terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Corticeiras adoptam regras para defender floresta

As empresas Corticeira Amorim e Granorte, ambas com unidades produtivas em Santa Maria da Feira, aderiram à Rede Ibérica da Global Forest & Trade Network (GFTN).


Trata-se de uma aliança fomentada pela reputada organização não governamental World Wildlife Fund (WWF) que envolve já cerca de 20 outras empresas ibéricas ligadas à produção de rolhas e revestimentos.
As empresas aderentes são desafiadas a adoptar regras de gestão das áreas florestais, medidas para travar a desflorestação e cortes ilegais de madeira.
O objectivo final é promover a conservação das florestas mais valiosas do mundo, através do consumo responsável de produtos florestais.
Ao integrar esta iniciativa da WWF, as duas unidades feirenses comprometem-se a dar prioridade na compra e distribuição a produtos florestais de cortiça de origem social e ambientalmente responsável que são certificados pelo FSC (Forest Stewardship Council).
Os clientes ficam a saber que os produtos produzidos e comercializados pelas duas empresas oferecem uma garantia de responsabilidade.
A Corticeira Amorim e a Granorte figuram entre as cinco maiores empresas do sector da cortiça, representando 30% do comércio mundial de cortiça.
“O compromisso é um grande contributo para a conservação dos montados e um exemplo a seguir por outras empresas do sector”, declarou Luís Silva, da WWF.
Antecipam, assim, também, o aumento da procura de cortiça certificada nos próximos anos.
Em Portugal, existem neste momento cerca de 200.000 hectares de floresta certificados pelo sistema FSC, o que corresponde a 6% da floresta nacional. Destes, 25.000 hectares são de montado de sobro. A meta é atingir os 150.000 hectares.

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