terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A idade é um "Posto"



A regra e sempre a mesma, transfigurar o espaço público em pueril tribunal popular, com cada cidadão a ser forçado  a assumir-se como juiz do  que lhe colocam a frente dos olhos.

O Ex-dirigente Socialista António Vitorino faz esta semana um apelo as políticas de incentivo ao aumento da Natalidade, uma vez que só por si a emigração não vai resolver o nosso problema futuro. Não vamos ter no amanha gente suficiente para trabalhar e assim criar riqueza, e impostos para pagar as pensões dos nossos idosos, que seremos nos, num futuro mais próximo do que se pensa. O crescimento de uma sociedade mais envelhecida, leva ao fim dessa mesma sociedade. Lembrar que para isso ainda fazia jeito o abono cortado por consequência das novas medidas de austeridade. Assim como outras medidas de apoio às famílias mais numerosas.

Numa semana em que apenas ouvimos falar do “crime” cometido contra Carlos Castro, não e justo esquecer todos os outros crimes que vão acontecendo por este Pais fora. Esta semana vem a lume novamente o caso de uma senhora idosa, e sem abrigo e ao que tudo indica, bastante debilitada que foi encontrada morta, a porta de um centro de acolhimento em Xabregas. Não deixaram esta Sra. entrar para o Centro de Acolhimento “provavelmente” porque se terá esquecido de entregar a chave do cadeado do cacifo de que era responsável, nessas instalações. A regra imposta pelo director dessa instituição, era de quem se esquecesse de entregar a chave, ficava a dormir na rua. O resultado esta a vista. Agora é castigar os responsáveis, para ver se um caso destes não torna a acontecer e não faz com que os cidadãos vivam no medo de chegar a uma idade mais avançada. Depois de trabalhar anos a fio, esses anos deviam ser de estabilidade e conforto, mas não e isso que acontece. Como dizia o Sr. Pinto da Costa (medico legista) a dias na RTP, devia ser ensinado já nas escolas as crianças que um dia também vamos ser velhos, e que se queremos ser respeitados na velhice, isso começa agora enquanto novos.

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