sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Geração nem,nem !

INE: 16% dos jovens portugueses não estuda nem trabalha


Cerca de 314 mil jovens (16%), entre os 15 e os 30 anos, nem trabalha, nem estuda, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta amostra de população, conhecida como a «geração nem nem», atingiu, no terceiro trimestre deste ano, o valor mais alto de sempre e a tendência é para aumentar.
Há três anos, os jovens em idade activa mas sem ocupação eram menos 30 mil, adiantam os números, baseados no Inquérito ao Emprego, com estatísticas desde 2007. Os dados não mostram apenas os desempregados, mas também pessoas que não procuram trabalho, baptizadas de «inactivos desencorajados» pelo INE.
Nos meses de Verão, entre Julho e Setembro, a «geração nem nem», que não tem estudos nem trabalha, aumenta. Desde 2007, o INE contabilizou pelo menos 280 mil jovens desocupados nesse período, ultrapassando a barreira dos 300 mil no terceiro trimestre deste ano.
A antiga ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, diz que o problema é motivado por falhas na capacidade de atracção do sistema de ensino e falta de capacidade do mercado de trabalho para receber estes jovens. Para a ex-governante, em declarações à TSF, a formação é essencial para que a geração mais nova saia da crise.
in Diário Digital

2 comentários:

José Pinto da Silva disse...

Em muitos casos funciona o princípio da acomodação, quer ao subsídio de desemprego, quer ao RSI, quer à aquiescênia dos pais, porque podem, porque querem, ou porque querem e podem.
Um trabalhador natural de S. Jorge a trabalhar na Suécia, faz bastantes anos. Ficou desempregado porque a empregadora insolveu-se. Fundo de desemprego, claro. Propuseram-lhe um emprego, no seu ramo, a 600 km de distância. Aceitou, claro, porque lhe cortavam o subsídio. Desabafa ele: Passei a estar com a família só no fim de semana. E se fosse por cá? E a Suécia é paradigma da protecção social com apoios generalizados.
José Pinto da Silva

Anónimo disse...

Muito bem visto,Senhor Pinto da Silva!
Foi a melhor que escreveu desde que o conheço!