segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Barracas para vender fogaças sem condições

A zona histórica do Rossio, em Santa Maria da Feira, foi o local escolhido, este ano, para ser a montra privilegiada dos produtores das fogaças. Mas nem todos ficaram satisfeitos com as condições das barracas disponibilizadas e apenas três estão, para já, presentes.

Os sócios do Agrupamento de Produtores Artesanais da Fogaça têm, pela primeira vez, um espaço público destinado à venda do pão doce, símbolo maior da Festa das Fogaceiras que se realiza na próxima quarta-feira. Mas dos 19 produtores que fazem parte do Agrupamento apenas oito decidiram participar na iniciativa que devia ter começado sábado, mas que, só ontem, se iniciou com apenas três produtores da fogaça presentes.

Um número inferior aos vendedores que, na tarde do mesmo dia, expunham as suas fogaças para venda fora deste perímetro, em barracas ou carrinhas, junto à berma das estradas. "As barracas não têm as mínimas condições para venda do produto artesanal que é a fogaça e por isso alguns decidiram não comparecer" afirmou Paulo Silva, sócio de uma padaria onde se produz o tradicional pão doce. "Sem condições os produtores optaram por não comparecer" afirmou, ao JN.

Lembra que se tratam de barracas de "comes e bebes" usadas em eventos como a Viagem Medieval, encontrando-se algumas delas "com água empossada nos toldes, alguns deles rasgados, e todas as barracas são abertas na parte da junção dos toldes".

Um cenário perceptível aos visitantes que se deslocaram as três barracas em funcionamento, as únicas visivelmente cuidadas. "Fomos nós que tivemos que andar a arranjar a barraca porque não estava em condições" confirmou, ao JN, uma das vendedoras.

Paulo Silva considera que o investimento efectuado pelos produtores no processo de certificação deveria ser compensado com "maior atenção" por parte da Câmara, da Junta e do Agrupamento de Produtores. O JN tentou, sem êxito, ouvir o presidente do Agrupamento de Produtores Artesanais da Fogaça, Manuel Cavaco.

In JN

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