sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Em 2010 - Cem Anos de República

Em 2010 - Cem Anos de República
A História do 5 de Outubro
Origem e motivo do Feriado
O movimento revolucionário de 5 de Outubro de 1910 deu-se em natural sequência da acção doutrinária e política que, desde a criação do Partido Republicano, em 1876, vinha sendo desenvolvida. Aumentando a contraposição entre a República e a Monarquia, a propaganda republicana fora sabendo tirar partido de alguns factos históricos de repercussão popular: as comemorações do terceiro centenário da morte de Camões, em 1880, e o Ultimatum inglês, em 1890, fora aproveitados pelos defensores das doutrinas republicanas que se identificaram com os sentimentos nacionais e aspirações populares.Elias Garcia, Manuel Arriaga, Magalhães Lima, tal com o operário Agostinho da Silva, foram personagens importantes dos comícios de propaganda republicana, em 1880.
O terceiro centenário da morte de Camões, foi comemorado com actos significativos — como o cortejo cívico que percorreu as ruas de Lisboa, no meio de grande entusiasmo popular e, também, a translaçdação dos restos mortais de Camões e Vasco da Gama para o Panteão Nacional. As luminárias e o ar de festa nacional que caracterizaram essas comemorações complementaram esse quadro de exaltação patriótica. Partira a ideia das comemorações camoneanas da Sociedade de Geografia de Lisboa, mas a execução coube a uma comissão de representantes da Imprensa de Lisboa, constituída pelo Visconde de Jorumenha, por Teófilo Braga, Ramalho Ortigão, Batalha Reis, Magalhães Lima e Pinheiro Chagas. E o Partido Republicano, ao qual pertenciam as figuras mais representativas da Comissão Executiva das comemorações do tricentenário camoneano, ganhou grande popularidade.
A revolta
Durante o breve reinado de D. Manuel II — que ascendeu ao trono logo após o atentado a D. Carlos, donde resultou também a morte do seu filho herdeiro Luís Filipe, Duque de Bragança —, o movimento republicano acentuou-se, chegando mesmo a ridicularizar a monarquia. A 5 de Outubro de 1910 estalou a revolta republicana que já se avizinhava no contexto da instabilidade política. Embora muitos envolvidos tenham-se esquivado à participação — chegando mesmo a parecer que a revolta tinha falhado — foi também graças à incapacidade de resposta do Governo em reunir tropas que dominassem os cerca de duzentos revolucionários que resistiam de armas na mão. Comandava as forças monárquicas, em Lisboa, o General Manuel Rafael Gorjão Henriques, que se viu impotente para impedir a progressão das forças comandadas por Machado Santos. Com a adesão de alguns navios de guerra, o Governo rendia-se, os republicanos proclamavam a República, e D. Manuel II era exilado.( Da Wikipédia)

Em 2010 faz Portugal 100 anos de República!
Com o regicídio do Rei D. Carlos e do Príncipe Luís Filipe acaba mais um capítulo da realeza portuguesa iniciada pela revolta do Duque de Bragança D. João IV em 1640. Entretanto tinha sido o domínio dos Filipes de Espanha desde 1580 ( 60 anos ) por falta de sucessor ao trono!
Termina aqui toda a realeza vinda de D. Afonso Henriques ( o Revoltoso, o Guerrilheiro, Conquistador e Usurpador do Condado Portucalense) e até ao Rei Adolescente D. Sebastião ingloriamente derrotado em Alcácer Quibir – Marrocos.

Aqui termina o Portugal dos Heróis, Marinheiros, Conquistadores de Impérios, Missionários Aventureiros e que deram novas Luzes ao Mundo. Ao tempo fóra a Europa medieval e dorminhoca o Mundo tinha de ser todo português… E Espanha macaqueando Portugal nas descobertas começou a rivalizar havendo o Papa como patriarca dos povos irmão e vizinhos ter de dividir o Mundo em dois ( Tratado das Tordesilhas): Atlântico a meio e todos virados para o Norte: Oriente Portugal e a Ocidente Espanha. O que o Papa não sabia era que o Mundo era redondo … pensava que era quadrado..

E depois portugueses e espanhóis fizeram das deles!
Os portugueses andaram pelo Japão, Oceânia, e Austrália e encontraram-se no Pacífico e andaram por lá uns e outros baralhados!

Depois vieram os Ingleses, Holandeses, Franceses, Belgas, Alemães, Italianos, Americanos. ..
Mas vieram todos fora do tempo e foi o que se viu e ainda está a ver-se!
Isto para dizer que Portugal foi o primeiro Império da Idade Moderna, começado com Infante D. Henrique – Dinastia de Avis e a desmoronar pelos anos 60 com a invasão de Goa e continuado pela descolonização do 25 de Abril dando independência às colónias!
Portugal encolheu!

Está limitado ao rectângulo continental e aos dois arquipélago da Madeira e dos Açores, enquanto estes mesmo não tornarem principados independentes!
E depois vêm novamente os árabes e renasce o Condado Portucalense regressando o mesmo à proveniência, legítimos herdeiros!

A História é um espanto!
Quem é que nos levou a isto? A República ou a Monarquia!
Na Europa os países mais desenvolvidos têm a realeza ou imperadores ( Espanha, Inglaterra, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Suécia, Itália, Grécia, etc.)
Os mais atrasados tem República onde mataram o rei ou imperador (Rússia, Antiga Jugoslávia, Portugal, França, etc.).
Porque será?
Respondam os inteligentes!
ESTA NAÇÃO HÁ-DE SER GRANDE!

10 comentários:

Anónimo disse...

Desde quando a França é um país atrasado?
Não confunda as coisas sr padre.

Anónimo disse...

MUITO BEM SR. PADRE, MAIS UM MOMENTO DE HISTÓRI PARA RELEMBRAR.

Anónimo disse...

Eu não imaginava que a Itália e a Grécia seriam Monarquias.
Está com a ideia nos anos 40. Enfim que se andou. Não muito muito, mas mais do que o ATM imagina.

Sugere José Pinto da Silva

Anónimo disse...

Se a França fosse um país desenvolvido não inventava a guilhotina!
Não tinha matado o Rei e guilhotinado a Princeza Maria Antonieta para espectáculo de anormais e deficientes mentais!
Nem tinha tolerado em matar na fogueira Joana dArc!
Mas já gora parabéns pela Revolução Francesa!
VIVA A FRATERNIDADE. IGUALDADE E LIBERDADE!
E por ter recebido portugueses fugidos à responsabilidade da Guerra Colonial!
E também por ter muitos benfiquistas isto é mouros de África!
Dispensamos a dupla invasão francesa a Portugal!

Anónimo disse...

Valeria a pena responder adequadamente ao atm mas ao que tudo indica existe aqui censura aos comentários dirigidos a esta pessoa.

Anónimo disse...

O sr. atm deve pensar que está num país desenvolvido e está, no que respeita à importação de culturas ao numero de telemóveis por habitante e a mais meia duzia de coisas banais que nem sequer vale a pena enumerar aqui, também não deve estar a ver as dificuldades que algumas pessoas estão a passar devido a uma má gestão de recursos financeiros que só daqui a decadas talvez iremos recuperar.Isto é o que eu penso só que eu não sou intelegente, intelegente aqui será o Sr. abade, o resultado a que chegaram estas nações traduz-se pelo empenho dos governantes de cada pais, no caso da FRANÇA quem lhe dera que portugal estivesse ao seu nivel.
Também seria bom falar do papel do Clero neste contexto, pois não sei bem de que lado andou durante este tempo todo.
Cumprimentos.

Anónimo disse...

A bem da républica , vou armar-me em inteligente e comentar este post. Vou tentar usar de alguma subtileza para não ferir susceptibilidades , dividindo o comentário em 2 partes distintas.
A primeira referente ao conteúdo histórico do texto , e a segunda à questão vs opinião colocada pelo próprio subscritor.
Vejamos : Como certamente saberá a História que se aprende hoje nas escolas , é substancialmente diferente daquela que era ensinada à uns anos largos atrás. Hoje , o "facto histórico" é apenas a ponta de um imenso iceberg , que é por sua vez composto por uma multiplicidade de aspectos que se interligam e interagem entre si, assumindo a forma de conjuntura. Ora , como certamente saberá , concorrem para essas conjunturas factores de ordem , social , económica , religiosa , e até geomorfológica ( o que ajudaria a compreender por exemplo porque razão os principais movimentos revolucionários na história do nosso país tiveram sempre origem no Norte , nomeadamente o da fundação da nacionalidade).
Em todo o caso , o trabalho do Sr. ATM é meritório e merecedor de um suficiente mais. Esqueceu-se de referir vários aspectos importantes dos quais destacaria a revolta de 31 de Janeiro ( que viria a dar inclusivamente origem a toponímia na cidade do Porto ). Deixo como sugestão de leitura para os mais interessados nestes temas o livro " Tempos de Revolução - História de Portugal VOL III )de José Mattoso.

A segunda parte do comentário vai inteirinha para a dissertação ( algo confusa diga-se ) do ilustre ATM . A pergunta que coloca , - o que nos levou a isto ? " leva-me a colocar-lhe outra pergunta : Isto o quê ?
Poderei depreender das suas palavras uma simpatia implícita e assumida pelos ideais monárquicos ?
Se assim for , não o censuro caro ATM. Sempre terá a possibilidade de esgrimir argumentos nas urnas. Essa é aliás uma das vantagens da Democracia. O respeito absoluto e pleno por todos os credos políticos , por mais desajustados que eles estejam no tempo . E a monarquia não é como sabe , excepção. Não podemos , nem devemos , medir o nível de desenvolvimento de um país imputando responsabilidades à existência ou não de uma monarquia. O neo-paternalismo destinado à sedução de massas ( casamentos de príncipes e princesas ; novelas côr-de-rosa que fazem as delícias dos media ) é uma fórmula que parece estar a esgotar-se. A monarquia é tão somente parte de todo um processo evolutivo que caracteriza a raça humana. A evolução não depende em nada de uma qualquer família real bafejada pela sorte ( deverei dizer Divina ? ) em ter mordomias e privilégios vitalícios.
No que me diz respeito , a única casa REAL que aprecio , é a REAL COMPANHIA VELHA.
Melhores cumprimentos

Anónimo disse...

O caro ATM, deveria, na minha modesta opinião ter citado a fonte de onde retirou este texto.
É que por vezes quando se plagia "Ipsis Verbis", corre-se o risco de copiar até aquilo que nos pode induzir em erro.
O link que faz referência ao operário Agostinho da Silva, conduz-nos ao filósofo e pensador Agostinho da Silva que nasceu em 1906 e morreu em 1994.
Percebe-se facilmente que o meu caro é um adepto convicto da transmissão do poder através do sangue azul, neste aspecto não temos a mesma visão da coisa.
A monarquia em portugal está enterrada quase há um século, mas pelos vistos os fantasmas reais continuam a atormentar algumas mentes.
Só não percebo porque a Alemanha não foi aqui mencionada nos países mais atrasados e que são república,
e por fim também desconhecia que a Itália e a Grécia eram Monarquias, com índices de desenvolvimento espantosos(podia ter citado a Noruega).


Cumprimentos,

Anónimo disse...

Caro Charizard,
Gostei do seu comentário. Curto , incisivo e revelador de conhecimento. Gostava de o poder ler mais assiduamente. O Blog precisa de gente assim.
Melhores cumprimentos

Anónimo disse...

Blog interessante, com gente jovem e emotiva, mas infelizmente sem grande conteúdo político ou doutrinal. Em ambos os lados da contenda... em muito recheado dos habituais argumentos de revista, "chavões" demasiado gastos. No entanto, acho positivo, e pode ser que isso despolete algumas consciências para um maior aprofundamento da questão, e um maior conhecimento da essência de uma verdadeira democracia.