segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ao jeito de carta...

Muitas das vezes alojam-se não os que mais precisam, mas o que têm mais "lata" (perdoe-se-me o termo) e nenhum pejo de falsificar dados e situações, por. ex., os que tinham um "curral" preparado para lá se meterem, na maior promiscuidade, na altura em que viesse a assistente social ver as condições de alojamento.

É dito por aqui, em Caldas de S. Jorge que num destes próximos passados dias, no decurso de uma rotineira reunião com os (alguns) utentes do Bairro Social (as circunstâncias inibem-me de os apelidar de inquilinos) terá uma assistente social sido soezmente insultada, do género mão na ilharga, e diz-se mais que terá sido agredida por um(a) desse(a)s utentes, ao que é divulgado, só porque deu a entender não concordar com a declaração de rendimentos do agregado para fins de fixação da renda do apartamento utilizado.

Não conheço, nem tenho que, nem quero, a tipologia de todos os utentes do Bairro, mas conheço alguns que me atrevo a qualificar de "normais" em civilidade e civismo que, cumprindo minimamente as regras gerais da convivência em sociedade, mais as específicas de utilização das casas sociais, são vítimas da ausência daquelas qualidades noutros. Suportam os barulhos, o linguajar indecente e insolente dos outros.

Sou, sempre fui, e as circunstâncias só me dão razão, muito crítico desta fórmula de aglomerar famílias, mesmo dando de barato que o critério de selecção de candidaturas foi correcto e que, até que tenha sido errático, foi aplicado a todos em igualdade de circunstâncias. Muitas das vezes alojam-se não os que mais precisam, mas o que têm mais "lata" (perdoe-se-me o termo) e nenhum pejo de falsificar dados e situações, por. ex., os que tinham um "curral" preparado para lá se meterem, na maior promiscuidade, na altura em que viesse a Ass. Social ver as condições de alojamento.

Depois de alojados, faltou a elaboração de um regulamento rígido e bem indicador do uso e do comportamento, com as penas aplicáveis à primeira infracção de alguma gravidade, nomeadamente, o não pagamento da renda. A pena aplicada a um transgressor, acalmaria todos os outros e inibi-los-ia de copiar a graça.

Também o critério de determinação da renda a pagar não terá sido muito acautelado, havendo a ciência de que muita gente trabalha nas economias subterrâneas, aufere rendimentos "negros" que não têm controlo possível e permitem ainda o acesso à subsidiação pensada para gente de rendimentos muito degradados. Mas, mesmo aí, esquece-se a obrigatoriedade de fazer as crianças e infantes frequentarem a escola e de fazer os adultos subsidiados procurarem a integração no mercado de trabalho. E vê-se então as pessoas assaltarem tudo o que é subsídio, mas a exibirem sinais exteriores de pouca carência apresentativa, a digitarem sobre celulares de última geração e a romperem fundilhos onde as coisas não ficam de borla. E esqueceu-se que o uso de habitação social é, por princípio, válido só e enquanto o agregado precisa. De facto.

Os acontecimentos recentes no Bairro da Quinta da Fonte, em Loures, poderiam bem servir de alerta para todo o sistema. E, em texto publicado pelo jornalista Mário Crespo no JN de 21 Julho, fica retratado o caso concreto que se reflecte em todo o sistema, com a gravidade proporcional a cada aglomerado. Não pagam renda, todos recebem Rendimento de Inserção, mas dizem que lhes roubaram de casa equipamentos e objectos que só existem normalmente nas casas bem remediadas. Neste caso os da etnia cigana que, nalguns casos, viram as casas assaltadas. Ou terão sido eles mesmos?

Está isento de qualquer dúvida que, sendo o alojamento social um enorme encargo para os erários públicos, terão que ser facultados SÓ aos que verdadeiramente precisem e SÓ enquanto precisem, com ABSOLUTA obrigatoriedade de cumprimento das regras estatuídas, com aplicação da pena de DESPEJO (não se tenha medo do termo) a quem não cumprir rigorosamente todas as regras, incluído a de respeito para com os funcionários tutelares e a de civismo no relacionamento com os outros utentes.

E um cuidado muito especial e mais atento para com os mais jovens, elas e eles, que, com comparsas de outras paragens, se constituem em pequenos "gangs" que já se reúnem para puxar umas ganzas, até uma que outra tentativa de branca dura, junção para vandalismos neste ou naquele bem público, contributos precoces, demasiado precoces, para o crescimento da natalidade, etc. etc. Isto combate-se com fiscalização próxima e com aplicação de penalizações. Sem contemplações. Há muitos anos existiu um tipo de malfeitor a que se chamou o "teddy boy/girl" e foi-lhe dada uma definição cómica: "É o presente indicativo de um futuro imperfeito". Agora a imperfeição começa logo no presente, pelo que o futuro será uma desgraça.


♦ José Pinto da Silva (in terras da feira online)

5 comentários:

Anónimo disse...

Esta Sr. Pinto da Silva é impagagável!
Só é pena...!!!
Nunca vi uma crítica tão gira ao Bairro Social, como o de Loures e outros!
O Governo socialista do Sr.Engenheiro sai desancado
e à grande!
Pior que as assistentes sociais indecentadas pelos energúmenos do Bairro Social!
É pena!
Há tanta gente que trabalhou para ter uma casinha para o casal e seus filhinhos
e que para eles ninguém mexeu uma palheira!
E vêem com desgosto essa gente com T3 e T4 de luxo!
Caídos do Céu aos trambulhões!!!
E agora olham para as suas casinhas modestas feitas e trabalhadas com o suor do seu rosto de 40 e 50 anos de canseiras, trabalhos, desgostos e economias que lhes raparam as unhas, os cabelos e puseram à vista as rugas do rosto e o ossos das mãos e das pernas!
Quem lhes dá uma medalha ( mesmo de cortiça!), uma condecoração ou ao menos uma menção honrosa?!
Os ciganos que têm sido no passado famosos pela sua agressividade,
uso de armas e facilidade em agredir cidadãos e cidadãs parece que ficaram assustados com os africanos de Angola,São Tomé, Cabo Verde!
E não é para menos!
Alguém ao menos os fez parar, já que nem o governo e a polícia não faziam farinha deles!
Agora chegou o armístício declarado pelo Governo Civil de Lisboa!
Veio tarde, mas pode ser que ainda venha atempo!
Já era tempo de uns e outros ter parado!
Se não... serem recambiados para as terras que lhes deram a tez!
E quando é que os casais jovens que querem fazer família lhes é oferecida uma casa ou um apartamento para habitarem sem ter de ficar enforcados à nascença
e roubados por três vezes mais no preço e prestações pelos Bancos!
No comunismo da Rússia isso já se fazia!...davam apartamento ao casal..

Anónimo disse...

Eu gosto destes habitantes do bairro social... Admiro sem dúvida... É os pequenos-almoços fora, é os lanches fora, é o arranjar cabelos todas as sextas a tarde, são os telemóveis de luxo... E eu que trabalho de sol a sol, esforço-me para conseguir pagar a minha casinha, o infantário da minha filha pagar o carro sou preta?? Tive a feliz ideia de trabalhar por conta própria, faço descontos absurdos para quê??? se eles vão direitinhos para esta gente que ainda por cima são caloteiros e mal-educados.
Tive a Feliz Ideia de trabalhar por conta própria, faço descontos absurdos, não tenho direito a ir para a baixa... A minha filha não tem direito a abono... Admite-se que a Segurança Social não saiba fazer contas.... Admite-se que a segurança social não fiscalize esta gente?? E mais , cúmulo dos cúmulos, por que razão esta gente que recebe o rendimento mínimo, há-de receber a dobrar no Verão e no Natal?? esforçara-se o ano todo a trabalhar?? Eu não tenho férias ... e sei de um casal a receber o rendimento mínimo que vão 15 dias ao Algarve. FIXEEE !!!!

Anónimo disse...

Isto é que vai uma crise!
Ó Costa!
Isto custa!

Anónimo disse...

Não há duvidas que eu concordo plenamente com os comentários acima referidos pois essa gente que vive á custa de quem trabalha que as Autoridades os ponham a trabalhar.Quem trabalha e poupa não pode fazer a vida larga que eles fazem.Há dias a minha mulher ao vê-los passar para o pequeno almoço na pastelaria disse ó homem nós é que somos pobres.

Anónimo disse...

O bairro social, defacto está na moda.
dai-lhes dinheiro!
dai-lhes prendas
dai-lhes esmolas
dai-lhes roupas
pobres somos nós que temos de pegar às 8:ooh na fábrica, para receber um ordenado igual ao do rendimento minimo.