QUE DESCANSE EM PAZ

Quando passa por nós uma infausta ocorrência é que tomamos a verdadeira dimensão do sentimento de perda.Foi só há três horas que a minha mãe partiu para a eternidade e já sinto (imos) o vazio da ausência, o oco da falta da sua companhia, mesmo estando ela, há alguns dias, sem possibilidade de comunicar, mas mantendo-se com muita lucidez.É de senso comum dizer-se que é a lei da vida, mas, egoisticamente, parece-nos que esta lei não devia ser aplicável a nós.Quando há 3 semanas comemorámos com ela, rodeada dos filhos, dos netos e bisnetos, dos genros e noras, os seus 99 anos, sonhávamos que poderíamos foguetear pelo centenário. Não quis o destino que assim fosse, ou, entrando fundo na sua fé, não quis Deus que chegasse tão alto na duração da vida .Partiu deixando em profunda consternação 5 filhos (outros dois - a Celeste e o Alcino - partiram há 12 anos a abrir-lhe o caminho), 21 netos e 23 bisnetos. Todos por ela adorados.O seu funeral será amanhã, segunda feira, dia 9 de Janeiro, pelas 16,00 horas, na Igreja de Caldas de S. Jorge.Que descanse em paz, sempre com a serenidade com que nos deixou e que seja acolhida no seio de Deus a quem ela rezou até ao último dia.

José Marques Pinto da Silva