terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Irmã Elvira: Personalidade típica, simples, singela e singular desta Vila Termal..

Tem esta Vila Termal de Caldas de São Jorge
Personalidades típicas,
simples,
singelas e  singulares.
Ex-libris e modelos a apresentar
e sugerir  um seguimento
 idêntico caminhar na Vocação de entrega

a Cristo e aos irmãos mais desfavorecidos
chamados à comunidade inclusiva,
mesmo que relegados para periferias
e áreas não previlegiadas
economica, social e até religiosamente.
E a Irmã Elvira desta nossa Terra deixa impressos nas Terras da
orla Marítima do Estoril estas imagens
tão significativas, exemplare e excelentes!
Nascida nesta pitoresca Vila de Caldas de S. Jorge
Aos 10 dias do mês de Maio de 1937  e
Baptizada aos quinze dias do mês de Junho de 1937
Na Igreja Matriz de Caldas de São Jorge
Pelo Reverendo Padre José Inácio da Costa e Silva,
Filha de Rodrigo Alves da Silva
E de Elisa da Fonseca Nadais do lugar da Sé.

Eis como a Agência Ecclesia se refere à
Irmã Elvira no dia 27 de Janeiro de 2014
Em Semana do Consagrado.
Com 76 anos mantêm-se no seu posto
de consagrada há
48 anos na Congregaçao Salesiana no Estoril,
Onde se encontra desde 1966
Numa entrega a Cristo e aos irmão com
A jovialidade e
 alegria dos seus 28 anos juvenis
da altura!
 Uma vida no bairro do Fim do Mundo
Irmã Elvira Nadais, salesiana, 
trabalha há mais de 40 anos junto dos mais pobres


SN/Agência ECCLESIA
Estoril, Lisboa, 27 jan 2014 (Ecclesia) –
A irmã Elvira Nadais, salesiana de 76 anos trabalha há mais de 40 anos 
no bairro do Fim do Mundo no Estoril 
onde desde sempre acolhe as crianças desfavorecidas, ajuda os idosos 
e as famílias desfavorecidas.
“Desde jovem comecei a sentir uma inclinação grande 
 para a vida religiosa, tinha o desejo de viver uma vida 
de doação aos outros, ajudar as pessoas, os doentes 
e também de ser uma pessoa despojada, imitando Cristo”,
 começa por contar a irmã Elvira Nadais à Agência ECCLESIA.

No seio de uma família com 5 irmãos, o desejo de Elvira não foi bem recebido: “Disse à minha mãe que queria ser religiosa mas deu-lhe um ataque de choro e eu mudei de conversa e continuei a trabalhar”.

Pouco depois saiu de casa “sem ninguém saber” 
e rumou até ao Estoril onde ingressou na congregação das salesianas.

Já há alguns anos como salesiana, 
a irmã Elvira atendeu a um pedido de um sacerdote 
para que alguém fosse dar catequese ao bairro do Fim do Mundo, 
no Estoril, local onde assim que chegou ficou 
 “imediatamente encantada”.

“Sentia a ternura de uma criança pobre, às vezes 
com os pés cheio de areia e feridos, 
com o cabelo todo desalinhado e cheio de piolhos, 
mal alimentados e mal vestidos mas apesar de tudo para mim era uma compensação, uma alegria muito grande”, recorda.
E se muita gente pode pensar que trabalhar 
com as pessoas do bairro do Fim do Mundo 
“é uma vida de sacrifício” para a irmã Elvira nunca o foi: 
“Tivesse mais tempo, mais horas ainda dava muito 
mais de mim ainda a estas pessoas”.

“Ia correr com eles para os campos, jogava à bola, 
 em novembro fazíamos o magusto, 
tinha um gravador de voz então gravava as nossas conversas, 
as nossas canções para depois ouvirmos 
e eles adoravam porque não estavam habituados a ouvir-se, 
não havia tantos computadores como agora”, relembra a religiosa.

Os meninos do passado são agora adultos que atualmente
 quando se encontram com a irmã Elvira “sorriem 
e lembram-se dos tempos passados”, 
mostrando ter “muito respeito e carinho”.

O convívio, os valores e a educação 
que a irmã Elvira Nadais transmitiu às crianças 
quando chegou ao bairro do Fim do Mundo ajudou 
a torná-las em adultos “diferentes e com outras maneiras de agir, de compreender, colaborar e de ter respeito pelas pessoas 
e a ter uma irmandade entre eles, a serem amigos”, 
uma estabilidade que muitos dizem não existir 
em mais nenhum bairro problemático da zona.

Aos 76 anos, a irmã Elvira Nadais, que tem no bairro do Fim do Mundo, 
agora remodelado, uma rua com o seu nome, acredita que “fez 
 o que podia com o impulso de Deus”.

“Estou de consciência tranquila de que fiz quanto podia por eles 
e por todos, felizmente não tenho inimigos nem nunca tive, 
 procurei sempre cumprir o meu dever, 
aliviando o sofrimento de algumas pessoas e dando alegria”, diz.

“Sou feliz e se voltasse atrás voltava a enveredar pelos mesmos caminhos aperfeiçoando-os”, conclui a irmã Elvira Nadais, consagrada salesiana há 48 anos.
Até sexta-feira, o programa ECCLESIA na Antena 1 (22h45) apresenta histórias de vida de religiosos e religiosas para assinalar a Semana do Consagrado 2014, que a Igreja Católica em Portugal está a celebrar.

1 comentário:

Anónimo disse...

Fez de facto uma obra notável, servindo intensamente e sem pensar em servir-se de nada. O bairro do Fim do Mundo acabou, mas muitos dos que por lá andaram e por ela foram tirados do mais profundo bas-fond jamais a esquecerão. E nós não a devemos esquecer.

José Pinto da Silva