Há vários dias, a propósito da elevação da memória para pessoas da terra com algumrelevo e, falando-se da primeira mulher licenciada de S. Jorge (a Dra. Maria Inês Sá) um anónimo (e é pena que a sugestão seja anónima) com laivos de crítica falou que também haveria outros primeiros qualquer coisa e aventou o primeiro a ir para o Ultramar.Achei a ideia curiosa e, com o meios de que dispunha, fui procurando a tent
ar encontrar esse primeiro. Não sendo que se pretenda transformar o cidadão em figura de destaque, tem essa caracteristica de ter sido o primeiro. Merece o nosso bom conceito por ter sido combatente (os primeiros terão sido os que foram sumetidos a maiores riscos) e por ter sido chamado depois de já ter passado à disponibilidade, depois de ter cumprido o Serviço militar. Claro que o bom conceito também para todos quantos, a seguir foram mobilizados para as diversas frentes da guerra em África.
ar encontrar esse primeiro. Não sendo que se pretenda transformar o cidadão em figura de destaque, tem essa caracteristica de ter sido o primeiro. Merece o nosso bom conceito por ter sido combatente (os primeiros terão sido os que foram sumetidos a maiores riscos) e por ter sido chamado depois de já ter passado à disponibilidade, depois de ter cumprido o Serviço militar. Claro que o bom conceito também para todos quantos, a seguir foram mobilizados para as diversas frentes da guerra em África.Trata-se, pois de ARMÉNIO GOMES PINTO, de Casaldoído e que conhecíamos como a Arménio do Tonecas. Estava em casa há oito meses e foi chamado para embarcar em Abril de 1961, tendo seguido no Vera Cruz. Diz ir incorporado no Batalhão 159 do Quartel de Abrantes e logo lá chegado, a Angola, entrou nos teatros complicados de guerra, tendo passado por situações de grave risco e tendo visto camaradas seus morrer ao seu lado.
Regressou em 1963, tendo cumprido, ao todo, quatro anos e meio de tropa.
O Arménio do Tonecas, algum tempo depois de regressar casou e mudou-se para S. João de Ver, onde ainda vive, em Souto Redondo. Nasceu a 21 de Junho de 1937, pelo que completou 70 anos há dias.
Para ele, portanto, e para todos os que foram mobilizados, um sentimento de homenagem.
Ass: José Pinto Da Silva.
9 comentários:
Descobri o vosso blog e desde então não me canso de o percorrer. Acho que tem iniciativas muito interessantes. Ao ler a notícia do primeiro soldado, lembrei-me que quando era miúda, vivia em Azevedo um soldado que esteve em França durante a 1ª guerra Mundial. Não sei se posso dizer nomes... sei que tem um filho que vive em Gião, outro que penso viver em Lisboa. Lembro-me de passar a casa dele quando vinhamos da escola e termos um certo medo, pois esse senhor de tanto sofrer na guerra e com a morte de vários filhos ainda pequenos e das dificuldades económicas, assustava-nos, pois diziam-nos que era " passado das ideias". Sei que ele contava histórias muito tristes e "macabras" de quando estava nas trincheiras. Lembro-me bem de quando ele morreu...
"....no Batalhão 159 do Quartel de Abrantes..."
Se o Senhor Arménio Gomes Pinto
pertenceu ao Batalhhão 159 do Quartel de Abrantes foi chamado a defender a Pátria seguindo no Paquete Vera Cruz para a frente de combate em Angola.
Desembarcou em Luanda no mês de Julho de 1961.
Foi registado na Unidade de Combate R18 no território de Angola.
Durante o mês de Julho e Agosto serviu em Luanda:
de Agosto a Setembro serviu no Toto;
de Outubro de 1961 a 6 de Junho de 1962 serviu no Vale Longo;
de Junho de 1962 a Janeiro de 1963 serviu no Tomboco;
de Janeiro a Outubro de 1963 serviu em Malange.
Regressou da Comissão de serviço no mês de Outubro de 1963!
Ao todo 24 meses de servço,
com mais oito dias de viagem na ida,
com mais oitos dias na vinda!
com cerca de 15 dias de preparação para o embarque na Cais da Rocha do Conde Óbidos no Quartel de Abrantes e em Lisboa,
com mais o tempo de serviço militar obrigatório ( recruta, pronto, especialidade militar...)
cerca de 14 meses!
mais oito meses que esteve na terra após o serviço militar tendo sido posterirmente chamado.
Quanto tempo totaliza ?
Vejam só!!
47 meses!
Ou seja 3 anos e 11 meses
ou seja 4 anos!
Dobrando o serviço deu 8 anos da sua vida da sua juventude ao País, Á Nação, à Pátria!
É digno da nossa admiração
o seu trabalho, esforço e sacrifício.
LOUVOR!
Repara José Pinto da Silva:
O anónimo anterior mostrou que conhece em muito detalhe dados pessoais do Arménio "Tonecas", dados, alguns curiosos. Porquê inserir a informação como anónimo? Será vergonha saber as coisas que publicou? Porquê tantos anonimatos?
Sim... Foi ATM que publicou!
E com muito gosto!
Temos muitos heróis da Nação, da Patria e do Pais na nossa Vila de Caldas de São Jorge.
Há que conhecê-los,
reconhecê-los
e dar-les o louvor que merecem!
Durante os treze anos as Campanhas de África, Angola nomeadamente, trouxeram relativa paz e desenvolvimento!
É certo que morreram soldados em cumprimento do seu dever!
São os mártires da Pátria!
Os que regressaram
são heróis da Pátria!
Morreu mais gente em Angola
e nas Províncias Ultramarinas
em guerra e genocídio
desde 1974 a 2007 ( 33anos )
do que em 6 guerras coloniais de duração de 13 anos!
Vistas à distancia,
ambas as gueras foram inúteis!
.........
Já agora
há 3 volumes "RESENHA HISTÓRICO - MILTAR DAS CAMPANHAS DE ÁFRICA"
( 1961-1974) do Estado Maior do Exército de que encabeça a lista dos autores O Senhor General Manuel Freire Themudo Barata.
Foi do 2º volume ( Angola) de que tirei os apontamentos mandados!
ATM
Este Sr. Pinto da Silva está sempre a implicar com os anónimos.
Será qua ainda não percebeu que vieram para durar.
Já todos percebemos o seu ponto de vista para com os anónimos. Como as pessoas respeitam-no por assinar os seus comentários, também você deve respeitar quem deseja o anonimato.
NÃO BATA MAIS NO CEGUINHO PORQUE NÃO VAI CONSEGUIR ABOLIR COM OS ANÓNIMOS.
Pinto da Silva:
Nada tenha contra os anónimos, mas informações aparecem que não há nenhuma razão para que não tenham a origem identificada. E a que comentei foi uma delas. Ficou identificada e achei bem. Não foi, nem é, meu intento abolir o que quer que seja.
Ok. Fica esclarecido.
Continue então com a publicação dos seus comentários pq são necessários.
O 1º mobilizado?
Em Azevedo existe o Sr. Joaquim Correia dos Santos que desembarcou em Luanda a 4 de Abril de 1961, que foi no mês que esse Sr. embarcou.
Pinto da Silva acrescenta:
Pude confirmar, em conversa directa com o Joaquim Correia dos Santos (o Quim do Canto) que, efectivamente, saiu de cá em 20 de Março de 1961 e desembarcou em Luanda em 4 de Abril. Assim tendo sido, foi anterior ao Arménio, ainda que por pouca diferença. Foi o primeiro. Vou pedir ao Administrador para inserir as fotos que lhe passarei por e-mail.
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