festas religiosas que promove, o que haverá nelas de menos bom ou abusivo, porque é que isso acontece e como proceder para que se conformem com o verdadeiro sentido cristão, a solidariedade social, a diversão sadia e a promoção cultural da comunidade.
Se as festas são religiosas, é evidente que devem ser promovidas por pessoas que tenham a vivência da fé, o sentido de Igreja, a estima do povo e a disposição de cumprirem as normas sobre as festas religiosas. Porque nem sempre assim acontece, muitas festas - mercê de Comissões bem intencionadas, por certo, mas pouco esclarecidas na sua fé e nada firmes nos valores a defender - foram envolvidas por este processo de transformação e afastadas dos seus verdadeiros objectivos. Tais desvios, umas vezes têm gerado tensão entre comissões de festas e estruturas paroquiais; outras vezes são causadores de divisões na comunidade, de guerrilhas permanentes e até de escândalos que a ninguém deixam ficar bem e logo são explorados por quem gosta de tirar partido da fraqueza alheia.
Apesar de a maior parte das Comissões organizadoras se constituírem com o conhecimento e a aprovação do Pároco e dos seus órgãos colegiais, nota-se, aqui e ali, uma certa tendência para se subtraírem à autoridade paroquial, nomeadamente do pastor da comunidade.
No intuito de ajudar a promover uma dignificação das nossas festas, vimos recordar, com alguma explanação, a Nota Pastoral sobre Festas Religiosas, publicada em 28 de Janeiro de 1988, para a Arquidiocese de Braga (in: Normas Jurídicas e Pastorais – 1978-1994, Braga, 1995, pg. 140 a 143).

Assim:

1- As Comissões promotoras devem ser formadas por cristãos convictos, que dêem garantias do cumprimento das normas da Igreja e do desejo de trabalharem de harmonia com o Pároco e seus órgãos colegiais.

2- Quem aprova e nomeia as Comissões de Festas é o Pároco, depois de ouvir as instâncias de corresponsabilidade paroquial, nomeadamente o Conselho Económico e, se existir, o Conselho Pastoral. Não faz sentido, pois, que a Comissão cessante apresente ao Pároco, no dia da festa e sem estes passos prévios, a nova Comissão de Festas para ser lida e nomeada no fim da Eucaristia ou do serviço religioso. Tudo deve ser previamente combinado, em bom espírito de entendimento e comunhão eclesial

3- Mesmo que volte a ser a Comissão do ano anterior a fazer a festa, nenhuma Comissão deve ser nomeada ou renomeada sem que sejam apresentadas ao Conselho Económico, e por este ao povo, as contas da última festa. O saldo, que deve ser entregue ao Conselho Económico, será aplicado a bem do culto e da comunidade cristã, podendo, se o Conselho Económico achar bem, transitar, no todo ou em parte, para a receita da mesma festa, do ano seguinte. As Comissões de festas ou mordomias de nenhum modo podem considerar-se donas dos saldos, cabendo-lhes somente a sua administração, no tempo vigente para a sua mordomia. Oneram gravemente a sua consciência, se fizerem seu o saldo das festas. Embora possam manifestar a sua ideia e gosto, não podem, por sua única iniciativa, gastar esse dinheiro em fazer esta ou aquela obra à revelia do Conselho Económico, nem tampouco podem agir como se a administração da Capela, durante o ano em que são Comissão, lhes pertença. Se as festas são promovidas por obrigação estatutária de Confrarias ou Irmandades, estas deverão também apresentar as contas à Comunidade Paroquial.

4- O Conselho Económico é o único órgão responsável pela gestão, conservação e enriquecimento de todo o património paroquial que não tenha Corpos Sociais próprios, e responde por isso. E, mesmo o Conselho Económico, não pode fazer obras sem projecto, pareceres técnicos e licença da autoridade eclesiástica competente. Não duvidamos da sua boa vontade, mas têm sido grandes os estragos feitos por Comissões de Festas com obras indevidas e impróprias em capelas, igrejas e espaços envolventes. Lembramos ainda que as verbas recolhidas para a realização das Festas devem ser depositadas em conta aberta em Instituição Bancária, em nome de “Fábrica da Igreja Paroquial de ....... Comissão de Festas de ......”, e ser sempre movimentada por dois de três membros da respectiva Comissão de Festas. Não é legítimo depositá-lo em nome pessoal ou de grupo.

5- A programação de qualquer festa religiosa, seja na Igreja paroquial seja numa capela ou santuário, promovida quer por uma Comissão ou Mordomia, quer por uma Confraria ou Irmandade, deve ser feita em comunhão com o Pároco que, como primeiro e principal responsável por qualquer festa religiosa, deve ser sempre o elo de unidade e comunhão. Evite-se o esbanjamento de verbas em programas festivos com número exagerado de conjuntos, bandas, etc. tantas vezes em duplicado e amontoados, sem grande espaço no local e tempo para actuarem. Convidar por bairrismo, espírito de vaidade e de competição e porque se tem dinheiro, não deve ser o critério a utilizar. Satisfazer, com a programação feita, uma só camada etária da comunidade esquecendo a maioria do povo; gastar irresponsavelmente em festas estrondosas as esmolas dos fiéis, quando se sente a falta do mínimo de estruturas para um trabalho pastoral eficiente, ou há carências notórias nas populações; esquecer o espírito cristão e as dificuldades económicas gerais em que se vive, não é bom nem justo.

6- Para todas as festas religiosas – excepto as que se efectuam apenas dentro dos templos – requere-se uma licença prévia da Cúria Diocesana, que será concedida para cada caso, mediante requerimento assinado pelo principal responsável da equipa promotora e pelo Pároco, com a apresentação do respectivo programa. Nenhum cartaz ou prospecto de propaganda devem ser mandados imprimir sem que sejam dados estes passos prévios.

7- A par da promoção e das expressões próprias da cultura local que for possível e desejada, fomente-se, em horários nobres e concorridos e com a criatividade e métodos adequados, a cultura da fé, através da reflexão da Palavra de Deus, da celebração dos Sacramentos, da Oração, de Comunicações ou Palestras para Famílias, para Jovens... Tomem-se aquelas iniciativas eclesiais que se julgue oportuno, de forma a envolver e enriquecer a maior parte da Comunidade e a dignificar a festa. Dê-se particular importância ao Sacramento da Reconciliação, devidamente preparado com Celebrações Penitenciais e nunca com absolvições colectivas.

8- A Eucaristia é o ponto alto da festa religiosa! Deve ter lugar de relevo e ser a hora conveniente para que toda a comunidade possa fazer dela o centro da festa e nela participar, designadamente, pelo canto e comunhão sacramental, sendo de apreciar que os membros das Comissões ou mordomias sejam os primeiros a dar o exemplo desta participação. Como princípio, dê-se preferência, na animação da Missa da Festa, ao Grupo Coral Paroquial para que leve a assembleia a participar com cânticos conhecidos. Se há mais do que um Grupo Coral, será bonito e eclesial que se associem, saibam ultrapassar possíveis divergências pouco ou nada cristãs e, juntos, colaborem para que a Eucaristia seja mais vivida e melhor participada. Evite-se, como norma, a missa a “grande instrumental”, com grupos que às vezes não têm qualquer formação litúrgica nem são capazes de envolver a Assembleia a participar.

9- Se houver Sermão de festa integrado na Eucaristia, quer seja ou não o Pregador quem preside à Eucaristia, faça-o em tom de homilia, não esquecendo a sua responsabilidade em apresentação, conteúdos e forma, pois também depende dele a boa vivência da Eucaristia, da Festa, da interiorização da Palavra, da conversão e da vida cristã dos participantes.

10- As procissões podem ser ocasião privilegiada de catequese. Contudo, para atingir esse objectivo, devem decorrer com dignidade e manter-se imunes de qualquer infiltração de manifestações pagãs, contrárias à doutrina da Igreja. Também elas têm de ser pensadas e preparadas. A improvisação e o desleixo banalizam e destroem. Deve cuidar-se, por isso, de um ambiente capaz, possibilitando o recolhimento e a reflexão. Os quadros bíblicos, os textos lidos e os cânticos apropriados, sobretudo quando o percurso for longo e houver amplificação sonora, podem ser muito úteis para atingir esse objectivo. O povo deve ser sensibilizado e convidado para se integrar na caminhada, ajudando-o, com informação e catequese, a descobrir o sentido da procissão e a importância do testemunho. É necessário que, sem desistir mas com prudência, se vá esclarecendo, onde ainda não se conseguiu acabar com esse costume, que não é de bom gosto nem de sentido evangélico afixar dinheiro nas imagens ou nos seus mantos, ou figurar pessoas com trajes e idades inconvenientes ou sem capacidade de comportamento a condizer com a missão que vão a desempenhar na procissão. Para que não surjam problemas à última hora, convém que quando se convidem as pessoas para pegar ao Pálio, ou para ter outras missões destacadas na procissão, se informem sobre como se devem apresentar.

11- Mesmo que haja licença da autoridade civil, tenha-se em conta o trânsito nas estradas, sobretudo nas que têm grande movimento e sem vias alternativas, de forma a não dar lugar a justas reclamações e à revolta contra a religião por pessoas que viajam, têm os seus planos, as suas urgências e direitos que não lhes devemos prejudicar.

12- É legítimo fazer promessas como expressão de acção de graças, de desprendimento e de oferta de nós mesmos a Deus através dos seus Santos.

Mas o dinheiro de promessas é sagrado.
Salva a legítima intenção manifestada pelos oferentes, essas importâncias destinam-se à promoção do culto e à conservação do lugar sagrado, à evangelização, catequese e caridade, de acordo com o Pároco e seus Conselhos de participação.
Reprova-se, por isso, que muitas Comissões de festas, se apoderem dele e o utilizem como entendem, coisa que nem a autoridade eclesiástica pode fazer.
A venda de ouro ofertado em cumprimento de promessas ou ex-votos que se possam conservar, está também proibida e só pode ser autorizada pela Santa Sé, através da Cúria Diocesana.
Não se façam promessas cujo cumprimento vai depender da vontade de outros ou os vai sacrificar, como, por exemplo, prometer ir de joelhos debaixo ou atrás do andor, pendurar dinheiro nas imagens, etc.
Quando se hajam feito, sejam comutadas, junto de algum Sacerdote, pois tem poderes para isso.
A melhor promessa que se pode fazer é a da conversão interior.

13- Os Santuários merecem-nos um carinho particular. São locais com significado especial. Aí se deve privilegiar a prioridade da Evangelização e a dignidade da celebração dos Sacramentos. Os locais de Peregrinações e de Romarias, que na sua pureza já são tão poucos, devem ser preservados do ambiente tão comum às festas religiosas ordinárias. Estas existem por todos os lados e têm poucas diferenças. O povo, se aprecia as festas e o barulho da diversão, também busca os locais de silêncio, de paz, de recolhimento, de oração, de beleza contemplativa onde a natureza se associa como expressão da bondade de Deus. Ora, se os responsáveis não estão atentos a esta riqueza que, infelizmente, nesta ou naquela Peregrinação ou Romaria já se começa a perder; se entendem que enriquecer o Santuário é transpor para aí uma festa como as outras festas, então, será antes empobrecer e banalizar. A preocupação deve ser a de preservar o ambiente e o espaço, procurando que as Peregrinações e Romarias correspondam ao dinamismo da fé e se tornem interpelativas para quantos procuram devotamente esses lugares. Também não podem ser um mero cumprimento formal dos Estatutos. Devem ter uma dinâmica própria e uma ideia central – em sintonia com o Programa Pastoral – que possa estar até no acolhimento através duma amplificação sonora condigna e dum Sacerdote preparado para o efeito. Os Peregrinos não deveriam sair do Santuário sem uma ideia a viver.

14- Os Párocos, bem como os Reitores e Capelães dos santuários, devem explicar aos fiéis e de modo especial aos mordomos ou membros das Comissões de festas estas orientações. Com o esforço conjugado de todos, ir-se-á obtendo a desejada dignificação das festas religiosas, alcançando-se os altos objectivos acima indicados. Apela-se para a compreensão e colaboração das comunidades paroquiais, para que, de forma pedagógica, em diálogo sincero e com prudência, se vá dando cumprimento às orientações aqui apontadas, as quais redundarão em glória de Deus, da Virgem e dos Santos, em bem espiritual dos cristãos e em saudável recreio e aproveitamento cultural do Povo de Deus.


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

POR UM MUNDO MELHOR...




Ajude a ABRAÇO a reconstruir a Casa Ser Criança
Envie-nos os cabos eléctricos que não utiliza.
Passe esta mensagem aos amigos e empresas
Veja o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=yAX1jqw-nQE
A Abraço está a reconstruir a Casa Ser Criança, e todos podem ajudar, através do envio de cabos eléctricos que já não são utilizados e que podem ser reciclados.


Que tipo de Cabos?

Todos; telefone, computador, etc;


Como ajudar?

Indo a uma estação dos CTT, pede uma embalagem solidária, coloca os cabos e selecciona a Abraço de entre as várias Instituições, e os CTT fazem-nos chegar a caixa gratuitamente;

OU

Indo a um Centro Comercial Dolce Vita, e colocando os Cabos nas Casas Depósito;
A Abraço agradece!!!
Mais informações:
www.abraco.pt/casasercrianca
Tel: 217997500
Ligue-se a esta causa!!!!


Esta é uma boa forma de ajudarmos as crianças apoiadas pela Abraço, sem gastarmos nada... e ao mesmo tempo conseguimo-nos livrar dos cabos que estão em casa e que já não servem para nada! Basta seguirmos as instruções para o envio dos cabos velhos!

Obrigada!

http://autarquias.org

Na era das redes sociais o autarquias.org é a ferramenta para promover a transparência, participação e a colaboração entre os munícipes e o poder local.
O que é o autarquias.org ?
O autarquias.org é uma plataforma que promove a participação activa dos cidadãos. Com o autarquias.org os cidadãos podem alertar os municípos para as mais variadas situações, desde lixos na via pública, postes de iluminação que não o funcionam, buracos na via pública, equipamento danificado, problemas nos abastecimentos, ou outros tipos de problemas, que muitas das vezes as Câmaras municipais não tem conhecimento. Os cidadãos podem acompanhar as respostas das autarquias aos alertas apresentados por outros cidadãos, como também participarem nesses mesmos alertas adicionando comentários. O autarquias.org permite também a criação de debates por cidadãos que pretendão discutir assuntos que lhes pareçam pertinentes com outros cidadãos e com o próprio município ou questionar a autarquia sobre um assunto do interesse de todo o município., como também a abertura de petições.
Como é que os problemas são resolvidos ?
Se o município aderir ao autarquias.org, tem acesso a um sistema de gestão que permite aceder aos alertas apresentados pelos cidadãos. Se o problema é resolvido ou não isso depende do município e do problema em si. A autarquia através do sistema de gestão pode sempre responder aos alertas, explicando a sua resolução ou não

Contas da Festa 2009

PS: Para visualizar melhor os documentos click em cima deles e abrir-se-à uma nova janela com as mensagens em melhor qualidade.
Obrigada!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Programa Rádiofonico...

Realizado e conduzido pela conhecida jornalista da rádio MADALENA BALÇA, na ANTENA 1, é posto no ar um programa semanal,aos Domingos, entre as 11,00 e as 12,00 cujo título é "HERÓIS COMO NÓS".
Nesse espaço é dado realçe à vida e obra de pessoas que, em determinada actividade, se devotam ao serviço do próximo, sem que tal tenha nos media o destaque equivalente aos serviços prestados.
No próximo Domingo, dia 25, o programa distinguirá o trabalho e a obra da IRMÃ ELVIRA NADAIS que, desde 1971, tem vindo afazer um trabalho notável de apoio aos mais desfavorecidos no chamado Bairro do Fim do Mundo, no Estoril, bairro esse recentemente desmantelado, tendo muitos dos seus habitantes realojados em bairros camarários.
Uma pequena parte do programa foi gravado cá em Caldas de S. Jorge, foram ouvidas 3 ou 4 pessoas de cá, especialmente umfamiliar da Elvira.Quem estiver interessado poderá aceder a www.rtp.pt/heroiscomonos e verá a estrutura do programa.

José Pinto da Silva

domingo, 18 de outubro de 2009

Dia do Idoso !!! Um Dia Grande para os de mais anos mas que são Jovens de espírito , de alma Jovem.



Dia do Idoso 
Um Dia Grande para os de mais anos mas que são Jovens de espírito , de alma Jovem. 
Com um palmarés e cardápio recheado de iniciativas de correu mais um Dia do Idoso nesta Vila Termal de Caldas de São Jorge.
 
Iniciativa singular, inovadora e criativa da Associação Juventude Inquieta desta Paróquia.Iniciando-se na Igreja Matriz às 15.00 horas com uma Celebração Litúrgica alusiva ao tema com animação Musical e Coral dos Inquietos, seguiu no Salão de Actos de Centro Paroquial  a  animação teatral e de espectáculo com apresentação adequada multimédia em LCD gigante da autoria do Jovem Vasco, teatro onde brilharam estrelas Liliana de Casaldoido, Sónia de Arcozelo ( Avenida da Igreja) e Vasco de Canedo. Mas o GRUPO CULTURAL SAIAS AMARELAS  foi sem dúvida o Sol depois das estrelas.
De referir a presença do Pároco local P. António Machado e Presidente da Junta desta Vila Termal José Martins! 
Seguiu-se um apetitoso e opíparo lanche convívio na Sala Anexa – Bar!

Parabéns aos nossos Idosos 
Aos Inquietos 
E Grupo Cultural e Recreativo Saias Amarelas 
PARABÉNS A TODOS. UMA INICIATICA PARA CONTINUAR!








sábado, 17 de outubro de 2009

F.C.P. vs F.C.Sertanense

  VS  




( Pedro Miguel )


Vai hoje a jogo para a Taça de Portugal, um atleta de Caldas S. Jorge, apesar do meu clubismo desejo-lhe as maiores felicidades para este jogo.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

INTERNADO...

Há dias com este título dei conta do internamento de urgência em hospital do Porto, transferido do S. Sebastião, do ManuelFernandes Costa (Manel Seninha) para ser submetido a intervenção cirúrgica de urgência.Assim aconteceu, a intervenção foi muito bem sucedida e ele já regressou a casa e até já saiu para um ligeiro passeio.Sensibilizado por várias manifestações de preocupação de de votos de melhoras, pediu que passasse a mensagem desincero agradecimento a todos quantos se interessarem pelo seu regresso.

José Pinto da Silva

Palestra sobre Nutrição e Hidratação

Termas de S. Jorge promovem palestra sobre nutrição e hidratação
16 Outubro, Dia Mundial da Alimentação

A assinalar o Dia Mundial da Alimentação, as Termas de S. Jorge realizam, no próximo dia 16 de Outubro, uma palestra dirigida a termalistas e público em geral (entrada livre), com duas sessões (18h00 e 21h00), que discute as temáticas de nutrição e hidratação.Esta palestra intitulada "A importância da água, na sua saúde" é promovida pelo Centro de Nutrição do balneário e integrará um percurso de conferências - "A mesa está pronta - um saber saudável por um consumidor esclarecido", numa iniciativa da Associação Portuguesa dos Nutricionistas.
Esta actividade é, apenas, um exemplo das acções que as Termas de S. Jorge têm vindo a desenvolver, através do seu Centro de Nutrição, criado em 2008. A aposta na criação deste Centro de Nutrição teve como objectivo o de sensibilizar o público para a adopção de um estilo de vida saudável, promovendo hábitos de uma boa alimentação e a prática de exercício físico regular, que aliados à realização de uma terapia termal, constituem verdadeiras acções de promoção e prevenção da saúde. Neste sentido, as Termas de S. Jorge disponibilizam aos seus termalistas, através do seu Centro de Nutrição, consultas de aconselhamento nutricional, que permitem potenciar os efeitos da terapia termal, numa perspectiva mais duradoura.Perante um contexto social que privilegia o fast-food, esta temática assume um papel primordial de debate na nossa sociedade, cuja má alimentação - desequilibrada e pobre em vitaminas e sais minerais - origina problemas de saúde bastante graves, as chamadas doenças civilizacionais: doenças cardiovasculares/hipertensão arterial, obesidade, diabetes mellitus, neuroses...Porque seguir uma alimentação sã e equilibrada em qualquer idade é a melhor receita para uma vida longa e cheia de saúde, as Termas de S. Jorge assinalam o Dia Mundial da Alimentação promovendo esta iniciativa de sensibilização, aberta aos seus termalistas e comunidade em geral.Para mais informações basta contactar a Sociedade de Turismo de Santa Maria da Feira, através do telefone 256 375 460. Compareça!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Vem aí o Domingo Mundial das Missões... 17 e 19 de Outubro! Lembrar os Grandes Missionários!





Lembrar os Grandes Missionários, nossos vizinhos!

D. Moisés Alves de Pinho 

nascido em Fiães
Santa Maria da Feira em 1884.
Grande Missionário em Angola.
Bispo de Angola e Congo
Falecido a 17 de Junho de 1980
com 96 anos de idade 
transladado para Luanda a 20 de Outubro de 1999.
Resta na sua terra natal este Busto  a recordar
e agora tão zelado! 



Parabéns  aos Fianenses!
Como personalidade da Cidade de Fiães, destaca-se entre tantas outras dignas de referência, o Exmo. Revmo. Sr. Dr. Moisés Alves de Pinho, venerado Bispo de Angola e Congo, reconhecido pelo Ministro das Colónias, na década de 1930, como a personificação mais perfeita do espírito missionário, a realização mais completa do ideal apostólico, comum a todos os evangelizadores de Angola.
A História dos Missionários do Espírito Santo no nosso país vai ganhar, no próximo dia 5 de Outubro, um documento de referência, com a apresentação da obra “História dos Espiritanos em Portugal” da autoria do Pe. Torres Neiva.
A Congregação Religiosa tem o seu início no ano de 1703, festa de Pentecostes, quando Poullart des Places e seus companheiros fundam, na Igreja de Saint-Étienne-des-Grès, em Paris, a comunidade do Espírito Santo. Mais de cem anos mais tarde, em 1841, Francisco Libermann fundou “a Obra dos Negros”, sob o nome de Sociedade do Sagrado Coração de Maria.
No Pentecostes de 1848, Francisco Libermann preside à união da Congregação do Sagrado Coração de Maria com a Congregação do Espírito Santo. Renasce uma família missionária mais dinâmica: a Congregação do Espírito Santo sob a protecção do Imaculado Coração de Maria, os Espiritanos.
A primeira comunidade da Congregação em Portugal é inaugurada, em Santarém, a 3 de Novembro de 1867. É formada por dois Padres e dois estudantes franceses.
A província portuguesa foi criada em 1867 pela casa-mãe, sendo o seu objectivo o de formar missionários para Angola e outras colónias portuguesas. Na sua história, segundo o Pe. Torres Neiva, podemos distinguir duas fases distintas: antes da proclamação da República, em 1910, e depois da proclamação da República.
Antes, a província lançou os seus alicerces em Santarém, com a fundação do “Seminário do Congo” e foi-se solidificando pouco a pouco, a ponto de em 1910 contar já com todas as obras de formação para padres e irmãos: uma procuradoria das missões em Lisboa (1892), o Colégio do Espírito Santo em Braga (1872), o Colégio de Santa maria no Porto (1886), a Escola Agrícola Colonial de Sintra (1887), o Seminário Apostólico da Formiga, em Ermesinde (1894) e o Seminário de Teologia em Carnide, Lisboa (1908). Só em 1901 é que a Congregação é oficialmente aprovada em Portugal, com sede em Lisboa.


Com a proclamação da República todas estas obras foram confiscadas, excepção feita à procuradoria das missões. A restauração da província foi iniciada por D. Moisés Alves de Pinho, nomeado provincial em 1919 com essa incumbência específica. A 2 de Fevereiro de 1921, é erecta canonicamente a Província de Portugal.
Pouco a pouco foram-se abrindo novas casas de formação: Braga (1919), Godim-Régua (1921), Viana do Castelo (1922), Fraião-Braga (1927), Silva-Barcelos (1937) e Torre da Aguilha (São Domingos de Rana, 1952), além de várias outras obras de apoio à animação missionária e ao apostolado dos seus membros.
Fruto do desenvolvimento da Província Portuguesa e do trabalho de vários Padres e Irmãos de Portugal surgirá, em 1969, a Província de Espanha. Alguns anos mais tarde, 1982, é fundado no Brasil o distrito de Brasil Sudeste, formado por religiosos de origem portuguesa.
A província portuguesa conta com cerca de duas centenas de membros. As suas actividades estão distribuídas pela formação de novos missionários, animação missionária do Povo de Deus, promoção vocacional, apostolado paroquial e assistência aos migrantes de expressão portuguesa.
Na animação missionária merecem relevo a Liga Intensificadora da Acção Missionária, fundada em 1937, o Movimento Missionário de Professores e os Jovens Sem Fronteiras. Na assistência aos migrantes merece destaque o Centro Padre Alves Correia (CEPAC), em Lisboa.



MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O DIA MISSIONÁRIO MUNDIAL DE 2009

"As nações caminharão à sua luz" (Ap 21, 24)

Neste domingo dedicado às missões, me dirijo sobretudo a vós, Irmãos no ministério episcopal e sacerdotal, e também aos irmãos e irmãs do Povo de Deus, a fim de vos exortar a reavivar em si a consciência do mandato missionário de Cristo para que "todos os povos se tornem seus discípulos" (Mt 28,19), seguindo as pegadas de São Paulo, o Apóstolo dos Gentios.
"As nações caminharão à sua luz" (Ap 21, 24). O objetivo da missão da Igreja é iluminar com a luz do Evangelho todos os povos em seu caminhar na história rumo a Deus, pois Nele encontramos a sua plena realização. Devemos sentir o anseio e a paixão de iluminar todos os povos, com a luz de Cristo, que resplandece no rosto da Igreja, para que todos se reúnam na única família humana, sob a amável paternidade de Deus.
É nesta perspectiva que os discípulos de Cristo espalhados pelo mundo trabalham, se dedicam, gemem sob o peso dos sofrimentos e doam a vida. Reitero com veemência o que muitas vezes foi dito pelos meus Predecessores: a Igreja não age para ampliar o seu poder ou reforçar o seu domínio, mas para levar a todos Cristo, salvação do mundo. Pedimos somente de nos colocar a serviço da humanidade, sobretudo da daquela sofredora e marginalizada, porque acreditamos que "o compromisso de anunciar o Evangelho aos homens de nosso tempo... é sem dúvida alguma um serviço prestado à comunidade cristã, mas também a toda a humanidade"(Evangelii nuntiandi, 1), que "apesar de conhecer realizações maravilhosas, parece ter perdido o sentido último das coisas e de sua própria existência"(Redemptoris missio, 2).
1. Todos os Povos são chamados à salvação
Na verdade, a humanidade inteira tem a vocação radical de voltar à sua origem, que é Deus, somente no Qual ela encontrará a sua plenitude por meio da restauração de todas as coisas em Cristo. A dispersão, a multiplicidade, o conflito, a inimizade serão repacificadas e reconciliadas através do sangue da Cruz e reconduzidas à unidade.
O novo início já começou com a ressurreição e a exaltação de Cristo, que atrai a si todas as coisas, as renova, as tornam participantes da eterna glória de Deus. O futuro da nova criação brilha já em nosso mundo e acende, mesmo se em meio a contradições e sofrimentos, a nossa esperança por uma vida nova. A missão da Igreja é "contagiar" de esperança todos os povos. Por isto, Cristo chama, justifica, santifica e envia os seus discípulos para anunciar o Reino de Deus, a fim de que todas as nações se tornem Povo de Deus. É somente nesta missão que se compreende e se confirma o verdadeiro caminho histórico da humanidade. A missão universal deve se tornar uma constante fundamental na vida da Igreja. Anunciar o Evangelho deve ser para nós, como já dizia o apóstolo Paulo, um compromisso impreterível e primário.
2. Igreja peregrina
A Igreja Universal, sem confim e sem fronteiras, se sente responsável por anunciar o Evangelho a todos os povos (cfr. Evangelii nuntiandi, 53). Ela, germe de esperança por vocação, deve continuar o serviço de Cristo no mundo. A sua missão e o seu serviço não se limitam às necessidades materiais ou mesmo espirituais que se exaurem no âmbito da existência temporal, mas na salvação transcendente que se realiza no Reino de Deus. (cfr. Evangelii nuntiandi, 27). Este Reino, mesmo sendo em sua essência escatológico e não deste mundo (cfr. Jo 18,36), está também neste mundo e em sua história é força de justiça, paz, verdadeira liberdade e respeito pela dignidade de todo ser humano. A Igreja mira em transformar o mundo com a proclamação do Evangelho do amor, "que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir e... deste modo, fazer entrar a luz de Deus no mundo" (Deus caritas est, 39). Esta é a missão e o serviço que, também com esta Mensagem, chamo a participar todos os membros e instituições da Igreja.
3. Missio ad gentes
A missão da Igreja é chamar todos os povos à salvação realizada por Deus em seu Filho encarnado. É necessário, portanto, renovar o compromisso de anunciar o Evangelho, fermento de liberdade e progresso, fraternidade, união e paz (cfr. Ad gentes, 8). Desejo "novamente confirmar que a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja"(Evangelii nuntiandi, 14), tarefa e missão que as vastas e profundas mudanças da sociedade atual tornam ainda mais urgentes. Está em questão a salvação eterna das pessoas, o fim e a plenitude da história humana e do universo. Animados e inspirados pelo Apóstolo dos Gentios, devemos estar conscientes de que Deus tem um povo numeroso em todas as cidades percorridas também pelos apóstolos de hoje (cfr. At 18, 10). De fato, "a promessa é em favor de todos aqueles que estão longe, todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar "(At 2,39).
Toda a Igreja deve se empenhar na missio ad gentes, enquanto a soberania salvífica de Cristo não está plenamente realizada: "Agora, porém, ainda não vemos que tudo lhe esteja submisso"(Hb 2,8).
4. Chamados a evangelizar também por meio do martírio
Neste dia dedicado às missões, recordo na oração aqueles que fizeram de suas vidas uma exclusiva consagração ao trabalho de evangelização. Menciono em particular as Igrejas locais, os missionários e missionárias que testemunham e propagam o Reino de Deus em situações de perseguição, com formas de opressão que vão desde a discriminação social até a prisão, a tortura e a morte. Não são poucos aqueles que atualmente são levados à morte por causa de seu "Nome". É ainda de grande atualidade o que escreveu o meu venerado Predecessor Papa João Paulo II: "A comemoração jubilar descerrou-nos um cenário surpreendente, mostrando o nosso tempo particularmente rico de testemunhas, que souberam, ora dum modo ora doutro, viver o Evangelho em situações de hostilidade e perseguição até darem muitas vezes a prova suprema do sangue" (Novo millennio ineunte, 41).
A participação na missão de Cristo, de fato, destaca também a vida dos anunciadores do Evangelho, aos quais é reservado o mesmo destino de seu Mestre. "Lembrem-vos do que eu disse: nenhum empregado é maior do que seu patrão. Se perseguiram a mim, vão perseguir a vós também " (Jo 15,20). A Igreja se coloca no mesmo caminho e passa por tudo aquilo que Cristo passou, porque não age baseando-se numa lógica humana ou com a força, mas seguindo o caminho da Cruz e se fazendo, em obediência filial ao Pai, testemunha e companheira de viagem desta humanidade.
Às Igrejas antigas como as de recente fundação, recordo que são colocadas pelo Senhor como sal da terra e luz do mundo, chamadas a irradiar Cristo, Luz do mundo, até os extremos confins da terra. A missio ad gentes deve ser a prioridade de seus planos pastorais.
Agradeço e encorajo as Pontifícias Obras Missionárias pelo indispensável trabalho a serviço da animação, formação missionária e ajuda econômica às jovens Igrejas. Por meio destas instituições pontifícias, se realiza de forma admirável a comunhão entre as Igrejas, com a troca de dons, na solicitude recíproca e na comum projetualidade missionária.
5. Conclusão
O impulso missionário sempre foi sinal de vitalidade de nossas Igrejas (cfr. Redemptoris missio, 2). É preciso, todavia, reafirmar que a evangelização é obra do Espírito, e que antes mesmo de ser ação, é testemunho e irradiação da luz de Cristo (cfr. Redemptoris missio, 26) através da Igreja local, que envia os seus missionários e missionárias para além de suas fronteiras. Rogo a todos os católicos para que peçam ao Espírito Santo que aumente na Igreja a paixão pela missão de proclamar o Reino de Deus e ajudar os missionários, as missionárias e as comunidades cristãs empenhadas nesta missão, muitas vezes em ambientes hostis de perseguição.
Ao mesmo tempo, convido todos a darem um sinal crível da comunhão entre as Igrejas, com uma ajuda econômica, especialmente neste período de crise que a humanidade está vivendo, a fim de colocar as jovens Igrejas em condições de iluminar as pessoas com o Evangelho da caridade.
Nos guie em nossa ação missionária a Virgem Maria, Estrela da Evangelização, que deu ao mundo Cristo, luz das nações, para que leve a salvação "até aos extremos da terra"(At 13,47).
A todos, a minha Bênção.
Cidade do Vaticano, 29 de junho de 2009

BENEDICTUS PP. XVI