
Na "Mira" da edição de 25 de Fevereiro insinua o autor que poderia ter sido evitada alguma da instabilidade emocional que terá marcado a população utente da unidade de saúde de Caldas de S. Jorge, a partir de que se fez constar, e parece que se fez constar intencionalmente, que a unidade poderia ser encerrada.
Dizia a "Mira" que o Posto de Caldas de S. Jorge virou folhetim e que funcionou até como arma de arremesso em campanha eleitoral. Isto é bem verdade. Disse ainda que se não ouviu uma voz crítica que fosse em relação às unidades de saúde familiares que vão nascendo no concelho e que São Jorge poderia ter a sua. Em que condições, direi. E acrescenta que manteria (a Unidade de S. Jorge) a consulta aberta ali ao lado em Fiães e que asseguraria médico de família para todos os utentes e, a terminar, inquire se há dúvidas.
Diremos que o caso não é tão assim como a "Mira" tenta fazer crer. Logo há dúvidas, sim.
Para repor a verdade do facto, haverá que se dizer que uma das médicas de Caldas de S. Jorge, ao ser-lhe proposta a iniciativa (criação da USF em Fiães com inclusão de C. S.Jorge) disse que SIM, desde que fosse criada uma USF com DOIS POLOS fisicamente separados e com uma administração/gestão única. Uma verdadeira parceria. Esta modalidade foi liminarmente rejeitada pelo proponente, invocando custos elevados de administração. Custos que o proponente não demonstrou. Só não aceitou a contra- proposta. A médica de Caldas de S. Jorge disse que nunca criaria nem aceitaria condições que obrigassem os doentes do posto de S. Jorge a deslocar-se a Fiães.
Para repor a verdade do facto, haverá que se dizer que uma das médicas de Caldas de S. Jorge, ao ser-lhe proposta a iniciativa (criação da USF em Fiães com inclusão de C. S.Jorge) disse que SIM, desde que fosse criada uma USF com DOIS POLOS fisicamente separados e com uma administração/gestão única. Uma verdadeira parceria. Esta modalidade foi liminarmente rejeitada pelo proponente, invocando custos elevados de administração. Custos que o proponente não demonstrou. Só não aceitou a contra- proposta. A médica de Caldas de S. Jorge disse que nunca criaria nem aceitaria condições que obrigassem os doentes do posto de S. Jorge a deslocar-se a Fiães.
Disse-nos a nossa fonte, que temos como totalmente fiável, que a modalidade é possível e a mobilidade de pessoal, a haver, não seria muito complicada ou onerosa, até pela pouca distância de separação dos pólos. Distância que, sendo pequena para gente móvel e com meios de mobilidade, seria muito penalizadora para os utentes, idosos e carenciados de meios de autonomia.
A USF, designe-se por Fiães/C. S.Jorge, receberia os cerca de 4.000 de Caldas de S. Jorge (e outros dos subúrbios mais próximos se colheriam, por certo), e o pessoal (médico/enfermagem e administrativo), em horas emergentes faria cobertura num ou noutro pólo, consoante as necessidades de momento. Em verdadeira parceria.
Não houve, portanto, recusa. Houve uma contra-proposta de fórmula de gestão alternativa. Também coerente e viável. Inviabilizada. Por quem?
Por sinal que o tema Unidades de Saúde Familiares foi muito badalado, em discussões orais e também escritas, só que em âmbito mais doméstico. Lembre-se a "Mira" que todo o debate e até a arma de arremesso começaram a ser usadas a partir de que se soube que uma das médicas da Unidade de Caldas de S. Jorge iria sair exactamente para se integrar numa equipa de USF. Sabe-se bem do que se trata e sabe-se do que poderia ter acontecido, se tivesse havido vontade de criar parceria.
Por sinal que o tema Unidades de Saúde Familiares foi muito badalado, em discussões orais e também escritas, só que em âmbito mais doméstico. Lembre-se a "Mira" que todo o debate e até a arma de arremesso começaram a ser usadas a partir de que se soube que uma das médicas da Unidade de Caldas de S. Jorge iria sair exactamente para se integrar numa equipa de USF. Sabe-se bem do que se trata e sabe-se do que poderia ter acontecido, se tivesse havido vontade de criar parceria.
Ao jeito de pé de página, fomos atraídos pelas declarações do presidente da Junta de Freguesia de Caldas de S. Jorge, insertas no "Terras", a propósito ainda do hipotético encerramento do Posto Médico. Em conversa com o Dr. Nunes de Sousa ter-se-á (ele) mostrado disponível para construir um edifício para colocar em funcionamento uma USF. Sem querer imaginar para quando seria a tal colocação em funcionamento, não será estultícia dizer-se disponível para construir um edifício? Por certo saberá da tramitação exigida para se edificar um imóvel público, nomeadamente para se obter o financiamento. Enfim… palavras … recebe-as o éter e o vento leva-as.
♦ José Pinto da Silva
♦ José Pinto da Silva
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