domingo, 20 de abril de 2008

Obras na Igreja vão custar cerca de 150 mil Euros.

"Pretendemos que a intervenção esteja feita até à Festa de S. Jorge, em Julho", revela Carlos Paiva, ao Correio da Feira.

Transmitir a verdadeira dimensão de uma Igreja com história. São cerca de 150 mil Euros para uma intervenção arrojada da Comissão Fabriqueira, sempre com a intenção de respeitar a origem de um espaço que é referência da região.
"É fundamental o apoio do povo das Caldas de S. Jorge, porque trata-se de uma verba significativa". Carlos Paiva, em declarações ao Correio da Feira, adianta que uma das ideias foi a de modificar a área exterior da Igreja. "Encontrava-se muito danificada. O azulejo que tinha sido aplicado, há cerca de 25 anos, estava com má qualidade, estava estourado, e já não estava adequado".
Como tal, acrescenta o responsável, "daí a decisão de retirar o azulejo e repor as paredes, conforme a origem da Igreja, ou seja pintada em branco, mantendo-se o azulejo antigo na torre e na parte poente, de forma a respeitar as verdadeiras origens", ressalva.
Por outro lado, na zona do telhado da Igreja "a telha está danificada, vamos proceder à sua substituição, limpar toda a esquadria da torre. Vamos substituir a cruz, que foi colocada há uns anos, oferta de um paroquiano da região. Vamos por a cruz na altura no tipo da original, como existia".
Para o líder da Comissão Fabriqueira da freguesia caldense é, ainda, fundamental a reparação do chão. "O piso do adro encontrava-se bastante danificado, era em paralelos numa parte, com um cenário actual muito feio. O que se fez, agora, de início foi colocar os tubos para as águas pluviais, para um eficaz escoamento das águas". O chão será colocado em granito, de forma a não ficar "estragado e não crescerem ervas, como estava a suceder, actualmente", refere, em consonância com o trabalho que tem sido efectuado pelo pároco da vila termal António Teixeira Machado.
Em estudo, garante Carlos Paiva, estão as condições sanitárias, vistas como verdadeira mais valia para a população das Caldas de S. Jorge. "Uma vez que se está a mexer debaixo das Sacristias, norte e sul, existe um espaço que foi rebaixado e tem um pé direito suficiente para arrumos. Nesse espaço logo veremos o que podemos colocar. Vamos, obviamente, aproveitar para colocar produtos da Igreja, produtos de limpeza e, numa outra área, logo veremos o que poderá ser colocado".
O referido caldense lembra a necessidade, em zona absolutamente central das Caldas, de sanitários públicos. "Não tem, os que existem na Capela Mortuária estão fechados em grande parte do tempo. As pessoas reclamam sanitários. Na minha opinião eles deveriam ser colocados aqui, na zona do arraial. Existe espaço para isso, porque se forem feitos no adro da Igreja ficam limitados, apenas para os paroquianos, quando devem servir toda a população", opina.
Por último, o que Carlos Paiva adianta ser o mais importante, o apoio dos caldenses e da Câmara Municipal. "Podem não ser necessários 150 mil Euros, mas sabemos que, neste tipo de intervenções, podem sempre surgir alterações, com as quais não contámos, como foi, agora, o caso do espaço disponível por baixo das sacristias".

Texto de Ângelo Pedrosa
In correio da feira online

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