domingo, 13 de janeiro de 2008

Especialistas contra expansão do metro até S. João da Madeira...

Para servir S. João da Madeira e Santa Maria da Feira, o ideal seriam comboios suburbanos, defendem dois geógrafos.
A Empresa do Metro encomendou à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) um estudo sobre o desenvolvimento da linha do metro do Porto. O Governo e a Junta Metropolitana do Porto (JMP) deram indicações de que, no âmbito desse estudo, se analisasse a possibilidade da expansão do Metro a sul do Douro, nomeadamente até aos concelhos de Santa Maria da Feira e S. João da Madeira.
O documento, elaborado pelos especialistas Paulo Pinho e Álvaro Costa, já estará nas mãos das entidades interessadas, mas nem a Empresa do Metro, nem a JMP, nem o presidente da câmara de S. João da Madeira se mostraram disponíveis para ceder o mesmo ao LABOR ou falar sobre o capítulo destinado ao concelho sanjoanense.
No entanto, especialistas ouvidos pelo Jornal de Notícias já se manifestaram contra a expansão do metro tão a sul. Para o geógrafo Álvaro Domingues, “não faz sentido nenhum” e o colega Rio Fernandes não tem dúvidas em afirmar que esse seria “um disparate que sai caro a todos”.
O primeiro é da opinião de que “a rede deveria fechar em Vila d’Este (Vila Nova de Gaia), a partir de onde as três auto-estradas começam a divergir”. Para o professor da Faculdade de Arquitectura do Porto, o ideal é concentrar esforços no núcleo duro da Área Metropolitana, até porque mais ambição significa mais custos.
”O metro não pode continuar a ser visto como um substituto do comboio para o transporte suburbano”, argumenta o geógrafo Rio Fernandes. Ou seja, para servir concelhos como S. João da Madeira e Santa Maria da Feira, o ideal seriam comboios suburbanos e não o metro.
“É cada vez mais impossível pensar os transportes como se fossem de um mundo à parte”, diz Álvaro Domingues ao JN, defendendo a criação de “um plano de estrutura, que fosse uma espécie de PDM, que estabelecesse um consenso em torno do que são as infra-estruturas de transportes”.

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