Na sequência do Post intitulado “Uma ideia pouco luminosa”, publicado em 8 de Setembro de 2007, e após a leitura atenta dos vários comentários deixados pelos amigos leitores, decidi então, como se diz em linguagem política, “… Avançar…”.
Vai daí, munido da sebenta onde tinha apontado os locais que se encontram com lâmpadas fundidas, e munido ainda de quilos de paciência, decidi enfrentar as “máquinas de música imbecil” com que as diversas entidades e organismos públicos ou semi-públicos nos presenteiam quando pretendemos proceder ao respectivo contacto telefónico.
Digitei o n.º 800506506 e lá está. A última música do Emanuel, versão remix, a partir da central da EDP em Lisboa (a capital).
Quarenta e nove segundos depois, uma voz carinhosa avisou-me que a chamada estava em lista de espera e que esperavam atender-me tão breve quanto possível.
Esperei…
Após longos segundos, perguntaram-me então: “ Em que lhe podemos ser úteis?”.
E eu, de discurso decorado, lá lhe expus o problema.
Que vivia numa freguesia muito bonita, relativamente pequena, com umas termas e, a breve prazo, com uma grande sucata.
Disse—lhes ainda que o meu problema estava relacionado com “a falta de luz” (a todos os níveis, mesmo ao nível financeiro) e se a Senhora EDP me podia ajudar. Reforcei a teoria dizendo que fui empurrado a tomar esta iniciativa porque, aquilo a que todos os portugueses se habituaram a chamar Junta de Freguesia, na nossa freguesia não existia. Nem mais.
A minha interlocutora lá foi dizendo, “…bem, sabe… quanto ao dinheiro, não lhe posso ajudar muito, mas essa questão da iluminação deveria ser com a câmara…”.
E eu liguei para a Câmara. Expliquei, novamente, tudo direitinho.
E a câmara disse: “… Nem pensar… Nós pagamos a luz, mas isso de substituir as lâmpadas não é assim. A EDP que suba o escadote…”.
E eu liguei outra vez para a Senhora EDP.
Atendeu-me a prima da EDP que me disse: “…sim é connosco. O senhor como cliente, pode-nos relatar a avaria?…”.
E eu disse que não era uma avaria, mas sim 67 lâmpadas fundidas, tendo ainda questionado se não existem piquetes de prevenção ou equipas de manutenção que averigúem o estado dos equipamentos.
Disse-me a prima: “…O senhor está doido? Já viu o tamanho do país?”.
E continuou: “…Olhe, eu aconselho o senhor a enviar-nos os dados para se proceder à análise do problema, mas o melhor seria a junta de freguesia, que pelos vistos aí nessa terra não existe, comunicar-nos os locais exactos onde não há luz. Afinal de contas é uma entidade…”.
Pronto, obrigadinho.
Boa tarde, beijinhos e abraços…
Conclusão: passaram seguramente duas horas. Já eram 20h15 e eu tinha o jantar na mesa. A Junta já devia estar fechada.
Decidi desistir.
Por isso, este post é tão só para comunicar aos amigos leitores que, caso tenham mais coragem e paciência do que eu, é só dizer. Terei todo o gosto em ceder os apontamentos sobre os locais da vila que se encontram, literalmente, às escuras.
Poderei mesmo ceder essa informação à (in)existente Junta de Freguesia.
Já agora, só para saberem: dei mais umas voltitas à vila e detectei que agora, já não são 67, mas sim 71 lâmpadas fundidas.
Outra vez uma nota final: já sei que vão dizer para eu aparecer aos treinos nas próximas eleições autárquicas.Mas aviso desde já que, podem estar descansados: não tenho jeito para o lugar, não quero e vocês não ficariam bem servidos comigo.Agora, ninguém me pode retirar o direito à opinião. Ponto Final.
Guga.Gago
8 comentários:
Cool post.
very nice.
Onde se pode ver a sebenta?
o pior é que a junta já não vai cair. O herminio achou o culpado do ciclone que passou pela quela casa, e sabem quem foi.... fui eu.
Pinto da Silva observa:
Face a tão desgragada literatura, fui à Junta de Freguesia perguntar quantas queixas de quantos cidadãos e de quais lugares ou ruas relativamente à falta de iluminação pública por estarem as lâmpadas fundidas ou outra avaria qualquer. Pelos autarcas presentes e confirmado pela funcionária da Junta foi afirmado que não tinham NENHUMA queixa.
Os Membros da Junta de Freguesia não têm que andar por aí de noite a contar lâmpadas que acenderam ou estão apagadas. Nem é essa uma atribuição. Seria, quando muito a EDP, a responsável pelo bom funcionamento da iluminação pública cujo consumo é pago pela Câmara.
Face a tal urge perguntar a quem gagueje ou fale sem engasgo se tentou falar com alguém da Junta que, pela demora na expressão não existe para alguns deficientes.
Até posso dar de barato que a Junta pode não ser muito expedita nas reclamações junto da EDP e também sei, por experiência própria, que muitas vezes a EDP é muito demorada na reposição.
Quem não avisa a autarquia das possiveis anomalias não tem o direito de ofender. Se quer desabafar contra alguma maldade, diga-se mal do H5N2.
Partindo do principio que a Junta enquanto entidade oficial consulta este blog e a prova é que no seu site a ele faz referencia acho que este texto pode ser considerado como um aviso das anomalias. E depois toda a gente sabe de que é verdade que existe muitas lampada fundidas e sabe que o repsonsavel é a edp. E quem quer que seja este gago o que é certo é que ele diz que tentou falar diretamente a edp.
Senhor Administrador do caldas-sao-jorge.blogspot.com:
estava aqui a passar uma vista de olhos por todos os textos que têm surgido nos últimos dias e pensei:
- não estará na hora de acalmar o pó e lançar um repto a todos os participante no blog, de forma a que, por uns dias, se falem de coisas positivas para a terra?
Fica a sugestão.
Eu foi à junta nos fins do mês de agosto reclamar a falta de luz no posto junta a minha casa em casaldoido,mas pelos vistos a menina que me atendeu não fez o seu trabalho
JR
Ora cá está uma mina de patacas para a Junta.
As lâmpadas fundem sózinhas?!
Alguma sim.
Mas todas?
Não.
Pelos vistos não surgiu na Junta requerimentos!
Ora foram partidas pelos vândalos.
Se 65 vândalos pagassem
por cada lâmpada 30 €
dava 1.950€.
Olhem que valia apena!
E cada um fosse multado por outro tanto para servir de liçao?
Falta o Salazar e o degredo para os vândalos!
MANDA F. AS LAMPADAS É PRECISO POUPAR ENERGIA, TEMOS OS PIRILAMPOS
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