Carissimos,
…sobre o recente workshop.
Apesar de ter procurado informação relacionada com o Evento, não sei ainda muito bem se se tratou de um mero exercício académico patrocinado pela Câmara ou se, por outro lado, se tratou de uma iniciativa concertada com outras entidades (convidadas ou não ) com o propósito claro de identificar e agir em função das singularidades que caracterizam o espaço urbano de Caldas de S. Jorge.
Considerando que a primeira das opções é a certa, estranho não haver nenhuma referência à possível construção de um “funicular” com plataforma de ligação inter modal ao teleférico. Assim como também estranho não haver nenhuma referência à possível navegabilidade do rio Uima pelo menos entre Pigeiros e Fiâes onde o fluxo de pessoas e o tráfego de mercadorias é mais intenso. Deixo no entanto aqui e desta forma o meu modesto contributo para posterior reflexão.
Ah, e uma marina também.
Se por outro lado considerarmos a segunda das opções, então estaremos de acordo ao afirmarmos que para se criar as condições adequadas ao desenvolvimento das funções urbanas e dos locais onde estas ocorrem, presume-se um efectivo conhecimento dos múltiplos aspectos que se interligam e interagem num dado momento da vida de uma qualquer comunidade minimamente consolidada como é o caso da nossa freguesia.
Diríamos pois, e de forma muito genérica que cabe ao Urbanista ( dentro da sua esfera de competências ) e partindo de uma ampla e complexa teia de relações que sustenta e alimenta a comunidade, promover e definir os respectivos “planos” que depois de devidamente discutidos e operacionalizados, melhor se adequarão a uma estratégia de desenvolvimento integrado capaz de saber ela própria (a estratégia) expandir-se harmoniosamente, e prevendo-se também no decurso desse processo dinâmico de implementação, saber dar respostas capazes e em tempo útil a todo um conjunto de necessidades antecipadas.
E este é de facto um dos pontos que me importa salientar.
As estratégias de desenvolvimento (quando as há ) devem saber refletir com precisão o sentir e o pulsar da comunidade nas suas múltiplas vertentes. O Urbanista, que como vimos anteriormente, não só interpreta as normas regulamentares que são emanadas pelos organismos que o tutelam, como também intervém de forma decisiva no ordenamento do próprio território. Deve por isso assumir neste contexto um papel de relativo distanciamento e constituir-se unicamente como uma ferramenta preciosa a partir da qual os principais agentes que intervém na comunidade erguem os seus próprios programas, sejam eles políticos, empresariais, associativos e porque não dizê-lo também, religiosos.
Nesse sentido, a afirmação e consolidação de uma “marca” não pode depender unicamente de uma espécie de paternalismo bem intencionado que é discutido e se promove unicamente em alguns círculos restritos.
Seja como for e independentemente de este ter sido ou não um exercício académico, a iniciativa do workshop deve ser, por si só, alvo dos mais rasgados elogios, e o nosso estimado Arq. Pedro Nuno apesar de, por razões que só a ele dizem respeito não querer assumir em absoluto a paternidade do Evento, está conjuntamente com os restantes intervenientes, de parabéns.
Post Scriptum:
È conhecido por todos (?) a minha vontade de colaborar na “criação” da tal marca “Caldas de S. Jorge”, o meu maior receio é que 20 anos seja tempo demais.
….ou como diria Lavoisier se fosse vivo e tivesse Alzheimer :
….“ nesta terra nada se perde, nada se cria...
Atenciosamente
Bettencourt
…sobre o recente workshop.
Apesar de ter procurado informação relacionada com o Evento, não sei ainda muito bem se se tratou de um mero exercício académico patrocinado pela Câmara ou se, por outro lado, se tratou de uma iniciativa concertada com outras entidades (convidadas ou não ) com o propósito claro de identificar e agir em função das singularidades que caracterizam o espaço urbano de Caldas de S. Jorge.
Considerando que a primeira das opções é a certa, estranho não haver nenhuma referência à possível construção de um “funicular” com plataforma de ligação inter modal ao teleférico. Assim como também estranho não haver nenhuma referência à possível navegabilidade do rio Uima pelo menos entre Pigeiros e Fiâes onde o fluxo de pessoas e o tráfego de mercadorias é mais intenso. Deixo no entanto aqui e desta forma o meu modesto contributo para posterior reflexão.
Ah, e uma marina também.
Se por outro lado considerarmos a segunda das opções, então estaremos de acordo ao afirmarmos que para se criar as condições adequadas ao desenvolvimento das funções urbanas e dos locais onde estas ocorrem, presume-se um efectivo conhecimento dos múltiplos aspectos que se interligam e interagem num dado momento da vida de uma qualquer comunidade minimamente consolidada como é o caso da nossa freguesia.
Diríamos pois, e de forma muito genérica que cabe ao Urbanista ( dentro da sua esfera de competências ) e partindo de uma ampla e complexa teia de relações que sustenta e alimenta a comunidade, promover e definir os respectivos “planos” que depois de devidamente discutidos e operacionalizados, melhor se adequarão a uma estratégia de desenvolvimento integrado capaz de saber ela própria (a estratégia) expandir-se harmoniosamente, e prevendo-se também no decurso desse processo dinâmico de implementação, saber dar respostas capazes e em tempo útil a todo um conjunto de necessidades antecipadas.
E este é de facto um dos pontos que me importa salientar.
As estratégias de desenvolvimento (quando as há ) devem saber refletir com precisão o sentir e o pulsar da comunidade nas suas múltiplas vertentes. O Urbanista, que como vimos anteriormente, não só interpreta as normas regulamentares que são emanadas pelos organismos que o tutelam, como também intervém de forma decisiva no ordenamento do próprio território. Deve por isso assumir neste contexto um papel de relativo distanciamento e constituir-se unicamente como uma ferramenta preciosa a partir da qual os principais agentes que intervém na comunidade erguem os seus próprios programas, sejam eles políticos, empresariais, associativos e porque não dizê-lo também, religiosos.
Nesse sentido, a afirmação e consolidação de uma “marca” não pode depender unicamente de uma espécie de paternalismo bem intencionado que é discutido e se promove unicamente em alguns círculos restritos.
Seja como for e independentemente de este ter sido ou não um exercício académico, a iniciativa do workshop deve ser, por si só, alvo dos mais rasgados elogios, e o nosso estimado Arq. Pedro Nuno apesar de, por razões que só a ele dizem respeito não querer assumir em absoluto a paternidade do Evento, está conjuntamente com os restantes intervenientes, de parabéns.
Post Scriptum:
È conhecido por todos (?) a minha vontade de colaborar na “criação” da tal marca “Caldas de S. Jorge”, o meu maior receio é que 20 anos seja tempo demais.
….ou como diria Lavoisier se fosse vivo e tivesse Alzheimer :
….“ nesta terra nada se perde, nada se cria...
Atenciosamente
Bettencourt
12 comentários:
Os meus cumprimentos a todos os leitores.
Se mais não fosse, o recente workshop serviu para uma coisa: as pessoas (re)começaram a discutir Caldas de S. Jorge. O “famoso” teleférico parece ter sido um dos motes para o surgimento de novas e variadas ideias a discutir e/ou introduzir neste nosso pequeno território.
Julgo ter percebido, na generalidade (e nas entre-linhas), o post subscrito pelo ilustre Bettencourt, que entende, e bem, que os “Planos” adequados a uma estratégia de desenvolvimento integrado e harmonioso de qualquer território, devem ser amplamente discutidos e operacionalizados. Claro que sim. Nem podia ser de outra forma.
Mas, ao contrário do que possa parecer, o Urbanista não pode ser entendido apenas como um “veículo” através do qual os “outros” agentes vão introduzindo as suas respectivas vontades no território. Seria muito redutor se assim fosse.
Ao Urbanista, cabe a função de acompanhar de perto pulsar da actividade urbana. Cabe ao Urbanista pensar, reflectir, interpretar, (re)desenhar, propor. As decisões, essas estarão, inevitavelmente, a cargo dos eleitos (poder político) que como se sabe, são legitimados pelas populações.
Quanto às estratégias de desenvolvimento, claro que sim. Claro que deverão reflectir o sentir das comunidades: cabe ao Urbanista sabê-las interpretar.
Na verdade, é da simbiose destes e de outros aspectos que podemos “construir” e definir a tal “Marca”.
Concluo apenas dizendo que, por vezes (quase sempre), a “pressa” é inimiga da “perfeição”.
Nas caldas não se faz nada, e com esta junta de rotos, agora é que não se faz mesmo nada.
uma vergonha, no site da junta, transito é tranzito:
http://www.jf-caldasdesaojorge.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=25&Itemid=48
O senhor comendador Bettencourt falou e muito bem!O funicular, a navegabilidade do rio e marina é só para pôr o pessoal a olhar para o ar e para o rio e não olhar para si mesmo e criticar os outros! No futuro talvez! PNCS comentou muito bem. Parabéns aos dois!
O senhor comendador Bettencourt falou e muito bem!O funicular, a navegabilidade do rio e marina é só para pôr o pessoal a olhar para o ar e para o rio e não olhar para si mesmo e criticar os outros! No futuro talvez! PNCS comentou muito bem. Parabéns aos dois!
Pois...pena é que este "lego" vá ser montado só por um ou dois e à imagem desles próprios, não em concenço comum, acredito que 20 anos não chegarão, conhecendo alguns dos intervenientes, presumo que serão precisos 50 anos.
Mas como diz Lavoisier, NADA SE FAZ, NADA SE CRIA...
cpmts
NÃO SE PODE PEDIR MAIS A ESTA JUNTA QUE SÓ SABE TRABALHAR EM PROVEITO PRÓPRIO.
PERGUNTEM QUEM É QUE ANDOU A FAZER OS TRABALHOS DE LUZ E CANALIZAÇÕES NAS NOVAS CASAS DE BANHO?
NINGUEM TRABALHA DE GRAÇA, SERÁ QUE EXISTEM SUB EMPREITADAS, QUE DÃO O TRABALHO A ELEMENTOS DA JUNTA?
NÃO BASTA SER SÉRIO É PRECISO PARECER.
passei agora na rua da costa em Azevedo e andava la o rui da junta à chuva a reparar a fonte...
nunca vi alguem do directivo arregaçar as mangas e poupar uns trocos à junta, e à freguesia, fazendo ele próprio.
Fica o reparo e os parabéns
batman
caro Barman como é que sabes que ele estava a trabalhar de graça???
Nas casas de banho o martins também andou lá a trabalhar mas a conta vai para o pedreiro e mais não digo
376º provérbio popular :
"...ninguém repara melhor nas fontes ...do que um reparador de fontes."
obrigado Rui
b.
Estes comentários devem chamar a atenção da Assembleia de Freguesia como Entidade fiscalizadora.Pois a ser verdade é muito grave.
Concretamente sobre o estudo e apresentação de ideias sobre o possivel futuro físico da freguesia e do aproveitamento de muitas das potencialidades, é evidente que são interessantes, pelo menos no plano teórico. Podemos sempre cantar o verso de que "o sonho comanda a vida".
Sabe-se que em matéria de economia e de investimentos, sobretudo em época de crise, o EStado terá que ser a locomotiva do investimento e, tomando a parte, a Câmara teria que ser a máquina do pequeno comboio. Estava presente o Presidente da Câmara, o Vereador do Desenvolvimento e o das Obras
(acho que é assim o pelouro), pelo que teria sido muito gostoso tê-los ouvido numa ou outra referência a alguma iniciativa municipal para financiamento desta ou daquela ideia. Vou acreditar que, se a Câmara avançasse com a concretização de algumas das ideias, alguns particulares se aventurassem e ir atrás e desenvolvessem alguma outra das ideias. Assim não tendo sido, vou crer que são ideias que ficarão a
hibernar e as que não estiolarem poderão até estar desactualizadas quando surgir investidor.
Considero imprescindível que seja a Câmara a dar o primeiro e grande passo. Por exemplo dar algum caminho, visível e imediato, ao terreno que compraram há anos.
José Pinto da Silva
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