quinta-feira, 16 de abril de 2009

Ainda a Reportagem do Correio da Feira

Ainda a Reportagem do Correio da Feira

Parabéns pela reportagem

Pelo Reporter e entrevistados

O texto para reflexão ( com a devida vénia):

“Ou a vontade dos autarcas muda ou as Caldas vão ficar exactamente iguais . Queremos obras e não projectos”
( Convicção de Comerciantes , com mais de 20 anos de experiência local, a respeito desta Vila Termal de Caldas de São Jorge)

Correio da Feira 13 de Abril de 2009 – Ângelo Pedrosa

Elogiam as ideias do arquitecto Pedro Nuno “é da terra e tem feito um trabalho meritório”, mas garantem que, mais do que ideias “as Caldas precisam é de obra, de intervenção no terreno, de forma a valorizarmos as capacidades únicas que a vila termal tem para o Turismo”.
Nos comerciantes caldenses há quem reclame a construção de um parque de campismo.

A construção de uma unidade hoteleira é de vital importância para toda a
zona envolvente das Termas de S. Jorge. No passado já surgiram interessados, mas a obra nunca se chegou a consumar. Entre diversas sensibilidades, os comerciantes da Vila Termal mostram a satisfação pelas ideias que têm surgido, mas asseveram que o fundamental é a acção e não as palavras.

José Godinho é comerciante no local há 10 anos, responsável pela adega típica «o Lavrador”, a escassos metros das Termas de S. Jorge.
“A sessão que decorreu nas Termas, na minha opinião, serviu para justificar os traços gerais que vinham do Plano Director Municipal (PDM) e as opções tomadas para esta zona do concelho. Penso que não alterou muito o que as pessoas responsáveis já tinham em mente. Foi um bocado para reforçar o que já estava traçado’ opina, O mais importante, ressalva, é que “se faça, mesmo com a certeza que o projecto será, sempre, a longo prazo e não para o imediato, ou seja para este ano, por exemplo, mesmo o arranque. Quanto mais não seja, o que já foi feito, vai obrigar as pessoas a pensarem melhor no que poderá ser feito, daqui para a frente. A curto, médio prazo não dará frutos. Não está nada projectado, foram apenas ideias que se deram na sessão que decorreu recentemente’ preconiza, em declarações ao Correio da Feira.

Acima de tudo “tudo isto veio realçar que esta área, de grande potencialidade turística, está realmente carenciada de algum investimento. Vem confirmar a ideia que já tínhamos que existe uma carência de algumas coisas, não de tudo. Concordo que se faça uma construção ordenada, mas sempre com a ideia que não se verá nada no imediato”, atira José Godinho.
A necessidade número um, seria fixar as pessoas, releva. “Actualmente, mesmo os aquistas não se fixam nas Caldas. Em toda esta zona até às Caldas da Rainha não conheço nenhumas termas com tão pouca oferta, na zona envolvente. Quem vier para as Termas da Caldas e quiser fazer umas mini férias não tem grande oferta, até para ficar a dormir, porque a Pensão S. Jorge, existente, não resolve todos os problemas”, observa.
A concluir uma outra ideia. “Há anos que se anda para aprovar o PDM. Dizem que para o ano é que é, mas não acontece e já seria altura de ser aprovado. Penso que obra, no imediato, em redor das Termas de S. Jorge não vamos, mas desejo estar enganado, para bem de todos”, consolida.

Joaquim Sousa tem, já, uma vasta experiência como comerciante da vila termal. Já lá vão 27 anos no Café Beira Rio, com as Termas e o Rio Uíma tão próximos. “Faz falta um hotel, de forma a cativar quem vem de fora e mesmo quem procura as Termas. A construção de uma unidade hoteleira seria uma mais-valia para toda a área envolvente e mesmo para o comércio. Não só um hotel, como piscinas e campos de ténis. Esta é uma zona turística de excelência e que pode, efectivamente, crescer’ assegura.
Joaquim Sousa adianta ser importante que as pessoas que procuram as Caldas voltem, depois de uma primeira visita, mas haja uma outra oferta que, de momento, não existe.
“De Aveiro para sul ou para norte do Porto praticamente não vem ninguém para aqui, também porque não existe essa oferta hoteleira. Se as pessoas não têm hotel em redor das Termas, se têm que se deslocar para os existentes, não se fixam nas Caldas e como tal o comércio não ganha com isso, bem pelo contrário”.
Mais importante que os projectos é a questão do investimento. “Se não houver dinheiro, se não existir uma grande empresa que invista, não vejo como irão fazer toda a intervenção.
Depois é preciso perceber se será ou não rentável, mas seria bom que existisse um empresário que se virasse para as Caldas de S. Jorge. Sem investimento privado, vejo tudo muito difícil. O que sinto é que as pessoas passam por aqui, vêm rio, vão ao parque, mas não ficam muito tempo, porque a oferta é escassa’ acrescenta.

No que respeita à apresentação que ficou para trás. “Acho que não se vai fazer nada, mas era muito bom que estivesse enganado e que fizessem mesmo algum coisa. Também ajuda este ser ano de Eleições Autárquicas, mas par mim acho que não se vai fazer nada, não acredito que se faça mas que haja terrenos para se fazer, há possibilidades para se fazer mas é preciso saber quem vai investir. Quem tem possibilidades, hoje, quem tem capital para avançar com algo de tão significativo questiona Joaquim Sousa.
O mni mercado Uíma encontra-se há 25 anos na zona envolvente das Termas de S. Jorge. Debate-se com uma grande dificuldade, a questão do estacionamento. Com as termas tão próximas, o referido estabelecimento viu-se limitado no aparcamento para os seus clientes, que, como não encontram solução, procuram outros locais, onde não sintam essa adversidade. Eduardo Rocha, responsável pelo mni mercado, não quis prestar declarações, apesar de toda a cordialidade revelada ao Correio da Feira.
Na Pensão S. Jorge “do vizinho”, António Silva tem uma experiência, acumulada, de nove anos em espaço central. “Faltam locais próprios para quem gosta de caminhar e para os aquistas que procuram as Termas de S. Jorge. Seria necessário mais comércio e outro problema é o estacionamento. Há muita gente que nos visita, que fica na pensão, e queixa-se de existir pouca oferta, pouco comércio, para além da própria ausência de um hotel”, refere.
Depois de afiançar que: “falta aqui muita coisa”, atira, de forma consciente. “Sei que estamos a falar de investimentos significativos e com as dificuldades que existem não é fácil. Acredito que as pessoas têm boas ideias, mas podem faltar os meios para que consigam executar o que está pensado. Espero que o projecto de requalificação da zona envolvente das Termas de S. Jorge vá mesmo para a frente, mas não sei se vai, ou não”. Joaquim Silva “o vizinho” adianta a importância de valorizar todo o espaço do coração das Caldas. Mesmo a área da Fabruíma, que continua em, acentuado, estado de degra-dação e que já representou papel relevante no passado na indústria da Puericultura.
“Esta é uma área muito boa para o Turismo. Seria importante a criação ie áreas de lazer, até para as pessoas seniores”. Elogia as sugestões do arquitecto Costa Lobo. “Como pistas para cicloturistas, áreas para as pessoas que gostam de caminhar e a valorização da beira rio, no Uima. A verdade é que em relação ao estacionamento isto está bastante apertado. E preciso escolher os locais apropriados, porque há espaços, há terrenos que foram adquiridos pela Câmara Municipal, o que poderá dar um grande ponto turístico”.
Há uma necessidade no desenvolvimento das próprias Termas de S. Jorge.
“Caldas tem potencialidades únicas. Mais do que palavras, são importantes actos, obras. Acredito nas pessoas, vamos aguardar”.
Angelo Miguel acompanha todo o pulsar da freguesia termal, está há oito anos na Taverna, adega restaurante, mas tem 18 anos de experiência profissional. Admite que é fundamental abrir novas visões, mas “crucial mesmo é criar as condições necessárias para que haja investimento nas Caldas. Há que apostar a sério no Turismo, tirando partido das potencialidades únicas que temos”. Em terra de Termas, fixar quem visita as Caldas fará toda a diferença. “As termas perdem por não terem um hotel no espaço envolvente, as pessoas não se fixam aqui, o que faz com que as Termas percam para outros espaços no País, com resposta hoteleira. Quando um aquista vem cá, percorre a vila em pouco tempo, porque há pouca oferta para quem nos visita. As Caldas têm um atraso iminente, faltam-nos infra-estruturas básicas para que as pessoas fiquem mais tempo e regressem”.
Ângelo Miguel continua com uma ideia fixa. “As Caldas vão ficar, exactamente, iguais , enquanto não mudar a vontade dos autarcas. Ou isso sucede, ou fica tudo igual. Não se fez, até hoje, por exemplo um Parque de Campismo, que seria uma obra de agarrar com unhas e dentes, até porque esta região tem todas as condições. Só precisamos que haja vontade, ou então investimento privado”, sentencia.



3 comentários:

Anónimo disse...

De ideias está o mundo cheio...
Toda a vida conheci pessoas com muitas ideias...
Cuidado com a sobrevalorização de determinadas situações ou indeviduos, a nossa terra já tem como padroeiro o nosso querido "SÃO JORGE", não precisamos de mais "santos ou salvadores"...

Cumprimentos cordiais
Manuel

Anónimo disse...

Hotel nas Caldas é muito difícil ser construido enquanto fizerem parte da sociedade pessoas ligadas a outros hoteis.Pedra Bela e Cruz.

Anónimo disse...

Mas tás à espera de que?...são muitos a mamar!...