Politica de Proximidade
Tinha deixado dito num comentário a este “post” que haveria de dar resposta ao anónimo das 17:02, dia 6 e, como o prometido é devido, cá vou desmontar o que foi dito por aquele anónimo que, pelo que diz que sabe, tinha obrigação de se descobrir para discutir abertamente a questão. Mas… cada um é cada qual. Ao público leitor deste blogue peço desculpa pela extensão do escrito. Não consegui sintetizar mais.
Diz então ele que o Dr. Raul teve um volte face em todo o processo e pergunta a que se deverá este recuar. E diz que foi público que HOUVE conversas de elementos do PS (creio que se referia a PS local) com o Dr. Raul e que é certo que ele terá mudado depois delas (conversas).
Tenho corrido com a mente a divisar quem do PS (local) terá falado com o Dr. Raul e, pelos contactos que consegui fazer, conclui que fui eu próprio. E é verdade que falei com o Dr. Raul (4 vezes, acho) e quando falei a primeira vez já ele tinha anunciado e comunicado à Junta que avançaria para Tribunal com queixa por ocupação ilícita de terreno. E, como não estive sozinho, mas acompanha de pessoa ilustre de S. Jorge, fácil me será provar o que foi falado, quando do terreno se falou. Fixe, ilustre desconhecido, esta frase que foi por mim proferida e que posso provar com aquele testemunho. “ Senhor Dr. Raul, não avance para Tribunal e, se já avançou, retire a queixa, porque os Presidentes da Junta mudam e o que é imutável é a terra donde o Senhor é originário”. Foi isto ipsis verbis que EU disse ao Dr. Raul Ferreira da Silva no primeiro encontro que com ele tive. Claro que ele se manteve renitente, porque, disse-me ele então, tinha sido destratado pelo Presidente da Junta. Falei com ele mais três vezes (a última com uma testemunha especial) e, mau grado a insistência, manteve sempre a determinação de repor a situação do seu terreno pela via da Justiça.
Não sei se ele veio cá com o seu Advogado apresentar qualquer proposta. O que sei, de ciência certa, é que o Presidente da Junta abordou um ilustre cidadão de S. Jorge, amigo do Dr. Raul, para que ele lhe levasse uma proposta para tentar um acordo. Não escrevo o nome desse intermediário e estou certo de que o Presidente da Junta não terá coragem de negar esta abordagem. E, então, a proposta era: A Junta executaria o passeio com 1,5 m de largura a partir do asfalto e passava as três cruzes para o passeio; construiria um muro em todo o correr do terreno e propunha que o espaço entre o passeio e o muro seria ajardinado em todo o correr e que a esse jardim
seria atribuído o nome do pai do doador. E essa pessoa lá foi levar esta proposta da Junta (ou só do Presidente). Ele ouviu e, oficialmente, não a recebeu, porque havia ficado entendido, em visita que o Dr. Raul e o seu Advogado fizeram à Junta, que qualquer recado ou proposta teria que ser passada ao Advogado. Isto porque o Dr. Raul disse que não quereria conversar mais, a nenhum propósito, com o Presidente da Junta. Estas abordagens aconteceram em finais de Maio, princípio de Junho deste ano. O emissário transmitiu o recado ao Presidente da Junta e este telefonou ao Advogado que, dado o azedar do relacionamento, requereu que a proposta fosse apresentada por escrito e remetida por qualquer meio (pessoal ou correio). O Presidente da Junta não enviou a proposta por escrito (indicia que seria para não cumprir) e o processo judicial evoluiu e chegou mesmo a estar marcada uma audiência para o dia 14 de Agosto, depois adiada por ausência de vários dos notificados. Ao que sei, esta proposta, se séria e formalizada, continha uma boa base de discussão com hipótese de dar acordo com retoque de alguns detalhes. Tudo isto é indesmentível. Há o que foi emissário para atestar.
Que o Dr. Raul tinha doado aquela faixa de terreno e até é invocado o recuo da vedação da Laurel. Ao que sei, esse recuo foi tão só para facilitar a manobra de entrada e saída de camiões mais compridos.
Quanto à doação, ou não, daquela porção de terreno, os caluniadores morrem do próprio veneno. Veja-se a entrevista do Presidente da Junta ao Terras da Feira em 20 de Julho. A uma pergunta da jornalista, o Presidente da Junta diz textualmente: “ Falei com o senhor em causa que me disse que tinha doado cinco metros de terra. Temos actas que provam isso”. Nova pergunta da jornalista: A doação não foi feita para fazer uma rotunda? SIM, respondeu o P da Junta. O que se seguiu é uma série de incongruências que não reproduzo e que podem ser visitadas consultando o jornal.
Ora bem. Para fazer uma rotunda era preciso usar um ângulo de terra ali junto ao cruzamento. E isso o senhor disse-me que autorizara o Sr. Coelho a cortar. Então para fazer uma rotundo no fundo da rua era preciso cortar uma tira de terreno com 5 ou 6 metros de largo numa extensão de quase 100 metros? Os tais 5 metros que ele disse que deixava cortar seriam 5 metros QUADRADOS, exactamente o que seria preciso cortar para a tal rotunda que, mais tarde, os Serviços acabaram por reconhecer ser fraca solução para aquele local. Como é possível imaginar-se que, para fazer uma rotunda, se iria usar uma faixa de terreno com cerca de 1oo metros de comprimento? E já agora, gostaria de saber o que se entende por rotunda com separador a meio, como referiu o entrevistado um pouco mais abaixo.
Precisará o anónimo de mais esclarecimentos? Dê a cara e não tenho nenhum problema em relatar ainda mais pormenores e provar-lhe que se tentou enrodilhar tudo numa teia de mentiras do Presidente da Junta coadjuvado por que teria obrigação de hombridade. E, claro, não há qualquer espécie de documento que possa sequer insinuar que o Dr. Raul tivesse cedido aquele terreno, até porque se o tivesse feito não desdiria. É conhecido com pessoas honrada.
José Pinto da Silva
1 comentário:
É impressionante, a ignorancia deste executivo. Começa uma obra num terreno com base em palavras?
"Ah e tal não sei quem disse..."
Um bom executivo, ja deveria saber que de hoje em dia, e cada vez pior, não se confia em NINGUEM, repito, NINGUEM, sem excpeções. Portanto, um executivo idóneo, quando o referido senhor ofereceu o terreno teria lhe apresentado de imediato uma declaração de oferta, em que ambos assinavam e reconheciam presencialmente as assinaturas.
Este tipo de problemas, não são únicos nas Caldas de S. Jorge.
Pois numa das freguesias vizinhas, Pigeiros, verifica-se exactamente a mesma situação, entre a Junta de freguesia e uma empresa de Gruas de construção civil.
Perante isto, questiono?
Será que ainda vivemos na idade da pedra?
Ou,
Será necessário restringir o acesso ao cargo de executivo local a pessoas minimamente formadas?
Parece-me um pouco exagerada a última opção, mas se for a única opção de afastar pessoas incompetenmtes e problemáticas destes cargos, assim seja.
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