Pena que a Câmara (ele mesma, mais a Soc. de Turismo/Termas), a grande patrocinadora da obra, não tenha promovido uma bem mais visível divulgação em todos os suportes concelhios, em papel, áudio e web, para poder arriscar com uma edição bem maior que diluísse os custos.
Por absoluto descuido (e fraca divulgação) não assisti à apresentação, no edifício das Termas, do livro que descreve, de forma ficcionada, a visita do "Gotinhas" à Estância Termal de Caldas de S. Jorge e, depois do enlace com a "Gotelinda", a sua fixação na terra. Mas logo curei de saber o circuito de distribuição do livro e corri por ele. Não conheço a autora, (dra. Gracinda Coelho Sousa) também por isso o lamento de não ter ido à apresentação, (uma pessoa de minha família próxima conhece-a e invoca-a com carinho e admiração), nem imaginava a história, pelo que fui levado atrás de mais um documento que falava da minha terra e do seu ex-libris.
Como primeira reacção à sua leitura nas duas horas seguintes à aquisição, aconselho que o leiam todos, pois, para além de serem a terra e as termas o cenário final do enredo, está escrito, ao que eu sou capaz de avaliar, com uma fluência simples, de leitura fácil e de compreensão instintiva, mesmo para crianças, o principal público-alvo.
Pena que a Câmara (ele mesma, mais a Soc. de Turismo/Termas), a grande patrocinadora da obra, não tenha promovido uma bem mais visível divulgação em todos os suportes concelhios, em papel, áudio e web, para poder arriscar com uma edição bem maior que diluísse os custos, de molde a que o preço de venda fosse bem mais baixo. O livro tem muito boa apresentação gráfica, uma curiosa ilustração (pena que no frontispício não figure o S. Jorge a vencer o dragão), mas o preço de capa é bastante inibidor. As escolas, todas as escolas de todos os escalões do concelho e quiçá de fora, deveriam receber o livro e os professores poderiam ser incentivados a dele falarem às crianças e jovens. Não só porque é uma história bem concebida e bem conseguida, como tem como epílogo a luta em defesa da água, o bem que todos dizem ser escasso, mas que todos desperdiçam exageradamente.
Já agora observo que o gigante Orbiceu, o que indicou ao Gotinhas a localização das Termas, quando descreveu o Uima e o seu percurso serpenteando por entre campos verdejantes, devia estar a ver a zona como era há muitos anos, porque agora serpenteia pelos mesmos locais, mas tem que se encolher para evitar as silvas que invadem o seu território e por entre terrenos sem cultivo, quase todos. E esqueceu-se de dizer que o mesmo Uima, sempre que sente a chegada de mais e mais efluentes poluidores e que aparecem de e em todos os lados, dá um espirro. Está sempre a espirrar e ao mesmo tempo berra pelo saneamento e pelo civismo de quem atira contra ele tudo o que estorva em casa. Pobre do rio. Esqueceu-se o bom gigante de referir que, mesmo ali ao lado lhe (ao rio) prepararam um palco (o Lago e a Ilha) onde descansa e olha enternecido as Termas, não vendo o grande parque que referiu, nem lembrou que, do outro lado, há um grande espaço onde esse grande parque poderia ser implantado.
O Gotinhas e a Gotelinda vieram em lua de mel para Caldas de S. Jorge e, com eles, toda a família de um e outro lado. Foi o Gotinhas o cicerone dos visitantes. Mostrou-lhes todos os recantos das Termas, a modernidade do edifício e de todos os equipamentos, a piscina, as banheiras os hidro-tratamentos, a excelência dos serviços, a gentileza e o saber dos diversos operadores, na recepção e depois, e a estatística dos bons resultados obtidos, mas esqueceu-se (ou fez de propósito?) de os levar ao pé dos telhados onde a passarada se faz ouvir, não em trinado de alegria, mas em pios de susto quando mais uma beirada desaba. Nas casas da Pines e na Fabruima. Ou será que o Gotinhas teve foi vergonha de exibir coisa tão desfeada ali ao pé de tão atractiva estância?
O senhor vereador da Cultura escreveu um curioso, e bem escrito, postfácio colocado no princípio e para que tudo fique a condizer bem poderá, por um lado espalhar este livro e por outro influenciar os seus pares dos pelouros respectivos para que dêem uma volta radical à envolvente das Termas. É que o Gotinhas e a bela Gotelinda decidiram estabelecer-se por cá e merecem, também eles, um espaço bonito, até porque vão proliferar!
♦ José Pinto da Silva
Por absoluto descuido (e fraca divulgação) não assisti à apresentação, no edifício das Termas, do livro que descreve, de forma ficcionada, a visita do "Gotinhas" à Estância Termal de Caldas de S. Jorge e, depois do enlace com a "Gotelinda", a sua fixação na terra. Mas logo curei de saber o circuito de distribuição do livro e corri por ele. Não conheço a autora, (dra. Gracinda Coelho Sousa) também por isso o lamento de não ter ido à apresentação, (uma pessoa de minha família próxima conhece-a e invoca-a com carinho e admiração), nem imaginava a história, pelo que fui levado atrás de mais um documento que falava da minha terra e do seu ex-libris.
Como primeira reacção à sua leitura nas duas horas seguintes à aquisição, aconselho que o leiam todos, pois, para além de serem a terra e as termas o cenário final do enredo, está escrito, ao que eu sou capaz de avaliar, com uma fluência simples, de leitura fácil e de compreensão instintiva, mesmo para crianças, o principal público-alvo.
Pena que a Câmara (ele mesma, mais a Soc. de Turismo/Termas), a grande patrocinadora da obra, não tenha promovido uma bem mais visível divulgação em todos os suportes concelhios, em papel, áudio e web, para poder arriscar com uma edição bem maior que diluísse os custos, de molde a que o preço de venda fosse bem mais baixo. O livro tem muito boa apresentação gráfica, uma curiosa ilustração (pena que no frontispício não figure o S. Jorge a vencer o dragão), mas o preço de capa é bastante inibidor. As escolas, todas as escolas de todos os escalões do concelho e quiçá de fora, deveriam receber o livro e os professores poderiam ser incentivados a dele falarem às crianças e jovens. Não só porque é uma história bem concebida e bem conseguida, como tem como epílogo a luta em defesa da água, o bem que todos dizem ser escasso, mas que todos desperdiçam exageradamente.
Já agora observo que o gigante Orbiceu, o que indicou ao Gotinhas a localização das Termas, quando descreveu o Uima e o seu percurso serpenteando por entre campos verdejantes, devia estar a ver a zona como era há muitos anos, porque agora serpenteia pelos mesmos locais, mas tem que se encolher para evitar as silvas que invadem o seu território e por entre terrenos sem cultivo, quase todos. E esqueceu-se de dizer que o mesmo Uima, sempre que sente a chegada de mais e mais efluentes poluidores e que aparecem de e em todos os lados, dá um espirro. Está sempre a espirrar e ao mesmo tempo berra pelo saneamento e pelo civismo de quem atira contra ele tudo o que estorva em casa. Pobre do rio. Esqueceu-se o bom gigante de referir que, mesmo ali ao lado lhe (ao rio) prepararam um palco (o Lago e a Ilha) onde descansa e olha enternecido as Termas, não vendo o grande parque que referiu, nem lembrou que, do outro lado, há um grande espaço onde esse grande parque poderia ser implantado.
O Gotinhas e a Gotelinda vieram em lua de mel para Caldas de S. Jorge e, com eles, toda a família de um e outro lado. Foi o Gotinhas o cicerone dos visitantes. Mostrou-lhes todos os recantos das Termas, a modernidade do edifício e de todos os equipamentos, a piscina, as banheiras os hidro-tratamentos, a excelência dos serviços, a gentileza e o saber dos diversos operadores, na recepção e depois, e a estatística dos bons resultados obtidos, mas esqueceu-se (ou fez de propósito?) de os levar ao pé dos telhados onde a passarada se faz ouvir, não em trinado de alegria, mas em pios de susto quando mais uma beirada desaba. Nas casas da Pines e na Fabruima. Ou será que o Gotinhas teve foi vergonha de exibir coisa tão desfeada ali ao pé de tão atractiva estância?
O senhor vereador da Cultura escreveu um curioso, e bem escrito, postfácio colocado no princípio e para que tudo fique a condizer bem poderá, por um lado espalhar este livro e por outro influenciar os seus pares dos pelouros respectivos para que dêem uma volta radical à envolvente das Termas. É que o Gotinhas e a bela Gotelinda decidiram estabelecer-se por cá e merecem, também eles, um espaço bonito, até porque vão proliferar!
♦ José Pinto da Silva
In Terras da feira Online
2 comentários:
Gostei desta interpelação do Sr. Pinto.
Tb eu.
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