quarta-feira, 26 de março de 2008

Há 269 sucatas espalhadas pela região e mais de 80% são ilegais

Sucatas de carros velhos predominam em Gaia, Matosinhos e Trofa. Oxidação dos metais e derrame de óleos contaminam os solos

São um foco de contaminação dos solos e das águas, estão por todo o lado e a maioria em situação ilegal. Na Região Norte há 269 sucatas identificadas, sendo que 81% funcionam sem licença. Só em Gaia existem 53 sucatas, Matosinhos acolhe 26 e a Trofa 21. Erradicar estes depósitos de metais, na maioria constituídos por carros em fim de vida, é uma das prioridades da Agenda Temática do Ambiente 2008-2010, apresentada ontem pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN).
O relatório preliminar da agenda, desenvolvido por uma equipa da Universidade de Aveiro coordenada por Carlos Borrego, aponta os passivos ambientais (em que se incluem as sucatas, as pedreiras abandonadas, as áreas mineiras degradadas e as zonas com contaminação de origem industrial), a qualidade do ar e os Resíduos Sólidos Urbanos como as três áreas de intervenção prioritárias.
"São escolhas", explicou Paulo Gomes, vice-presidente da CCDRN, prometendo "tolerância zero" às sucatas ilegais. "O objectivo é termos 0% de sucatas ilegais em 2010", afirmou. Em termos práticos, a actuação no terreno, referiu Paulo Gomes, passa por usar os mecanismos previstos na lei para, nos casos em que as sucatas não têm condições, proceder à remoção dos carros velhos para locais apropriados. Tais procedimentos vão ser levados a cabo na sequência de uma acção da Secretaria de Estado do Ambiente - porque o "problema é nacional" - em colaboração com a CCDRN e as autarquias. "São medidas que vão ter expressão já este ano", avisou Paulo Gomes.
Parque para sucatas
O vice-presidente da CCDRN elogiou o exemplo de concelhos como Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis e S. João da Madeira, que estão empenhados na resolução do problema, tendo pedido recentemente um estudo de impacte ambiental para um parque de sucata conjunto.
Já as pedreiras desactivadas não têm soluções tão práticas. Na Região Norte há 716 pedreiras - a grande maioria explorações de granito - sendo que 705 estão abandonadas e na maior parte dos casos não se sabe quem eram os operadores. Vila Nova de Gaia (103), Maia (70) Arouca (54), Santa Maria da Feira (38), Penafiel (30) e Marco de Canaveses (30) são os municípios que concentram o maior número de pedreiras em baixa de exploração ou abandonadas.
"Cada caso é um caso. Primeiro é necessário perceber o nível de contaminação, depois tirar de lá a água acumulada, que é o mais crítico", notou Carlos Borrego, adiantando que começam a surgir soluções paisagísticas interessantes para as pedreiras. "Há indústrias que aproveitam os desníveis do terreno para se instalarem nessas zonas", notou.
No que toca à qualidade do ar, nomeadamente às partículas em suspensão e ao ozono, os dois poluentes que têm excedido os limites nos últimos anos, "estão em cima da mesa várias medidas". As autarquias têm até ao final do mês para enviar as últimas sugestões à CCRDN. Regras na lavagem das ruas, contenção de partículas nas obras urbanas com recurso a painéis, lavagem de camiões quando saem dos aterros, comercialização de lareiras menos poluentes (ler ficha) são algumas das normas a introduzir.
Para a CCDRN não chega cumprir as metas europeias em matéria de Ambiente. "A Região Norte quer surpreender a Europa e ser reconhecida como uma área que se preocupa com a melhoria das condições ambientais", defendeu Paulo Gomes.
In JN Online.

4 comentários:

Anónimo disse...

Sucata é o que a junta está a fazer no cemitério.
Não vai faltar muito que o Sr. Padre se recuse a entrar neste cemitério.
é uma vergonha.

Anónimo disse...

Dª. Joana Tavares,

por acaso entende que a junta de freguesia pode fazer algo no cemitério que não esteja previamente acordado com o nosso paraco?

É caso para poder dizer ddaaaa!

Anónimo disse...

hO DAAAAAAA

o PARACO NO CEMITÉRIO NÃO MANDA NADA, QUEM MANDA É A JUNTA.
CLARO QUE NÃO PASSA CAVACO AO PARACO.

DAAAAAAAAAAAAA

Anónimo disse...

Quanto às sucatas que proliferam por todo o lado, claro que será muito útil que ou fechem ou se modernizem, mesmo com a concentração em parque criado para o efeito. Só que ... porquê instalar essa infra estrutura em local absolutamente privilegiado e que poderia ser destinado a investimento bem mais limpo? Claro que quanto ao PERM é capaz de ser assunto encerrado, mas ... é pena.
Bom e quanto ao cemitério, a Junta é a única entidade com legitimidade e poder para nele intervir. Se fizer nele coisas erradas haverá de ser penalizada e, quem sabe, chamada à responsabilidade.

José Pinto da Silva