sábado, 13 de setembro de 2008

Santa Maria da Feira: Simulou assalto para reatar namoro

As patrulhas da PSP e GNR de Santa Maria da Feira andaram em alvoroço à procura de dois criminosos que nunca existiram. Tudo por causa de um homem que foi à polícia queixar-se que tinha sido assalto à mão armada. A PJ também foi chamada, mas a alegada vítima, um serralheiro de Riomeão, acabou por confessar que foi tudo uma encenação para apelar à compaixão da ex-namorada e assim reatar o namoro terminado recentemente. O homem, de 26 anos, entrou “esbaforido”, anteontem à noite, na esquadra da PSP gritando que tinha sido assaltado junto à esta Estação dos comboios por dois indivíduos encapuzados, um deles armado com uma pistola, que lhe teriam roubado 150 euros que tinha num envelope. Segundo ele, quando passava junto à Estação do Vale do Vouga, os dois “ladrões fantasmas” saltaram de um silvado e apontaram-lhe uma pistola empurrando-o para o local de onde saíram, longe dos olhares de todos. O serralheiro garante ter mantido sempre a calma, apesar dos “assaltantes imaginários” lhe apontarem a arma à cabeça e o ameaçarem de morte, caso não lhes desse o dinheiro que tinha. Contou ainda que, calmamente, tirou do bolso um envelope com 150 euros e lhes entregou. Numa descrição muito pormenorizada explicou que os assaltantes, que fugiram a correr, usavam um gorro preto a tapar a cara, vestiam roupa escura, tinham cerca de 1,80 de altura, um deles era magro, mas o outro forte e, apesar de falarem português, tinham sotaque estrangeiro, supostamente de Leste. Imediatamente foi lançado o alerta para toda a região e chamada a PJ, ficando “tudo em alvoroço” à procura dos criminosos perigosos . Durante mais de uma hora as patrulhas da PSP e GNR procuraram indivíduos com aquelas características por todas as ruas e ruelas, sem qualquer resultado. Só quando inquirido pelos inspectores da PJ do Porto, que se deslocaram imediatamente ao local, que começaram a suspeitar de alguns dos pormenores da história, é que o homem acabou por confessar que tudo não passava de uma encenação para tentar chamar a atenção da ex-namorada e reconquistá-la. Segundo ele, esperava que a rapariga, ao saber que tinha sido assaltado à mão armada, tivesse compaixão e o aceitasse de volta. Agora, vai ter de responder por um crime de “simulação de crime” incorrendo numa pena de prisão até um ano ou multa até 120 dias.

1 comentário:

Anónimo disse...

Isto há cada uma!
A GNR, Judiciária e a PSP vão-lhe dar uma medalha, uma namorada e um casamento!
Habituem-nos!