segunda-feira, 18 de junho de 2007

"Be positive" Resposta ao comentador...

Senhor Administrador,
Publicou o blogue um comentário com o título "Be positive" que, sem grande esforço, conclui que se me dirigia.
Tomei a liberdade de redigir uma resposta que, além de o ser, tem algo de mais informativo sobre o problema das esplanadas, com o meu ponto de vista implícito.
Saiu um texto um tanto longo, mas acho que a "Águia Atenta" - espero não seja benfiquista para não desprestigiar tantos bons benfiquistas de S. Jorge - merecea resposta que elaborei. Pode inserir o texto? Podendo manifesto-me grato.Como sempre faço, assinei o texto.
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Esplanadas Re-comenta José Pinto da Silva
Não sei como hei-de tratar a pessoa a quem pretendo dirigir esta nota (para além de todos os visitantes do blogue, claro), porque lhe não conheço a posição na hierarquia social. Deve ser pessoa bem posicionada, mas, será eminente? Será excelente? Ou será reverente ou senhorial? Chamar-lhe-ei Kan Ghu Ru. (no final explicarei a razão deste trato).
Como tenho o meu sangue bastante bem oxigenado (por questão de saúde (ou doença) faço testes tri-semanais com resultado de 98 na escala 0-100) o cérebro recebe o oxigénio por indução. Será por isso que me não foi difícil intuir que o texto titulado “Be Positive”, mas assinado com cruz ou por pressão do indicador com tinta, se me referia.
Quero lembrar, antes de mais, o Sr. Commemt maker que no meu apontamento sobre as esplanadas e que o inspirou para um naco de prosa SÓ LAMENTAVA, mais do que CRITICAVA, o facto de a Junta de Freguesia autorizar (espero que a Câmara tenha sido informada) o uso de um espaço público, sem daí tirar algum benefício. Não esqueço o percursor de novos horizontes que, seja quem for que instale (se vier a instalar), de S. Jorge ou de fora, rico ou pobre, novo ou velho, bonito ou feio, a tal dita cuja esplanada, só o fará para GANHAR DINHEIRO, para fazer negócio lucrativo e NUNCA, em nenhuma circunstância, por filantropia ou altruísmo. Se vem para fazer negócio, deve pagar, entendo eu, ao menos pelo uso do espaço que, em circunstâncias normais seria livremente fruído por todos. Inclusive eu.
Ninguém contestou ou contesta a possibilidade de montar o que quer que seja (noutro local, como se chegou a falar incomodaria o sossego das pessoas e seria muito mau), nem sequer a legitimidade de a Junta ou outro órgão com soberania no local. Já não terá a mesma legitimidade para dar de borla a não importa quem um meio de fazer negócio. Quem para ali vier (se vier), se já é empresário, ou paga renda do seu estabelecimento, ou investiu na edificação. E vou dar de barato que uma coisa daquelas, naquele local, trará alguma mais valia para a freguesia, em atracção de visitantes, em valorização visual ou noutra qualquer vertente. Mas isso são pinuts. Ou será um “PROJECTO COM AMBIÇÃO”. Pouco ambicioso se mostra se espera algo para a terra de mais um vende copos.
E não estranhou o Sr. Kan Ghu Ru (eu explico o significado disto que não é ofensivo, porque se houvesse intenção de ser eu também assinaria com o dedo indicador) o facto de a abertura das propostas ter sido anunciada para determinado dia a certa hora e, depois, ficou em copas para aparecer umas semanas depois, só uma e depois da desistência de outros? Ao que me é informado. Alguém sabia, a não ser os próprios, quantas propostas entraram e como foi feita a abertura e quais as condições propostas por cada qual? E não seria muito mais normal ter a Junta elaborado um “Caderno de Encargos” e submeter todos às respectivas condições? Isso seria, de certo, excesso de oxigénio e seria como que uma descoberta da pólvora ou da roda.
Não entendi a invocação do Padre Machado nem a insinuação de que olharei para os terrenos circundantes da igreja. Será por causa do levantamento do empedrado do arraial para ficar pronto antes da Comunhão Solene? Eu acho que aquele trabalho até é útil, pelo menos tão útil como uma esplanada.
O sangue novo será o do novel Presidente da Junta? Não lhe conheço a qualidade do sangue e auguro que seja bom, mesmo não tão novo assim.
Ao cidadão atento (não tanto como tenta fazer crer) direi que se pensa que me ofende com o “Pintassilgo”, lembro que, por economia de esforço de pronúncia, era assim que me tratavam quando estudante. Já se não aplicará a espera da comida, nem o eventual desperdício da mesma. Seja quem for que escreveu isto, DE CERTEZA QUE SE ESTAVA A VER AO ESPELHO, escreveu o que pensa de si próprio. São muito melhores, mais úteis, mais atractivos os pintassilgos do que as “estrelas do mar”, classe em que o comentador, metaforicamente, quase se poderia incluir. Permita-me um conselho. Não tente lamber o próprio cotovelo, porque nunca lá chegará.
Explicação: Há séculos, quando ocidentais chegaram à Austrália ficaram muito admirados com uns animais de porte grande que, apoiando-se nas patas traseiras, davam enormes saltos. Abordaram um autóctone e perguntaram como se chamavam aqueles animais. O índio respondeu: Kan Ghu Ru. Colou o nome. Só mais tarde um antropólogo veio a descobrir que o Kam Ghu Ru queria dizer: NÃO PERCEBO. O comentador comentou o que não percebeu.

José Pinto da Silva

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