O Presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), Ribau Esteves, admitiu ontem que os municípios que integram a associação não estão contra a introdução de portagens nas auto-estradas A17 e A29, desde que o Governo garanta verbas comunitárias para novas estradas urbanas na região. Esta posição contrasta com a dos municípios a norte do Douro que não admitem portagens nas SCUT's.
Para o BE, esta posição demonstra que os municípios da região de Aveiro são subserviente à política do Governo mesmo que isso represente um retrocesso nas condições de vida dos aveirenses. Fica ainda demonstrado que os autarcas da região estão dispostos a trocar a qualidade de vida da população por verbas que garantam inaugurações contínuas de obras.
Esta tomada de posição da CIRA, que acreditamos que é contrária ao sentimento maioritário da população, demonstra que este órgão sem eleição directa não é representativo da população que devia defender e não dispõe de qualquer legitimidade democrática.
O BE denota ainda que também no que respeita à política de gestão da Água, os municípios da região na esperança de obter liquidez para colmatar os seus buracos financeiros, não foram capazes de apresentar uma política alternativa à do Governo de José Sócrates, embarcando numa parceria que levará ao encarecimento da água e do saneamento.
O BE manifesta-se contra a colocação de portagens nas SCUTs, e em coerência apresentou um projecto de lei para terminar com a possibilidade dos chips nas matrículas, a desejada base da implementação das portagens.
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