Ameaça chover. E logo agora que algumas mentes (outrora) adormecidas começavam a levantar alguma poeira relativamente às dinâmicas de desenvolvimento desta nossa querida vila.
Eu bem digo que aquele gajo que se chama “el niño” devia ser mais vigiado: desde há muito tempo que eu vinha alertando para a sua hiperactividade. Agora, deu nisto...
Bom, mas dizia eu que, anda para aí muito boa gente que lhes deu na real gana acordarem para fazer desta terra um melhor lugar para viver. Basta saber escrever qualquer coisinha no Word e ter algum jeito para clicar três vezes no dablio (www) e uma no arroba (@), que já se julgam sabedores de como se potencia o desenvolvimento desta terra.
Não é que daí venha mal ao mundo, antes pelo contrário (sejam bem-vindos), mas caramba, antes de mandarem tantos bitaites para o ar, averiguem se eles fazem ou não sentido.
Senão vejamos.
Dizem, muitos dos cibernautas caldenses, que afinal de contas, nenhum autarca da freguesia será digno desse nome. E não falta gente a fazer propostas ou a eleger uma série de obras que qualquer simples mortal (à excepção dos tipos que estão na Junta) seria capaz de pôr em prática. Alguns, até promovem inquéritos de opinião, a que pomposamente apelidam de sondagens, e prometem fazer chegar a quem de direito os resultados. Como se a gente não soubesse que aquelas (fictícias) votações não têm nada a ver com a vontade do eleitorado, sendo mais o resultado de uma opinião de meia dúzia de indivíduos que disponibilizaram algum tempo a clicar não sei quantas vezes na “obra” pretendida (que democracia é esta).
Já agora meus caros, é evidente que quando se fala em infra-estruturas sociais se trata de qualquer coisa direccionado para as pessoas (além da redundância, não se escreve infrastruturas).
Outra coisa que me preocupa é que, qualquer conversa de algumas pessoas, nomeadamente quando tentam falar de desenvolvimento, descamba sempre para a vida nocturna, bares e esplanadas. Confesso que não consigo perceber o que pretendem com a história da revitalização da vida nocturna.
Porque é que eu estou então com este relambório?
A razão é simples:
É tão só para sugerir que haja alguma honestidade intelectual quando se fala em potenciais obras ou critérios de desenvolvimento para a vila.
Acham que a coisa se fosse assim tão simples, quem lá esteve ou quem lá está não teria feito mais qualquer coisinha?
Julgo que será importante não desbaratar assim tanta coisa sem haver um fio condutor.
Não me dói absolutamente nada por quem está na Junta de Freguesia (embora tenha a minha opinião pessoal acerca de cada um dos elementos e da sua forma de actuar), mas os homens talvez estejam a fazer o que podem – talvez agora todos se arrependam da constituição da Junta tripartida.
Também não sou daqueles que entende que a junta só serve para emitir uns atestados e amarrar umas fitas nos estandartes dos ranchos que nos visitam pelo Verão.
Não. Uma Junta, serve para muito mais. E não é só a questão da quantidade dos votos que importa.
Importa sim, apresentar propostas concretas, articuladas, definir um caminho, e... Não desarmar.
Importa também, fugir à tentação da auto-mutilação e de rejeitar, de uma vez por todas, que somos a geração do dói-dói.
Coitadinhos de nós... Somos pequenos, ninguém nos liga, querem levar tudo para a cova...
Não. Não alinhemos nisto...
Ainda mais agora que tantos pseudo-autarcas estão aí... a emergir...
atento73
(Post Scriptum: se calhar, o filme não é assim tão negro como eu tentei retractar. Deixem p’ra lá... Não tinha mais nada para escrever).
11 comentários:
Gostei da dos atestados e do "amarrar umas fitas nos estandartes dos ranchos que nos visitam pelo Verão"...
e nao é verdade quererem levar tudo para a cova?
teste
Essa geração do dói-dói, a qual se auto-mutila, não é a geração dos anos oitenta. É a geração dos homens e das mulheres que têm hoje cinquenta anos.
Gostei do post do Sr. Atento 73.
Em certos aspectos redutor e kafquiano!
Mas passe lá.
A Junta não deve promover obras,
fazer projectos
e ser locomotiva potente
e veloz de um combóio de rodas quadradas!
Deve sim administrar,
reger
e governar congregando esforços de todos os indivíduos e instituições ( claro desde que não sejam e tenham rodas quadradas!..)
Quanto às esplanadas e vida nocturna fico na minha!
Há os noctívagos noctófilos.
Acho que deve haver um lugar para eles.
É preferível dar-lhes um lugar condigno vigiado com seguranças e GNR do que passarem a noite na Fabruima,
na Pines,
Casa do Dr. Carlos e mais candidatas.
De dia são horrorosas, à noite, adoráveis!
Temos umas Termas muito populares e democráticas!
(E devassadas!)
Não têm "Gate1",
nem " Gate 2".
Têm um parque infantil de graúdos dentro, pode-se entrar e sair a qualquer hora e momento,
"fazer amor",
andar à volta de viatura poluente e barulhenta,
utilizar a internet sem fios em abero de borla, fazer downloads! até nem está mal,e depois um parque abertjunto ao rio onde se estaciona o tempo que se quiser de borla e ainda por cima temos o Ilha Bar coitadinho a precisar de uma exclentíssima reforma!
Gostei do Post do Atento73.
Em relação ao último comentador:
- Não creio que Sr. atento73 seja um verdadeiro representante mundo kafkaniano, no qual os personagens não sabem que rumo podem tomar, não sabem dos objetivos da sua vida, questionam seriamente a existência e acabam sós.
Ao contrário de Kafka, o Sr. atento73 não expõe os seus medos, nem aparenta ter qualquer solidão interior.
Pelo contrário, o Sr. Atento73 já nos mostrou, por variadísimas vezes, que sabe verdadeiramente o rumo que quer para Caldas de S. Jorge, e não parece estar só.
Mas também gostei do seu comentário. Só discordo na questão kafkiana...
Pois bem retiremos"kafquiano".
Deixemos Franz Kafqa no sepulcro!
Até porque pessoalmente não lhe acho piada nenhuma pelas tendências masoquistas e suicidas e desgosto pela vida!
Também já agora retiro "redutoras".
Dou a mão palmatória ao Senhor Atento 73!
MAIS UMA GRANDE TIRADA DO ATENTO73
Quem são os pseudo-autarcas que estão a emergir?
Alguém sabe?
Diz-nos, atento73
Mãos macias.
Este é um termo para designar aquele tipo de pessoas que só sabe escrever com a ponta dos dedos isto é, com as unhas.
Na realidade pouco sabem o que é o trabalho no sentido real da palavra.
Bem falantes(ou pensam que sim), com grandes doses de plágio na sua escrita, egoístas(muito), talvez frustrados à procura num blog a sua própria identidade, não admitem a pluralidade dos meios de informação, movidos pela própria ignorância, escrevem o que lhes vem á gana criticam tudo e todos acham-se os melhores no seu pequeno mundo, e pensam que são intervenientes numa famosa numa peça de teatro importante.
eu cá acho que devem pensar antes de respirarem pela manhã.
Será um pouco suspeito eu estar a concordar com o texto acima descrito ou eu não entendesse a quem ele se referia em todo caso gostaria de afirmar que o mundo dos beloges está totalmente aberto a todos, sejam eles pretos brancos azuis amarelos ou verdes.
Portanto cada um deve fazer o seu trabalhito conforme pode ou sabe, pois a qualidade de cada blog demonstra as qualidades pessoais dos seus intervenientes mais directos.
vale a pena pensar nisso!
farronca
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