Em 2007, no decorrer dos trabalhos de reabilitação do Museu de Aveiro, foram descobertos vestígios de estruturas antigas e milhares de artefactos arqueológicos do século XII e posterior, nomeadamente duas valas próximas da antiga cozinha do Convento de Jesus. É competência do IGESPAR, em articulação com o Instituto dos Museus e da Conservação, acompanhar os trabalhos arqueológicos, proceder à avaliação dos bens achados, elaborar o seu inventário e registo, com vista à constituição de depósitos de espólios arqueológicos.
Em Março de 2009, num blogue (http://vistaparaacidade.blogspot.com/2009/03/resposta-de-ana-margarida-ferreira.html), a Directora do Museu de Aveiro admitiu que «as estruturas arqueológicas estão documentadas e enterradas», decisão que não se compreende e que importaria esclarecer, face à importância do achado. A este facto acresce que a reabertura do Museu não previu qualquer explicação ou exposição documentada sobre as descobertas e o destino das peças arqueológicas permanece desconhecido.
A deputada Catarina Martins, da Comissão Parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura, e o deputado Pedro Filipe Soares, eleito pelo círculo de Aveiro, querem que o Ministério da Cultura esclareça a situação das peças arqueológicas descobertas, nomeadamente quem decidiu voltar a enterrar as estruturas arqueológicas do Convento de Jesus achadas e que motivos consubstanciaram a decisão de não proceder ao reajustamento do projecto de arquitectura às descobertas arqueológicas em causa.
Os deputados do Bloco de Esquerda pretendem ainda que o Governo dê a conhecer quais os planos previstos para as peças arqueológicas alegadamente detidas pela empresa de arqueologia Mythica e que medidas augura adoptar no sentido do cabal cumprimento dos procedimentos definidos para assegurar o registo patrimonial os bens arqueológicos descobertos. Ler perguntas
Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda de Aveiro
Sem comentários:
Enviar um comentário