segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

“Vamos para tribunal, se o anterior concessionário não regularizar a dívida que tem"



“Queremos resolver as coisas a bem, mas se a dívida do anterior concessionário do Ilha não for regularizada, não teremos outra alternativa que não seguir a via judicial e levar o assunto a tribunal”. A convicção foi manifestada por José Martins, líder do executivo da Junta de Freguesia das Caldas, em noite de Assembleia de Freguesia.
Durante meses a fio, a renda do Ilha Bar não foi regularizada, mas apesar disso a Junta entendeu não seguir para tribunal. Sobre o espaço comercial, junto a rio, José Martins apenas soltou uma certeza. "Já foi resolvido o problema de saneamento básico, houve luz verde da Indaqua. Em relação ao projecto do Ilha, contamos que, em Fevereiro, seja lançado o concurso público, para que as obras arranquem o quanto antes e para que possamos rentabilizar, ao máximo, uma área privilegiada da freguesia". Palavras que surgiram depois da, jovem, socialista Fátima Oliveira ter lembrado que: "já alguém disse que o Ilha ia reabrir em Maio próximo. Cá estamos para ver".
Independentes, social-democratas e socialistas foram unânimes em relação às dúvidas sobre os critérios que vão pautar a atribuição de verbas às associações das Caldas. Ainda não se sabe quanto vai receber cada uma das colectividades. "Não há dúvidas que, quem mais trabalha pela freguesia, tem que receber mais. Os critérios serão fixos para as associações", ressalvou José Martins, sem mais nada a acrescentar sobre o assunto.Jorge Pinto, primeiro eleito dos socialistas reforçou a preocupação em relação ao fontanário de Casaldoído. "Ainda antes das eleições foram feitas análises que deram a água imprópria. É uma questão delicada, porque estamos a falar da saúde pública dos cidadãos e de muita gente, de fora da freguesia, que vem ao fontanário", alertou. José Martins explicou que "não há razões para alarme, porque, em relação a Casaldoído, existe um protocolo com o Centro de Saúde da Feira, de forma a que, de três em três meses, sejam feitas análises. Aguardamos por uma indicação, mas até prova em contrário a água está própria para consumo e esse é um dos fontanários prioritários, à semelhança do das Termas. São análises rigorosas, para que a população possa estar descansada", asseverou. "Rigor e contenção" foram enfatizados pelo presidente na apresentação do plano e orçamento. Uma aposta imediata é a limpeza da freguesia. "Já falamos com as Estradas de Portugal e a indicação que nos deram foi que, o mais breve possível, irão proceder à limpeza da artéria, que não dá a melhor imagem a quem lá passa".Sobre todas as sugestões apresentadas, pelo PS, PSD e Independentes, José Martins agradeceu e negou que "tenhamos despedida uma funcionária. Só temos uma e ela pegou ao serviço".
As sugestões da oposição passaram pela abertura de caminhos rurais, o acesso ao Engenho, os sanitários, que serão construídos de raiz, os buracos nas estradas, junto à Delícia e próximo da fábrica Prénino e por fontanários vários, o de Azevedo, que não estarão aproveitados. "O alcatrão que nos foi disponibilizado pela Câmara não chegou para tudo. Esperamos ter mais, o quanto antes", disse José Martins, a propósito do mau estado de algumas vias. Para Jorge Pinto, membro do PS, "este plano é uma cópia fiel do anterior. Esperava-se bem mais de um executivo jovem e que tantas promessas apresentou na campanha".
In Correio da Feira Online.

1 comentário:

Anónimo disse...

É realmente muito fraca para não dizer decadente, este plano orçamental para 2008, é um plano que nos leva a pensar se a junta vai fazer algo que realmente tenha o seu cunho.
Primeiro vem a questão do Ilha, em que só a gora vem a lume o atraso em relação as rendas em vários meses, sem que a junta tivesse a capacidade de resolver por si só esta questão.
Depois é o saneamento, “A Indaqua deu luz verde” mas não se sabe para quando.
Depois não se sabe quanto vai receber cada colectividade e não está ainda definido os critérios de avaliação.
Depois é “Já falamos com a junta das estradas” para proceder a limpeza das mesmas.
Mais uma vez o alcatrão que vem pela mão da câmara.
Eu diria que este não é uma cópia do anterior plano, mas sim uma revisão em baixa feita pelo executivo.
Só revela a falta de criatividade, a não existência dos tais investidores que diziam haver antes das eleições, e demonstra estar dependentes de tudo e de todos para conseguir fazer o que quer que seja.
Afinal não são assim tão “independentes”.