sexta-feira, 4 de maio de 2007

Edifício em ruínas





Em nota de há dias com este título denunciei, de forma veemente e, reconheça-se, usando alguns termos um tanto desbragados, o facto de alguns jovens indivíduos terem partido os vidros da porta exterior e as vidraças das montras do edifício em ruínas, ali mesmo nas "barbas" da parte nova das Termas.
No corpo do texto disse mesmo que os indivíduos que classifiquei de vândalos – quem vandaliza algo, e quebra só por prazer, ou para se fazer notar, é vandalizar, não merece outro qualificativo – foram identificados, no sentido de lhes conhecerem o domicílio habitual, porque ninguém lhes perguntou os nomes, por pessoas adultas e idóneas e foi-me claramente dito que eram rapazes sob a protecção do Solar do Ribeiro.
Saída a nota, fui abordado, e confesso que acabei por me sentir lisonjeado com a abordagem, pela responsável da instituição, Sra. Dra. Maria Santos que, de forma tão correcta como veemente, verberou o que considerou como estigmatização em cima de 30 rapazes, sobretudo pela sugestão de formação de hipotéticas "milícias" dissuasoras.
Fez pairar, aquela responsável, possíveis incertezas ou até dúvidas sobre se teriam sido rapazes do Solar quem praticou os actos denunciados. Como escrevi com base em informação de terceiros que tinha, e tenho, por responsáveis, face à dúvida suscitada, não podia deixar de ir confirmar os relatos. Que não têm dúvida nenhuma, que viram e conhecem os autores e dizem-me mesmo que a rispidez de linguagem por mim usada talvez possa servir de "palmatoada" que a Sra. responsável possa usar nos incomportados.
Pensando no assunto e relendo o texto mais a frio, reconheço que não teria agora referido a eventual junção de pessoas para "chegar a roupa ao pêlo" para os meter na ordem. E quero enfatizar a delicadeza magoada da Sra. Dra. Maria Santos que, não sendo minha conhecida, ganhou um admirador.
Que este episódio e a sua divulgação acabem por servir para enquadrar aqueles, poucos, de trato mais difícil e leve a maioria, nomeadamente os mais adultos, mais cultos e mais responsáveis, a terem coragem de regalar os olhos recriminadores contra os que sejam travessos, colaborando, de resto com a educadora.

José Pinto da Silva in terras da feira online

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