terça-feira, 12 de agosto de 2008

2ª De 7 Entrevistas do 1º Aniversário do Blog….

Ainda se lembra quando começou nas lides do atletismo com o nome de Caldas Sport Clube?
Na minha ideia o atletismo com o nome de Caldas de S. Jorge Sport Clube, foi na altura que se iniciou o futebol, porque até lá era meia dúzia de amigos, creio que em 1984, mais coisa menos coisa.

Os mais sépticos em Caldas de S. Jorge, dizem que o atletismo terminou com a construção da pista de atletismo?
De modo nenhum, a pista de atletismo tem sido o suporte do atletismo em Caldas de S. Jorge, evidente que eu não sei o que as pessoas consideram atletismo em Caldas de S. Jorge, mas tivemos sempre uma dúzia ou duas de atletas não em competição propriamente dito, não federados, mas a pista esteve sempre em funcionamento.

Mas ainda se lembra do tempo em que se juntava muita gente em frente às termas para correr?
Mas isso era antes do Caldas S. Jorge Sport Clube, em que se juntavam mais de 60 pessoas, era uma altura em que meia dúzia de amigos, Eu, o Barroca, o Quinzinho, vinham mulheres, garotos, nessa altura nós treinava-mos nas Termas, com o Carlos Barroca a fazer alguns exercidos físicos, depois começamos a correr, então mais tarde que se começou a levar mais a sério, nomeadamente quando se formou o Caldas de S. Jorge.

Quais as diferenças que sente do atletismo dessa altura do de agora?
Os velhos continuaram da mesma forma, por isso estou convencido quando os velhos acabarem o atletismo também vai terminar, apesar de há dois anos para esta parte, tenha surgido novos atletas que tinham abandonado, e regressaram o atletismo está mais forte nesse sentido, no entanto acho que quando Eu, e mais dois ou três acabarem, vai ser difícil. Caldas de S. Jorge é diferente de todas as Parvónias, não sei porquê!!! Não sei!!!, ainda me falta saber porque é que os outros têm e nós não temos. No meu entender tem faltado em S. Jorge um professor de educação física, uma pessoa mais culta no aspecto desportivo, para incentivar ainda mais o que tem acontecido. Não esquecer que nós levamos longe o nome de S. Jorge, isso que ninguém tenha duvidas. Com a veterania, meia dúzia de atletas, não somos bons mas estamos lá, pois não andamos a correr para ganhar nada, estamos só pela saúde, pela convivência entre pessoas e isto é que é realmente mais importante. Acho que o atletismo não acaba tão cedo simplesmente por essa situação.
Em relação aos novos, quiseram organizar um bocado mais as coisas, e não sei até que ponto poderá ser, ou não viável!!! Eu acho que não, lamento um bocado mas acho que não. No meu entender todos os atletas do Caldas de S. Jorge, levaram isto como tempo de lazer, por brincadeira para se divertirem, e nunca houve, não sabendo se será a falta de uma pessoa estratégica, para realmente organizar o clube em termos de federar, e levar as crianças para a associação de atletismo de Aveiro, não sabendo se passa por aí.

Durante muito tempo, o grande prémio de atletismo foi organizado por si, tendo deixado de se organizar durante alguns anos, recentemente foi ressuscitada. No seu entender como acha que tem corrido esta prova?
A prova quando era feita por mim... não, não era feita só por mim, não sou só eu que organizava, eu tinha a ajuda dos meus companheiros, que sempre me apoiaram e de facto, na nossa prova eu dava a cara, pedia dinheiro, ia à associação, mas tinha mais dois ou três colaboradores, e que ainda hoje fazem parte da colectividade. A nossa prova era de facto muito boa, muitíssimo boa mesmo, o não continuar foi exactamente por não querer assumir, ser sempre a mesma pessoa a fazer. Tentei parar um, ou dois, ou mesmo três anos, para se havia alguém que pegava nela, mas infelizmente foram muitos anos que esteve parada.
Quando o Jorge foi presidente da direcção do futebol, tentou, e organizou uma prova que não correu muito bem, mas a partir dessa data, nunca mais ninguém deixou de fazer. Agora os novos estão a dar seguimento, estando convencido que eles vão fazer uma rica prova no próximo ano, este ano acho que vão fazer um bocadinho melhor, porque eles têm algum dinheiro, pois não é o problema financeiro que tem impossibilitado a organização da prova. Quando eu deixei de organizar a prova não foi por falta de dinheiro, eu tinha o apoio das pessoas de S. Jorge todas, chegando ao ponto de dizer “Ilídio compra e apresenta a conta”, eu só não continuei, porque vinha-mos de uma ditadura, e andava farto de ouvir as pessoas durante 50 anos que estavam fartas de ser mandadas pela mesma pessoa. Eu perguntava, porque é que tenho de ser sempre Eu??? Pois não queria. Simplesmente por esta razão, pois fazia-se a prova sem problema nenhum, agora estão os novos, em termos de prova, acho que vão continua-la a fazer e bem feita.

Mudando um pouco de desporto, diz-se que o futebol pode terminar novamente no final desta época! Como vê essa possibilidade?
Eu costumo ser muitas vezes pessimista em relação a essas coisas, e a conversar com o Couto, pois é o meu companheiro de treino, acho que não vai ser fácil aparecer alguém que assuma o futebol. O Bé tem sido excelente, mas é sempre o velho problema as pessoas cansam-se, e acho que falta alguma coisa...estava-mos a falar do atletismos, mas no futebol parece ser a mesma coisa. Fora de S. Jorge, aparece sempre um Sr. da terra, que aparece, depois à volta dele surge uma quantidade de pessoas e as coisas rolam, e aqui esses senhores nunca aparecem, e por isso S. Jorge vai ter bastantes dificuldades. Oxalá que apareça outro Bé, que este está a ficar realmente cheio de tanto trabalho, pois é uma responsabilidade muito grande, e é pena que hoje em dia já tem 4 ou 5 equipas, que é muito bom. É não esquecer, que essas crianças são o futuro de amanhã, e o futebol é muito mais fácil de conseguir atletas que propriamente o atletismo. Não se pode esquecer que o atletismo é feito normalmente em estradas, tem que se ir para longe etc., enquanto eles, treinam todos no campo de futebol, tem a carrinha que os vai levar, acho mais fácil o futebol. Quanto à questão financeira, é muito mais difícil no futebol, visto que no atletismo que é o carro hoje levas tu, amanhã levo eu, e normalmente não se paga nada. No entanto agora começa-se a pagar, e eu sou um atleta diferente dos outros todos, pois não represento S. Jorge quando as corridas são pagas. Nós agora para fazer uma inscrição tem de se pagar, e eu que ando no desporto por amor à causa, acho que não pode ser o atleta a pagar, felizmente posso pagar também como os outros, mas acho que é uma aberração, não recebo prémios, mas não interessa, estou na corrida, uso uma camisola diferente para não confundir com os de S. Jorge. Quando existe corridas como no dia 25 de Abril, 1 de Maio, corridas dessas que não é necessário pagar, eu corro sempre com a camisola do S. Jorge. Os outros entendem que devem pagar, eu aceito, cada um tem a sua forma de estar no desporto.

A Pastelaria S. Jorge era conhecida por ter centenas de taças expostas, recentemente sofreu obras de remodelação e esses troféus foram retirados. Pode-nos dizer o que é que foi feito desse espólio desportivo?
Posso, o espólio foi todo para o campo de futebol. No tempo do falecido Fernando Coelho, chegou-nos a ser prometido uns armários para os troféus que estavam em melhor estado, visto algumas estarem bastante degradadas. Depois acabaram por ir todas para lá, depois julgo que houve um assalto, pois não sei se ouve ou não, embora aquilo só tenha o valor estimativo, pois está ali muito suor. Na altura foi a forma que eu encontrei para ter muitos atletas comigo, o ganhar uma medalha, o ganhar uma taça fez com que a gente avança-se, e agora já estamos há quase trinta anos, na estrada a ganhar troféus. É de lembrar que ganhamos sempre, pois ganhamos muitos amigos e é sem duvida o melhor troféu sem sombra de dúvidas.

No seu caso aplica-se o ditado “atrás de mim virá, quem bom de mim fará”?
O ditado é velho, e atrás de mim virá alguém, até porque não somos eternos. Eu costumo dizer muitas vezes por graça, que o que virá será sempre melhor que eu, o que vai vir atrás de nós é melhor. Neste caso não sei se será assim, muito honestamente eu tenho muito receio que o atletismo vá ter continuidade quando os mais velhos acabarem, e que vamos acabar, eu tenho muito receio que isto vá para a frente. Se surgir efectivamente uma pessoa que esteja ligada ao desporto, nomeadamente um professor de educação física, pois são Jorge tem capacidade como os outros. É de salientar que o atletismo não é preciso grande dinheiro, e felizmente temos quem compre os equipamentos, à parte disso é comprar umas sapatilhas por ano.

Qual é a obra mais necessária no seu entender para o atletismo das Caldas de S. Jorge?
No meu ponto de vista é ter a pista sempre em condições de praticar o desporto. Quanto aos jovens o maior pedido é de facto os balneários, no entanto acho que nem dez porcento vai utiliza-los, mas depois de estar lá se calhar começam a tomar banho lá. Mas este é o meu entendimento, mas uma coisa é certa aquilo está a necessitar, em termos de cobertura, visto o Zé já lá ter posto os canos, tendo agora agua quente, mas uma coisa é certa ter água quente e não estar vedado por cima, não faz sentido nenhum.

Já ouviu falar do Blog das Caldas de S. Jorge?
Ouvi, ouvi falar várias vezes, mas eu sou alérgico a computadores, ouve-se dizer, que já está no blog.

O que é que acha do aparecimento do jornal da freguesia?

Eu sou sempre da opinião que coisas novas devem surgir, no entanto acho a freguesia um bocado pequena, mas existe sempre notícias interessantes. Não direi um semanário, um mensal talvez fosse interessante, pois no meu caso eu não vou ao Blog, mas se sair um jornal eu leio de certeza absoluta.

4 comentários:

Anónimo disse...

os mais sépticos????? AH AH AH AH AH, grande jornalista !!!!, mas fraco escritor.

Anónimo disse...

Boa entrevista, como n~ao poderia deixar de ser o sr. ilidio no seu melhor

Anónimo disse...

Este homem faz falta a freguesia de caldas de s. jorge, so e de lamentar que apenas o blog das caldas reconheca o valor deste grante homem, que muito fez pela freguesia e pelo desporto da terra.

Anónimo disse...

E O MAIOR O RESTO E LETRA.