"Não perdemos este festival por nada deste mundo"

Milhares de pessoas passaram pelo espaço envolvente das Termas de S. Jorge.

Elogios dos doceiros de vários pontos do país. "Participamos em festivais por todo o território nacional, mas há poucos como este, nas Caldas. Primeiro, esta área é lindíssima em redor das Termas. Depois há animação e muita juventude, o que é excelente para nós". Ineida Maria veio de Aveiro com os tradicionais ovos moles. "Conseguimos vender muitos doces da zona de Aveiro e quero muito regressar, porque a organização é muito boa e este espaço é, realmente, inspirador", afirma.
Castanhas de ovos, broinhas de ovos e as típicos biscoitos de manteiga, característicos da Beira Litoral fizeram a delícia dos milhares de visitantes que aproveitaram o espaço em redor do Rio Uíma, em três dias de festival, que começa a ganhar tradição em Terras de Santa Maria. "Conseguiu-se ligar a tradição académica, os grandes concertos e a importância do exercício físico, com uma caminhada bem doce pelas ruas da vila termal", acrescentam os jovens inquietos.
Patrícia Santos vem de Argoncilhe, com a aposta no fabrico próprio. Afinal de contas, o talento feirense faz-se sentir em todos os momentos. "É a terceira presença neste festival de excelência, um local bonito, com as Termas aqui tão perto. "Manjar da rainha, manjar celta, as trouxinhas que já ganharam prémios pelo país, para além das migas de café, também muito valorizados. Não tenho dúvidas que também os jovens estão muito ligados aos doces e adoramos estar aqui", ressalva. "Foram muitos a provarem a qualidade. Recomendo este evento", garante.

Copófona vence o prémio Tuna mais Tuna
O Festival Doce, iniciativa levada a cabo pela Associação Juventude Inquieta, teve um primeiro dia cheio de cor para receber o Festival de Tunas Académicas. Os estudantes vieram de vários pontos do país: Lisboa, Felgueiras, Vila Real e Porto. Foi a Tuna da invicta que levou o prémio mais desejado, a Tuna mais Tuna.
A animação é apenas uma vertente do Festival, a mostra de doces conventuais e tradicionais, licores e artesanato trouxe também muitos forasteiros a Caldas de São Jorge. "O nosso objectivo será o de criar uma montra das nossas raízes e tradições, sobretudo a nível dos gostos e sabores das nossas terras de modo particular, e do que de melhor tem o nosso país em geral para oferecer", explica a organização.
O tempo deu uma ajuda e o átrio das Termas encheu-se para assistir a actuação das quatro tunas a concurso, TMIST - Tuna Mista do Instituto Superior Técnico de Lisboa, TUSA - Tuna Masculina da Escola Superior de Tecnologias e Gestão de Felgueiras, COPÓFONA - Tuna Académica da Universidade Lusófona do Porto e IMPERIALIS SERENATUM TUNIX - Tuna Universitária da UTAD, Universidade de Trás os montes e alto Douro em Vila Real.
Para avaliar a performance das Tunas Académicas foi constituído um júri de cinco elementos composto pelo arquitecto João Soares, adjunto do Pelouro da Educação, Cultura, Desporto e Juventude da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira; pela professora Sofia Leandro, finalista da Licenciatura em Música (instrumento violino) na Universidade de Aveiro e professora de Violino no Orfeão da Feira; pelo professor Carlos Sousa docente de Educação Musical; pela Doutora Lídia Melo, responsável pelo Gabinete de Relações Públicas das Termas de S. Jorge; e pelo professor Xavier, docente de Educação Musica.
Os troféus foram repartidos pelas diferentes Tunas. O prémio melhor Instrumental foi para a TUSA, melhor serenata para a COPÓFONA, o de melhor Solista foi atribuído à IMPERIALIS, o prémio melhor Pandeireta foi para a COPÓFONA, prémio melhor Porta-Estandarte foi para a cidade de Lisboa, TMIST, o Prémio Melhor Tuna para a TUSA e o Prémio Tuna Mais Tuna, ficou na COPÓFONA.
O sábado e domingo foram dias de enchente com a actuação dos EZ Special, para além da novidade que foi o torneio de matraquilhos humanos, com a presença das associações das Caldas de S. Jorge. Uma Caminhada Doce marcou o último dia do evento.

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